Fontes da Inflação

Muitas pessoas já devem ter ouvido falar que o Brasil é o país da inflação. De certo, foram longos anos até combater e conseguir segurar a mesma em um nível um pouco mais baixo, valorizando o poder aquisitivo dos brasileiros. O cenário atual é bem diferente do demonstrado nos séculos passados. Com a dívida externa paga, diversos investidores buscam investir em terras tropicais para agregar algum lucro e diminuir a queda que ocorre em outras regiões do mundo.

A oferta exacerbada pode culminar em diversos problemas para o país, desde a queda na geração de emprego até o aumento da tão temida inflação. Conheça algumas fontes da inflação e entenda melhor este complicado jogo econômico, que busca estabilização qualitativa dos preços.

O que é Inflação?

Vale dizer que a inflação é caracterizada pelo aumento contínuo dos preços. Os movimentos inflacionários acabam acarretando diversas preocupações econômicas e jamais podem ser confundidos com aumento temporário dos índices de preços – fator esse que deve ser medido muito mais como flutuação sazonal do que como inflação.

Aumento

De fato, quando percebemos que o valor de um item sobe e desce sem grandes oscilações, podemos dizer que o mesmo não está inflacionado. Com a inflação muito alta ocorre uma explícita desmonetização econômica, a taxa dos cidadãos ativos financeiramente diminui consideravelmente.

Fontes da Inflação

Estas fontes se diferem conforme os traços econômicos de cada país: Estrutura do mercado interno, do mercado externo e das organizações trabalhistas são os pontos principais.

Muitas vezes o mercado pode ser monopolista, o que de fato destrói a concorrência. Os preços aumentam conforme a necessidade de um único capital social reunido.

Fontes

Os cânones da economia dizem que quanto mais aberto está o comercio exterior maior fica a competição interna, pois a oferta fica ampliada. Contudo, muitas vezes esta doutrina fica ultrapassada, como no atual Brasil, que abre as portas para o capital estrangeiro e cresce ligeiramente com passos de tartaruga na taxa de emprego interno.

As organizações trabalhistas também são extremamente importantes à ocorrência de movimentos inflacionários. Os grandes sindicatos lutam constantemente por salários mais altos, sendo que quando o governo e as corporações sedem a esta pressão, fatalmente ocorre forte pressão sobre os preços relacionados.

Confira algumas fontes de inflação que são extremamente discutidas pelos economistas:

Inflação de demanda: Excesso de demanda agregada com a disponibilidade para produzir. Quando os recursos estão acabando para certo tipo de produção e a economia está produzindo a todo o vapor com relação à geração de empregos, certamente que a procura vai aumentar e a indisponibilidade fará com que os preços aumentem.

Demanda

Neste sentido, o governo deve interferir na demanda para que a mesma não se torne voraz. Uma manobra bastante usada à contenção é o aumento da taxa de juros.

Inflação de oferta: Também conhecida como inflação de custos, onde a demanda permanece e alguns custos cruciais aumentam. Com a retração da produção é necessário aumentar os preços para o consumidor final.

Aumento salarial: Em uma visão empresarial, quando acontece um aumento salarial forçado e sem muito planejamento, o valor adicional gasto com a mão de obra acaba sendo acrescido em cada unidade de bens produzidos.

Custos com matéria-prima: Um grande exemplo aconteceu durante a conhecida Crise Mundial do Petróleo da década de 1970. A ligeira elevação dos preços ocasionou um enorme aumento nos custos de produção, mais precisamente no setor automobilístico e no de energia diesel.

Estrutura de mercado: Empresas monopolistas ou oligopolistas quando possuem lucros muito acima dos custos de produção, podem controlar os preços de acordo com os seus interesses particulares, quando não existe grande concorrência.

Durante crises cíclicas, muitos economistas pensam que os preços podem abaixar pela falta de demanda. Este pensamento é um pouco equivocado no Brasil, desde 1980, quando em meio a uma grande crise fruto do Milagre Econômico dos anos de 1970, as grandes empresas começaram a aumentar os preços dos produtos, faturando com especulações de papéis e estagnações.

Texto escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Mercado

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