Indústria eletrônica
A indústria eletrônica do Japão, uma das mais desenvolvidas do mundo, está prestes a passar por uma consolidação no setor eletro-eletrônico, para se manter competitivo no mercado. No passado, foram os Bancos japoneses em excesso, que procederam uma consolidação, enxugando o mercado. Agora é a vez de a indústria eletrônica enfrentar esse mesmo processo. A desaceleração da economia abriu espaço, oportunizado a fusão entre empresas do ramo, procurando Segurança em Primeiro Lugar e equlibrio econômico.
Um dos fatores que contribuiu para que o Japão passasse a ter seus produtos menos competitivo no mercado internacional foi à alta valorização do iene em relação ao won coreano. Agora, com o objetivo de criar uma melhor competividade com produtos similares, industrializados no exterior, a Panasonic negocia a compra da Sanyo Eletric por um valor estimado em 807 bilhões de ienes, o que é muito dinheiro extra para transformar uma concorrente em filial. Mas na realidade, o principal objetivo não é eliminar a Sanyo e sim fortalecer para melhor enfrentar a concorrência externa.
A fusão
A Panasonic sem rodeios anunciou que vai transformar a Sanyo, em sua filial, a partir de janeiro de 2010, quando os detalhes da fusão das duas empresas, forem divulgados. Para a Panasonic, a fusão com a Sanyo, vai gerar uma venda conjunta das duas marcas, em torno de 8.66 trilhões de ienes, ou 66.845 bilhões de euros, um casamento bem sucedido entre duas empresas que formarão um conglomerado capaz de fazer frente ao maior fabricante de eletroeletrônicos do Japão que é a Hitachi, uma empresa que prevê fechar o ano com um faturamento em torno de 67, 194 bilhões de euros. Para a Panasonic, a maior fabricante de TV Plasma do mundo, com o investimento na tecnologia e a experiência da Sanyo, na fabricação de baterias recarregáveis e painéis solares, será possível, dentro de pouco tempo, aumentar sua competividade no mercado eletroeletrônico, para que assim se confirme os objetivos de deixar para trás o sobe e desce do mercado, em decorrência de fatores econômicos sociais e mundiais.
Riscos de demissões
Para os que não olham só os interesses comerciais dos dois grupos envolvidos nessas negociações pode ver que o sol não vai nascer para todos com a mesma intensidade, para os direta ou indiretamente envolvidos nessa grande negociação. Quero me referir aos funcionários das empresas recuperadas, pois certamente como sempre acontecem planos de enxugamento aparecem e lá se vão os empregos, o que é ruim para todos. Funcionários que tiveram dedicação total ao trabalho acabarão sendo demitidos, o que já é anunciado pela Panasonic, ao admitir que vai fechar cinco unidades no Japão e outras tantas, em outras partes do mundo. Serão l5 mil postos de trabalhos que serão eliminados. Uma triste realidade para os que perdem o emprego, em uma ocasião tão pesada como esta que o Japão atravessa, atingido pela crise que foi.