Economia do Irão: PIB, IDH e Negócios

Situado na Ásia Ocidental, o Irão ou Irã, antes chamado de Pérsia, é o lar de uma das civilizações mais antigas do planeta. O auge do poder desse território se deu durante o Império Aquemênida, fundado por Ciro, o Grande em 550 a.C. O território atual faz fronteiras com Azerbaijão, Armênia, Turquemenistão, Cazaquistão, Rússia, Paquistão, Afeganistão, Turquia, Iraque e Omã.

O Irão é a segunda maior nação do Oriente Médio com território de 1 648 195 quilómetros quadrados. A população iraniana é de 77 milhões de habitantes, o país aparece em 17° lugar na lista dos países mais populosos do mundo. Continue lendo para conhecer mais sobre a história do Irã além de dados relativos a sua economia.

História do Irão

O poder do território persa entrou em declínio após o colapso de 330 a.C., mas voltou a prosperar em 224 d.C. com o estabelecimento do Império Sassânida. Árabes muçulmanos invadiram o território iraniano por volta de 651, no período conhecido como Idade de Ouro Islâmica o país teve um papel muito importante contribuindo com muitos cientistas, artistas, acadêmicos e pensadores.

Em 1501 o xiismo duocecimano islâmico foi promovido a religião oficial do país, algo bastante relevante para a história iraniana. O primeiro parlamento da nação foi instituído em 1906 através da Revolução Constitucional Persa. Em 1953 um golpe de Estado, com o apoio de Estados Unidos e Reino Unido, implantou um regime autocrático gradualmente.

O dia 1° de abril de 1979 ficou marcado na história como o dia em que se instituiu uma república islâmica no Irão como uma resposta a grande influência estrangeira e repressão do regime político. Desde 1979 o país possui um sistema político singular em que estão combinados elementos democráticos e elementos de uma teocracia religiosa conduzida por clérigos nacionais. A maior autoridade nesse país é do Líder Supremo. Embora seja uma nação multicultural, o Irão, reconhece apenas como religião o islamismo xiita e como idioma oficial o persa.

Irão: Economia Baseada no Petróleo

Bandeira do Irão

Bandeira do Irão

A capital iraniana, Teerã, além de ter o maior território também é o centro cultural, industrial e financeiro do país. A economia iraniana é baseada na sua grande quantidade de reservas de combustíveis fósseis, o país possui a maior oferta de gás natural do planeta e a quarta maior reserva de petróleo. Por estar localizado num ponto estratégico, bem no cruzamento entre sul, centro e ocidente asiático, o Irão, possui grande relevância geopolítica.

Economia do Irão: PIB

O segundo maior produtor de petróleo da região, fica atrás somente da Arábia Saudita, o Irão possui PIB de US$ 108,2 bilhões. Grande parte desse valor é proveniente da exploração petrolífera. Contudo, é importante mencionar que o país também é conhecido pela qualidade dos seus tapetes e do seu caviar.

O Irão possui como moeda oficial o rial iraniano e tem uma força de trabalho de mais de 21,1 milhões de pessoas. O trigo e a cevada aparecem como a principal produção agrícola. A pecuária é composta pela criação de caprinos e ovinos. Também há um forte movimento na pesca. Na indústria os destaques ficam para os setores têxtil, alimentício e de equipamentos de transporte.

Irão Fotografado de Cima

Irão Fotografado de Cima

IDH do Irão

Os iranianos tem expectativa de vida média de 69,5 anos, o índice de mortalidade infantil chega a 28 a cada mil nascidos vivos. Em torno de 18% da população é analfabeta. O valor de renda per capta é de US$ 3.540 e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é de 0,702.

Negócios do Irão: O Recomeço Com o Fim das Sanções

Em janeiro de 2016 o Irão demonstrou estar cumprindo a sua parte do acordo nuclear com as potências mundiais e dessa forma a União Europeia revogou as sanções econômicas dentre as quais estão o embargo à compra de petróleo cru do país além de restrições ao comércio iraniano.

Nesse momento os Estados Unidos também retirou algumas sanções, em especial aquelas que se aplicavam ao setor bancário. No entanto, o país que naquele momento era presidido por Barack Obama, anunciou novas sanções a 11 empresas e pessoas que estariam ligadas ao programa de mísseis balísticos do irão.

Barack Obama

Barack Obama

Aqueles que estavam inclusos nesse grupo foram impedidos de usar bancos americanos. O anúncio aconteceu depois do teste de míssil balístico de precisão feito pelo Irão.

Obama comentou na época que foi politicamente inteligente fazer o acordo com o Irão, mas que isso não mudaria a oposição firme contra eventuais abusos do país no tocante ao programa nuclear. A redução de sanções contra o Irão tinha como objetivo impactar positivamente os preços do petróleo que já apresentavam valores baixos.

Sanções Que se Vão e Sanções Que Ficam

É de 2006 as sanções econômicas relacionadas ao programa nuclear do Irão, antes delas já existiam outras sanções impostas há décadas. O acordo nuclear de 2015 anulou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU em relação à venda da tecnologia nuclear e de defesa. Foi revogado também o congelamento dos bens de empresas e pessoas que estavam congelados.

Embora essas restrições tivessem um impacto relativamente brando comparadas com as impostas pela União Europeia funcionavam como uma legitimação de ações restritivas de outros países. As sanções que foram retiradas a setores inteiros como transporte marítimo, bancos e seguros permitiram remover de uma lista negra empresas e indivíduos que podiam ter alguma relação com as supostas atividades do programa nuclear.

Porém, indivíduos que aparecem na lista de sanções relacionadas ao terrorismo permanecerão excluídas de qualquer possibilidade de negócios. Também foi mantido o embargo dos Estados Unidos a entidades que são acusadas de oferecer patrocínio ao terrorismo. As sanções relativas ao programa nuclear apenas foram suspensas, mas não totalmente eliminadas.

Novas Sanções Econômicas Contra o Irão

Em março de 2020, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, divulgou que estabeleceu novas sanções contra autoridades do regime iraniano, empresas e empresários envolvidos com o financiamento da Força Quds (elite da Guarda Revolucionária Iraniana). Essa política de sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos teve um grande impacto na economia do Irão e inclusive afetou o combate do país a pandemia do Coronavírus.

O governo norte-americano declarou que o Irão desvia parte dos recursos de sua população para o financiamento do terrorismo no Oriente Médio e por isso estabeleceria as sanções sem culpa. Essas restrições em grande parte tem a indústria petrolífera do Irão como alvo e leva a consequências nefastas para o país. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que algumas dessas sanções levaram a contração de 9,5% do PIB iraniano em 2019.

Mas, o Que Aconteceu Entre 2015 e 2018?

Como já mencionamos em 2015 o Irão assinou um acordo nuclear com potências do Ocidente além da Rússia e China. Nesse acordo o país se comprometeu a não desenvolver armamento nuclear e contrapartida teria o relaxamento gradual das sanções. No ano de 2018 o presidente dos Estados Unidos Donald Trump decidiu, sem consultar as outras nações, desfazer o acordo e voltar a impor as antigas sanções além de criar novas. O objetivo era fragilizar a economia iraniana para que as condições americanas fossem aceitas pelo país.

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Categoria(s) do artigo:
Negócios

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