A Economia é um assunto que está muito em alta nos últimos tempos. E a causa para esse fenômeno é, logicamente, as últimas crises econômicas que assolaram o planeta nos anos anteriores, tendo sido a de 2008 a mais devastadora até então. Num mundo onde cada vez mais as pessoas estão participando ativamente para girar a economia, mas de uma maneira mais consciente do seu papel, a economia vêm sofrendo também uma maior diversificação em suas atividades.
O Brasil, por exemplo, é um país que é candidato a entrar no rol dos países desenvolvidos, embora problemas sociais como a desigualdade e a má distribuição de renda atrapalhem o país no processo de figurar entre as melhores nações do planeta. No entanto, em relação á sua economia, o país consegue ser bastante diversificado, não dependendo exclusivamente de uma fonte de renda. Podemos exemplificar com a Venezuela, país sul-americano que está sofrendo a pior crise de sua história: isso se explica porque a principal fonte de renda do país vem do petróleo. E com as variações que o insumo sofreu (aliado com os embargos econômicos principalmente dos EUA) a Venezuela se encontra na situação deplorável que está hoje.
E, já que está se debatendo sobre as economias dos países, que tal conhecer um pouco mais sobre a economia de um dos países africanos? Venha com a gente conhecer um pouco mais sobre dados econômicos e sociais da Eritreia.
A Eritreia: Breve Resumo
O Estado da Eritreia é um dos países que estão localizados no chamado “Chifre da África”, no qual faz fronteira com os países da Etiópia, Sudão e Djibuti. É um país que tem um extenso litoral voltado ao Mar Vermelho, que é um dos mais importantes para o comércio entre a África e a Europa. Tendo uma área de 177600 quilômetros quadrados, estima-se que a população do país seja de aproximadamente 5 milhões de pessoas. Diferente do que muita gente imagina, a Eritreia é um país com uma grande diversidade étnica, na qual existem 9 grupos étnicos vivendo dentro do território da nação, no qual a maioria dos seus habitantes falam línguas que fazem parte da família afro-asiática.
Durante muitos anos, a Eritreia viveu sobre a dominação europeia, fruto da lamentável divisão feita durante o século XIX que previa partes da África a algumas potências europeias. Foi administrada pela Itália, até que passou a ser controlada pelo Reino Unido, até o ano de 1952. Após esse período, em conluio com a Etiópia, a Eritreia veio a ter uma federação conjunta que durou durante 10 anos, nos quais a Eritreia contava com um parlamento local. Porém, depois desse período de tempo, a Etiópia simplesmente anulou a federação estabelecida com a Eritreia e resolveu anexá-la ao seu território. Desse modo, os ânimos com a Eritreia ficaram muito exaltados, o que fez com que se estabelecesse uma guerra armada que durou quase 30 anos. Em 1991, sob uma votação que foi supervisionada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, ficou provada a vontade de independência da Eritreia em relação à Etiópia, o que, por fim, se fez realidade em 1992.
Porém, desde que foi proclamada a sua independência, a Eritreia se constituiu num Estado de partido único, nos quais não existiu nenhuma eleição legislativa onde o povo pudesse expressar a sua opinião. O mais engraçado é que a constituição do país, que foi lavrada em 1997, diz que o país é uma república de cunho presidencialista e de uma democracia parlamentar. Isso, contudo, ainda está para ser implementado no país.
A Economia da Eritreia
Como a grande maioria das nações Africanas, a Eritreia apoia a sua economia na agricultura de subsistência, sendo que mais de 80% de sua população trabalha ou na agricultura propriamente dita ou mesmo na pecuária. E, infelizmente, diversas secas que assolam a região incidem diretamente no cerne econômico daquele país.
A extensa guerra travada com a Etiópia prejudicou e muito o planejamento econômico da Eritreia, nos quais, em 1999, o Produto Interno Bruto do país fechou em crescimento de menos 1% e, no ano seguinte, o PIB total diminuiu em 8,2%. Isso se deu pois em maio de 2000 houve uma invasiva etíope da região Sul da Eritreia, o que se revelou em perdas da ordem de 600 milhões de dólares para a Eritreia.
Mesmo durante todas as dificuldades impostas durante e depois da guerra a Eritreia fez o possível para poder se reerguer, investindo em sua infraestrutura, como a reforma, construção e duplicação de rodovias e pontes, além de obras para poder viabilizar o seu porto, que era bastante utilizado pela Etiópia antes da guerra.
E, em relação ao seu futuro, a Eritreia é uma verdadeira incógnita. Ela precisa, urgentemente, fazer com que o analfabetismo e outros diversos problemas sociais sejam amenizados, para que ela possa ter opções para se desenvolver industrial e financeiramente. Uma de suas maiores rendas, que era a utilização dos portos, ficou totalmente estagnada depois que a Etiópia se retirou por conta da Guerra ente os países, como mencionado anteriormente.
Em 2008, por exemplo ,a Eritreia conseguiu, infelizmente, o título de país com a gasolina a mais cara do mundo, com o galão sendo negociado a quase 10 dólares. Ela tomou o lugar da Noruega, país considerado agora o segundo com a gasolina mais cara do planeta.
O PIB e o IDH
O IDH do país encontra-se no patamar de 0,434, o que é considerado extremamente baixo. Em 2008, por exemplo, o seu PIB alcançou 3,743 bilhões de dólares, com um PIB per capta de apenas 747 dólares, o que também se mostra bastante baixo frente a outros números.
Os Negócios na Eritreia
Por outro lado, acredita-se que a Eritreia possa ser um grande chamariz de investimentos em um futuro próximo. Prova disso é o grande potencial mineral que ela apresenta: estima-se que o país tenha mais de 14 mil quilômetros quadrados de reservas de ouro em seu território, assim como vários locais de exploração de mármore e granito, que só não puderam ser explorados da maneira correta por conta da guerra contra a Etiópia.
O país é governado, desde a sua independência em 1991, pelo ditador Isaías Afewerki.