Todos sabem da importância que a economia representa em muitos lugares, não é verdade? Pois bem. Quando a economia apresenta bons índices, é certo que a dinâmica do país vá pelo mesmo lugar. Porém, quanto este se apresenta de maneira instável ou ruim, a possibilidade de que haja problemas de âmbito industrial e social no país é bastante grande.
Talvez, o exemplo mais prático de quebra na economia é o da Grécia, país europeu que é considerado como o “berço” da intelectualidade. Em 2008, estourou nos Estados Unidos a bolha imobiliária, que gerou uma forte crise econômica que fora sentida em vários países do mundo, inclusive na Grécia. Por lá, existe uma economia que não é muito competitiva e, com a chegada da crise, a economia entrou em uma séria recessão. Para piorar, em 2009, descobriu-se que o governo maquiava os reais números da crise, o que revelava, ainda, um precipício econômico ainda maior.
Outra nação que também se encontra em uma triste situação econômica é a Venezuela. O país sul americano também está com a economia fragilizada, decorrida de ter uma economia pouco variável: é dependente do petróleo, que faz com que seja a sua maior movimentação financeira. Com a derrubada nos preços petrolíferos, o país mergulhou em uma grave crise econômica, que evoluiu para uma crise política sem precedentes.
Um dos elementos econômicos que ditam a situação do país perante as demais nações é o câmbio. Você já ouviu falar dele? Em nosso artigo, você vai aprender um pouco mais sobre o câmbio e, também, conhecer o regime cambial do nosso Brasil. Confira:
A Taxa de Câmbio – O Que É?
Quando estamos assistindo o jornal, é bastante comum que nos informem o preço do dólar em relação ao real. Podemos perceber, também, que o dólar sempre se sobressai em relação à moeda do nosso país, com preços que giram em torno de três reais e sessenta centavos. O interessante é que, em 1994, com o lançamento do Plano Real, o real chegou a ficar pareado com o dólar. Ou seja, um dólar tinha o valor de um real. Como isso é possível?
Simples, com a taxa cambial. Essa taxa determina o valor de uma moeda em relação a outra. De uma forma mais técnica, ela mostra o quão boa estão as relações de troca entre os dois países, mostrando a força da moeda em paridade com a outra. Durante o fim dos anos 2000, era comum que víssemos notícias sobre a força que o real tinha em relação ao dólar. Mas como chegar a essa paridade boa para nós?
Os Tipos de Regime Cambial
Para começo de conversa, existem três tipos de regime cambial, no qual as mais utilizadas são o Regime Cambial Fixo e o Regime Cambial Flutuante. Aprenda a diferenciar o dois a seguir.
O Regime Cambial Fixo nada mais é do que o Estado definindo a taxa do câmbio entre a moeda nacional e a estrangeira. Nesse sentido, o mercado não tem nenhuma influência sobre ele. A vantagem nesse sentido é o controle da inflação, se esta estiver descontrolada. A desvantagem é a supervalorização da moeda, que faz com que as importações sejam maiores do que as exportações, podendo comprometer a indústria do país.
Já o regime de câmbio flutuante diz respeito ao controle da taxa de câmbio que é feito pelo mercado. Ou seja, os anseios mercantis é que ditam a dinâmica da taxa. Isto é: ela pode ser tanto benéfica quanto maléfica à moeda, dependendo da situação. É engraçado dizer que as vantagens e desvantagens são, respectivamente, a desvantagem e a vantagem do regime de câmbio fixo.
Qual É O Regime Cambial Brasileiro?
A economia brasileira nunca foi estável como se supunha algumas pessoas. Nem durante o período da ditadura militar, no qual algumas pessoas bradam a voz para poder dizer que foi o período de maior crescimento econômico: naquela época, a inflação era gigantesca. Tudo começou a mudar a partir dos anos 1990, quando, depois de vários planos econômicos e moedas lançadas, a equipe econômica do então presidente Itamar Franco apresentou o Plano Real, que foi instituído no Brasil em 1994.
Nessa época, o governo lançou a moeda do Real e fixou que o valor de um real era igual o de um dólar. Ou seja, podemos identificar que, durante o início do real na economia do país, o estado usou o regime cambial fixo.
Durante os anos de 1995 a 1999, o país adotou o que os economistas chamam de regime “deslizante” que também era conhecido como Regime de Banda Cambial. Nesse regime, o Banco Central estipulava os mínimos e os máximos que as taxas econômicas poderiam atingir. E, de 1999 até então é adotado o regime cambial flutuante “sujo”, ou seja: os preços das taxas de câmbio são definidas de acordo com as leis de oferta e demanda, tendo porém, algumas ações do BC para poder controlar as taxas cambiais do país.
Ou seja, não podemos dizer que a política cambial do país é totalmente liberal, já que, apesar de existir uma certa ação mercantil para definir os seus preços, algumas ações do banco central buscam controlar toda essa influência mercantil nos preços e nas taxas cambiais em relação a uma moeda e outra.
A Política Monetária do País No Futuro
Desde que a extrema-direita se sagrou campeã nas eleições de 2018 com a chegada de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil, a economia vem sofrendo com uma guinada à direita, com medidas que se aproximam e muito do liberalismo. Ainda assim, nota-se a influência do estado em relação à política cambial que fora adotada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Enquanto o país tenta se voltar ao mercado, tenta-se buscar o retorno da confiança na economia e, por consequência, um maior aumento no número de empregos, que se encontra bastante escasso nos últimos tempos. Cerca de 10% da população Brasileira está desempregada, fato que é a maior dor de cabeça às autoridades do país atualmente. A esperança é que os ânimos melhorem a partir do segundo semestre de 2020, com um aquecimento da economia e previsões animadoras.