Tipos de Dinheiro
O dinheiro é classificado de acordo com o seu tipo, sim existem tipos distintos de dinheiro, geralmente cada tipo tem a letra M – de Money, dinheiro em inglês – e um número na frente. A identificação varia desde do M0 até o M3. Como cada uma dessas categorias são distinguidas dependerá da política de formulação do banco central de cada país.
A descrição que será apresentada abaixo se refere ao Federal Reserve System, que é o banco central dos Estados Unidos.
M0: Qualquer dinheiro físico que está em circulação no país, pode ser moedas ou notas. Este dinheiro é do tipo MO.
M1: Contém todo o dinheiro do tipo M0 mais os dinheiros que estão em depósitos e podem ser retirados ou utilizados como forma de pagamento à vista e no debito, cheques de viagens, outros tipos de depósitos verificáveis e ordem de retirada negociável. Essencialmente o dinheiro do tipo M1 é aquele que possui moeda e ativos que podem ser transformados em dinheiro físico assim quando desejar.
M2: Assim como o M1 contém o M0, o M2 contém todos os elementos de M1. E ainda possui depósitos de poupança, fundos mútuos, títulos de mercado monetário e outros depósitos a prazo. O uso mais comum para esses tipos de ativos é como uma forma de troca e normalmente são bem menos líquidos que o M1.
M3: É como se fosse o M2, mas com grandes certificados de depósitos, fundos institucionais do mundo financeiro e contém acordos de recompra de curto prazo. Esse é o tipo de ativo menos líquidos do que qualquer outra forma de abastecimento de dinheiro.
Desde de 2006 o Federal Reserve System não analisa o banco de dados dos ativos de M3, pois todas as informações importantes para o funcionamento econômico já estão contidas nos suprimentos de ativos de dinheiro no M2.
Quanto Dinheiro Está em Circulação no Mundo?
Para termos bens materiais e acessos a serviços que precisamos no dia a dia, precisamos oferecer algo em troca às pessoas que nos ofertarão essas coisas, no nosso mundo atual essa transação é realizada através do dinheiro. Pode até ser que o dinheiro não faça o mundo girar, mas os países, a população e principalmente a economia necessita desse câmbio entre produtos/serviços e dinheiro para que não haja um colapso mundial tanto financeiramente como pela falta de mercadorias importantes para viver.
A quantidade de dinheiro que circula em um determinado país são dados analisados e divulgado por eles próprios ou através de seu banco central. Esse valor é divulgado de maneira virtual, porém como cada país tem sua própria moeda ele é divulgado na sua respectiva moeda, isso é algo que torna extremamente difícil determinar o valor exato total de dinheiro circulando pelo mundo.
Para que esse serviço se torne um pouco menos trabalhoso, os analistas que avaliam esses dados primeiramente convertem todos os valores das moedas que não são em dólar americano para o dólar americano e assim se torna mais fácil saber qual a quantidade real de dinheiro que está circulando pelo mundo. Outra facilidade que se tem é que as estatísticas financeiras dos Estados Unidos são facilmente acessíveis.
No dia 31 de janeiro de 2019, tinha aproximadamente US $ 1,7 trilhão de dinheiro físico em circulação, incluindo as notas, as moedas e as moedas que o Federal Reserve System ainda não havia permitido sua emissão.
Segundo estimativas de analistas há cerca de US $ 37 trilhões em circulação por todo o mundo. Deste dinheiro está incluído todo o dinheiro físico em movimentação e todo o dinheiro que está depositado em contas tanto correntes como em contas poupança.
Se for adicionado ao valor anterior as bitcoins e outras cripto moedas. Esse valor será maior do que US $ 90,4 trilhões.
Todo o dinheiro que está na forma de investimento, derivativos e cripto moedas correspondem a um valor que ultrapassam os US $ 1,2 quadrilhão.
O mercado de ações contribui com US $ 74 trilhões com o dinheiro que circula pelo mundo. As empresas que têm o mais alto valor no mercado financeiro são as de tecnologia como a Apple, Alphabet, Microsoft e Amazon, que colaboram significativamente com o dinheiro que gira na bolsa de valores.
