Influências das Cargas Tributárias na Competitividade

A Influência da Carga Tributária na Competitividade

Sabemos que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, e em comparação a América Latina é o que possui maior percentual de contribuição que atinge 33,4% do PIB em taxas e impostos. Além disso, é sabido dos problemas de como esta tributação é realizada, de modo totalmente desigual e regressivo, ou seja, a maioria dos encargos tributários incidem sobre o consumo, tributando assim em maior parte quem tem menos. Ao longo da história econômica podemos ver que tentativas de reforma tributária foram pensadas mas não aprovadas, e já sabemos o porquê não é?

A aprovação de tais medidas prejudicariam principalmente os interesses individuais de políticos. Esta maneira de tributação coopera com a desigualdade e desnivelamento da distribuição de renda entre os habitantes domésticos.

O Brasil esta entre os 22 países com maiores níveis tributários, e em se tratando de imposto sobre empresas, é o que possui maior percentual tributário sobre empresas e instituições corporativas, e em comparação com a China, o governo brasileiro arrecada 33,7% sobre o lucro e o governo Chinês cobra 25% em cima dos lucros, sendo que a média global gira em torno de 27%.

As altas taxas de impostos impedem o desenvolvimento empresarial e o alcance da competitividade de mercado. Se houvesse uma redução deste tipo de imposto o país criaria uma vantagem econômica e fomentaria o crescimento industrial e comercial.

O setor produtivo de um país é o principal meio de geração de emprego, renda e pelo dinamismo econômico do país, e quanto mais alto o percentual tributário menor se torna a capacidade de expansão e investimento no setor privado. Para ganhar mercado uma empresa precisa ser mais produtiva e em um ambiente global de intensa concorrência, empresas brasileiras perdem lugar a instalação de empresas estrangeiras. Ao longo dos anos o percentual de tributação têm aumentado, mas em contra partida os investimentos que deveriam vir por parte do governo não vem ocorrendo na mesma medida do que se tira de seus habitantes, nos anos 80 a carga tributária era de 25% e em 2010 esta já alcançava a casa dos 30%.

Ao todo, são mais de 60 tipos de tributos a níveis municipais, estaduais e federais que os indivíduos se veem pagando ao longo do ano. Esta falha estrutural da economia brasileira, e além do processo burocrático falho, desestimula a produção e consumo no país. Para se ter uma ideia o nosso sistema tributário é o único país que tributa investimento e exportação que beneficia tanto o produto interno bruto como a balança comercial.

Incentivar um desenvolvimento econômico favorável e sustentável fundamenta-se primordialmente em criação de condições benéficas e favoráveis ao desenvolvimento, investimento e atividade produtiva. Um país onde há grande oneração sobre a produção, não afeta de forma positiva o poder de compra e consequentemente o crescimento econômico.

A tributação parece não ser pensada de maneira lógica ao grau de necessidade social e produtivo, para se ter uma ideia, a tributação sobre medicamente é em média 35,7 % e em contra partida em Portugal a média é de 4,7%, na França é 2,1%, Espanha 3,8% e taxa zero na Inglaterra, Estados Unidos e México. E nos insumos básicos de meios de produção as taxas são mais assustadoras ainda, a taxa sobre a luz é de 48,28% e sobre a gasolina é de 53,03%, país cujo o meio de transporte principal é formado por rodovias.

Para fomentar a competitividade e desenvolvimento industrial e comercial no Brasil, infelizmente ainda há muito o que fazer. É necessário obter fundamentos mais sólidos sobre o caminhar macroeconômico que possam diminuir as incertezas quanto ao futuro do pais e desta maneira possa incentivar e garantir maiores investimentos. A confiança quanto ao futuro é um importante fator para aumento dos investimentos em um país, melhorar os gastos públicos, possuir uma estrutura tributária mais justa, reduzida, simplificada e com menos burocracia ineficiente.

Gostou? Curta e Compartilhe!

Categoria(s) do artigo:
Mercado

Artigos Relacionados


Artigos populares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *