Tudo Sobre o Afeganistão
O Afeganistão é um país que tem como nome oficial de “República Islâmica do Afeganistão” e que se localiza na região central da Ásia, mais precisamente em uma espécie de encruzilhada entre a Ásia Ocidental, a Ásia Central e o Sul da Ásia. A população afegã é de cerca de trinta e quatro milhões de habitantes e a área de extensão territorial é de aproximadamente seiscentos e quarenta e sete mil quilômetros quadrados, ficando assim em quadragésimo lugar no ranking de maiores países do mundo no que diz respeito a esse assunto.
As fronteiras que delimitam o Afeganistão são compartilhadas com a China ao nordeste, com o Irã a oeste, com o Paquistão ao sul e com o Tajiquistão, o Uzbequistão e o Turcomenistão ao norte. O território afegão sempre foi extremamente importante para a rota da seda – que foi uma série de rotas que através da interligação pela parte do sul da Ásia, conseguiam comercializar sedas entre o Oriente e a Europa – e, além disso, também foi essencial para a intensificação da migração humana.
Outro ponto importante a respeito do Afeganistão é que a sua localização se encontra em um local muito estratégico e interessante, principalmente para a Ásia Central, o Oriente Médio e a Índia, já que eles estão interligados e por isso o país por muitos e muitos anos tem sido escolhida como a casa de diversos povos. Desde a antiguidade foi possível observar muitas campanhas militares no país, sendo que as mais notáveis foram ocasionadas por Gêngis Cã, Chandragupta e Alexandre o Grande, por exemplo, mas os mais recentes foram a da União Soviética e a dos Estados Unidos da América.
A política moderna do país teve início no ano de 1709, época em que os Pachtuns começaram a ascender. Havendo também a criação da dinastia Hotaki. Alguns anos depois – em 1776 – a capital do Afeganistão, que antes era Candaar, passou a ser Cabul, cidade essa que possui esse papel até os dias de hoje. Já no século XIX, o Afeganistão se encontrou como sendo um país intermediário entre potências bastante hostis e conflituosas, que para conseguir sobreviver acabava interferindo em possíveis guerras, o que acabou criando um termo de “Estado tampão”. As duas potências que estavam frequentemente em embates eram os impérios Russo e Britânico.
Toda essa situação histórica delicada que foi apresentada, juntamente com a geografia que apresenta terrenos com muitas montanhas e morros, fizeram com que o país não conseguisse ser dominado por países imperialistas, porém, isso também resultou em uma defasagem no desenvolvimento econômico do Afeganistão, e esse é inclusive o foco do artigo de hoje.
Por ter passado por vários anos de guerras pontuais e frequentes, o Afeganistão passou a ser considerado o país mais perigoso de todo o mundo, possuindo também o maior número de pessoas que passaram a ser refugiadas em outros países, precisando assim de abrigo. Por todo esses motivos existem muitas pessoas – principalmente ligadas a comunidade internacional – que trabalham com o objetivo de reconstruir as partes do Afeganistão que foram extremamente dilaceradas pelas guerras, porém, existem ainda muitos grupos terroristas que estão envolvidos com inúmeros assassinatos e ataques suicidas, que são a insurgência talibã. Existem dados que apontam que essa insurgência foi responsável por cerca de setenta e cinco a oitenta por cento das mortes entre os anos de 2010 e 2011.
Atualmente, as dez maiores cidades do país, em ordem crescente são: Talocan, Gázni, Sheberghan, Khost, Lashkar Gah, Jalalabad, Mazar e Sharif, Herat, Candaar e Cabul, sendo a última a capital do país. O Afeganistão é um dos países com pior qualidade de vida do mundo e também um dos mais pobres, já que os conflitos internos afetaram diretamente na já prejudicada economia do país, e é sobre isso que será falado logo a seguir.
A Economia Do País
Economia do Afeganistão
Como já foi apontado, o Afeganistão é um país muito pobre e deficitário em relação a sua economia, sendo extremamente dependente da agricultura e da pecuária, sendo que o produto de maior destaque do país é a papoula, que é o responsável por produzir o ópio. A economia afegã teve ainda um maior baque nos últimos anos, principalmente por todas as agitações militares e políticas que o país vem sofrendo, mas também pela seca que afetou o país entre os anos de 1998 e 2001.
A situação do país é tão complicada que a maior parte da população não possuem nem mesmo o suficiente para viverem de maneira digna, sendo defasados nos aspectos mais básicos, como é o caso da alimentação, moradia, vestuário e cuidados de saúde. Isso é agravado tanto pelas operações militares, bem como a incerteza política e o aumento frequente da inflação.
Após sofrer um ataque liderado pelos Estados Unidos que fez com que o Talibã fosse derrotado no ano de 2001 e outros problemas nesse sentido, foi pautado na Conferência de Doadores de Tóquio maneiras de reconstruir o Afeganistão, e assim foi criado um fundo de cerca de quatro bilhões e meio de dólares para auxiliar nesse aspecto. As áreas com maior prioridade para serem reconstruídas no país foram: implementação de instalações de educação, saúde e saneamento básico, desenvolvimento das áreas agrícolas e reconstrução de rodovias e ligações de telecomunicações.
Atualmente, no país a taxa de mortalidade infantil é bastante alta e mais da metade da população vive com menos de dois dólares por dia. O PIB (Produto Interno Bruto) do país é de aproximadamente vinte e nove bilhões de dólares, onde quarenta e três por cento é advindo de serviços e comércio como um todo, trinta e um por cento é advindo da agricultura e vinte e seis por cento é advindo da indústria. O nível de desemprego no país é de aproximadamente trinta e cinco por cento, e as principais industrias que buscam reverter esse quadro complicado do país são as de pequena produção de tecidos, calçados, móveis, fertilizantes, sabão, tapetes artesanais, cimento, cobre, carvão, petróleo e gás natural.