A soma de todas as cripto moedas corresponde a US $ 260,00 bilhões enquanto que os investimentos em imóveis comerciais esse valor é de US $ 30,00 trilhões. Esses ramos da economia refletem apenas uma pequena parte do dinheiro que circula pelo mundo.
Em 2019 uma lista da Forbes somou a riqueza líquida de 2.153 bilionários, esse valor foi de US $ 8,7 trilhões. Ao somarem as fortunas de apenas 26 dos maiores bilionários, pode-se concluir que eles possuíam o mesmo tanto que o equivalente a 3,8 bilhões de pessoas mais pobres no planeta.
Em 2017 a soma do PIB mundial, o produto mundial bruto foi de US $ 127,8 trilhões relativo ao poder de compra das pessoas.
O Que Esperar do Futuro?
Se houverem mais investimentos, mais estabilização dos países em relação a sua economia, a tendência é que a quantidade de dinheiro que circula no mundo será maior, conforme as ações sendo tomadas corretamente pelo governo.
Uma outra tendência que tem se aumentado muito, e que daqui pra frente será o futura, são as transações digitais, com isso o uso de dinheiro físico está caindo cada vez mais em desuso e se tornado obsoleto.
O valor de dinheiro que circulará no mundo no futuro é praticamente impossível prever, pois isso depende de muitas variáveis e de no mínimo sabermos o que acontecerá até lá.
Por Que Não Se Pode Imprimir Notas de Dinheiro Infinitamente?
A resposta mais simples para esta pergunta é porque isso não funciona para se aumentar a riqueza de um país.
Mas e por quê não funciona?
Se todas as pessoas têm dinheiro e muito mais dinheiro isso influenciará diretamente no preço de absolutamente tudo, tanto de bens quanto serviços, tudo ficará mais caro, já que agora todos têm muito mais para gastar, não faz sentido os preços continuarem baixos. E isso se transformará em uma bola de neve, pois com o tempo as pessoas precisarão de cada vez mais dinheiro para comprar a mesma quantidade de mercadoria que se comprava anteriormente com menos.
Dois países já tentaram esta tática, como o Zimbábue e a Venezuela, eles começaram a imprimir mais notas de dinheiro na pretensão de que suas economias crescessem. Porém o que aconteceu foi que quanto mais as impressoras trabalhavam, mais os preços aumentavam chegando a um ponto em que esses países sofreram uma hiperinflação, que ocorre quando os preços sobem um valor extremamente alto em um curto período de tempo.
Para ficar bem mais claro vamos utilizar um exemplo. Em 2008 quando o Zimbábue foi alcançado pela hiperinflação, a taxa dessa inflação foi de 231.000.000% em um ano. Se no ano anterior a hiperinflação um doce custava US $ 1,00, no ano seguinte e depois que houve a hiperinflação o doce custaria US $ 231.000.000,00.
Para que um país possa aumentar a produção da moeda nacional é preciso ser feito em troca de alguma coisa, e isso aconteceria produzindo mais riqueza, não monetariamente falando, mas sim na forma de bens e serviço, como fabricando e vendendo os mais variados tipos de coisas. Se há muito mais produtos à disposição no mercado, o país tem um certo limite para aumentar as impressões de dinheiro, pois este dinheiro será necessário para que se possa comprar esses novos objetos oferecidos pelo mercado.
Uma exceção à regra é quando não se tem dinheiro nem para começar, sem dinheiro as empresas não fabricam e vendem e não pagam seus funcionários. E se nem os bancos tiverem dinheiro o suficiente, não é possível nem fazer um empréstimo.
Nesta situação a impressão de mais dinheiro dará a oportunidade para as pessoas gastarem mais e assim permitir que as indústrias fabriquem e vendam mais. Isso fará com que se tenha mais produtos no mercado e assim as pessoas comprarão mais e haveria uma regularização mais natural de como este país passaria a emitir suas notas de dinheiro.