O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não perde a oportunidade de alfinetar o Governador José Serra, possível candidato do PSDB à presidência da República, que irá disputar o cargo com Dilma Rousseft, na corrida à Presidência da República no próximo ano. Ao criticar a privatização a troco de nada, referindo-se ao Banco Banespa, do Estado de São Paulo, negociado ao espanhol Santander, a época do Presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje maior apoiador de José Serra nas eleições 2.010. Segundo o Presidente Lula, foi uma privatização a troco de nada e não um Negócio de Futuro, como afirmavam os privatizadores, pois se desfizeram do quinto maior Banco Estatal brasileiro.
Hoje, fruto dessa venda, não existe pelo menos, uma obra social, pois segundo Lula, teria migrado para o caixa dois da política da época. Nisso o PT do Presidente Lula tem autoridade para falar, pois o escândalo do mensalão, talvez o maior o da história, envolvia o seu partido, mas o Presidente saiu ileso. Antes de tomar qualquer medida no governo é preciso analisar o Custo Benefício, ainda mais com A Economia em Tempos de Crise. Privatização a troco de nada ou não, na verdade, esta transação, tornou o Santander um banco sólido, enxugado, principalmente em termos de funcionários, embora isso não seja culpa dos bancos, é uma questão de tecnologia, aonde em qualquer setor da atividade humana, o trabalho do homem vem sendo substituído pela máquina.
Mas continua com o Real 15 Anos cada vez mais forte e o Santander é hoje, um dos maiores bancos na economia mundial. Lula foi muito critico aos governos estaduais que privatizaram seus bancos. Lembro-me da época das privatizações, onde o Banrisul foi muito assediado, mas resistiu, diante de uma grande mobilização do Governo Gaúcho e da população rio-grandense, repudiando a privatização a troco de nada e se tornando um grande Banco Estatal, hoje até, contribuindo para a ampliação da planta automotiva da GM de Gravataí, onde vai gerar milhares de empregos.
Mas o admirável é a forma pela qual o Presidente Lula trata questões como esta das privatizações dos bancos que ele taxou de privatização a troco de nada, dizendo-se penalizado por o Presidente dos EUA, Barake Obama, não ter um Banco Estatal forte para ajudá-lo, como ele tem aqui, o Banco do Brasil, ao qual dá todo o seu apoio no sentido de absorver pequenos bancos e tornar o BB, um dos maiores bancos mundiais capaz de ajudar nossa Economia a ficar com maior Resistência à Crise, que no Brasil, segundo ele, foi apenas uma marolinha. Parece que o Presidente Lula se colocou do outro lado da questão. Quer que o BB entre na questão da privatização a troco de nada, percorrendo o caminho invernso, que o Banco do Brasil absorva outros bancos, como o de Santa Catarina e do Piauí, já absorvidos e se expandir pela América Latina, África e China, onde tem apenas um escritório e os negócios atingem a mais de 40 bilhões de dólares. Mostra-se ainda, preocupado com seu programa Minha Casa, Minha Vida, achando que o Banco do Brasil terá que e associar a CEF para auxiliá-la nos negócios imobiliários.