Economia da Guiné: PIB, IDH e Negócios

A Guiné é uma nação que se localiza no continente africano, mais precisamente na costa oeste do continente. O litoral da Guiné está limitado ao norte e a leste, com Mali; ao sul, com a Libéria; ao sudeste, com a Costa do Marfim; a oeste, com a Serra Leoa e com o Oceano Atlântico; e a noroeste com a Guiné-Bissau. 

Guiné foi uma colônia francesa. A sua independência veio em 02 de outubro do ano de 1958. Após se tornar independente, Sékou Touré se tornou o primeiro presidente, e logo instalou a ditadura do país, de apenas um partido político. Ele atuava de maneira muito opositora e repressiva. Devido a isso, mais de um milhão de pessoas acabaram sendo exiladas. E país também acabou rompendo muitas relações comerciais com outros países, vizinhos a ele. 

Bandeira da Guiné

No seu território existe uma floresta tropical bem densa, denominada maciço Fouta Djalon, onde há montanhas que chegam a atingir até 1000 m de altura. Tem também uma nascente de um chamado Niger. Guiné tem um dos climas mais úmidos de toda a África Ocidental. 

Economia da Guiné 

A economia do país está apoiada, principalmente, na exploração de minérios, o que fez do país o1 maior exportador de bauxita do mundo. Um terço de toda a reserva do mundo está no país. Além da bauxita, também são destaque na Guiné os minérios de ouro, o ferro, o diamante e o urânio. 

A agricultura também de boas condições de se desenvolver, com boas condições climáticas, terras produtivas (férteis) além de água em abundância. A agricultura do país é responsável por empregar um total de 80% de toda a força de trabalho do país.  

Economia da Guiné 

No entanto, ainda que apresente tantos recursos naturais importantes para o desenvolvimento econômico, Guiné é considerado como um país pobre, sendo um dos mais pobres que existe. Confira abaixo os principais dados econômicos da Guiné: 

• IDH (Índice de Desenvolvimento): 0,340 (figura entre os 15 menores do mundo). A grande maioria da população vive com pouco mais que US$ 1 dólar/dia; 

• Localização: África; 

• Capital do país: Conacri; 

• Composição da população: um total de 10.068.724 habitantes. Dos quais, 4.983.868 são mulheres e 5.084.856 são homens; 

• Densidade demográfica: 41 habitantes/km²; 

• Moeda do país: Franco guineano; 

• PIB (Produto Interno Bruto): 4,3 bilhões de dólares; 

• Produto Interno Bruto per capita: 452 dólares; 

• Taxa média de crescimento populacional anual: 2,2%; 

• População subnutrida: representa 17%; 

• População que reside em áreas urbanas: 34,85%; 

• População que reside em áreas rurais: 65,15%; 

• Governo de Guiné: República Presidencialista (regime de ditadura militar desde o ano de 2008); 

• Idioma: Francês; 

• Esperança de vida ao nascer: 55,3 anos; 

• Extensão territorial: 245.857 km²; 

• Divisão administrativa: sete regiões administrativas mais a capital Conacri; 

• Relações exteriores: FMI, ONU, Banco Mundial, UA e OMC; 

• Água potável (domicílios com acesso): 70%; 

• Rede sanitária (domicílios com acesso): 19%; 

• Religião: o islamismo representa cerca de 68,6%; as crenças tradicionais são cerca de 27,8%; o cristianismo representa 3,4%; e aqueles sem religião ou ateus representam 0,2% da população; 

• Composição étnica: os Fulanis representam cerca de 35%; Mandingas são cerca de 30%; Sussus representam 20%; e outros são 15% do total, 

• Clima: tropical. 

História da Guiné 

História da Guiné

Existem duas hipóteses para que o país tenha recebido esse nome. A primeira hipótese é que o nome se deriva de um império que teria existido naquela região em meados do século VIII, compreendida como “Djinne”, ou “Ghinea”. Já na segunda hipótese, acredita-se que o nome “Guiné” seria uma referência ao nome “Gana”, que era como os nativos chamavam a região que antes era ocupada pelo império pré-colonial africano chamado “Mali”. 

A área que a Guiné ocupa hoje em dia já fez parte de vários povos africanos, dentre os quais estava o Império Songai, entre os séculos X e XV, num período em que a região teve, pela primeira vez, contato com comerciantes que vieram da Europa. Os portugueses descobriram a Guiné em meados do no de 1946. E os responsáveis pela descoberta foram Alvise Cadamostro e Pedro de Sintra. 

Alvise Cadamosto

As primeiras populações da Guiné atual surgiram por meio de migrações dos povos que vieram da atual Mali (Sudão), de Senegal e Niger. Acredita-se que os primeiros povos que habitaram o país tenha sido os pigmeus. Eles, porém, tiveram que fugir da região devido à invasão dos povos que vieram do Norte. 

Um povo chamado Bagas surgiu na região, e até se instalaram em Conacri. Porém, os Sussu, que possuem etnia mandinga, os expulsaram de lá, e eles tiveram que ir para uma regiçao chamada de baixa Guiné. 

Os quissis foram para a região florestal. Enquanto os povos Tenda foram para Futa Jalom, para a parte inferior. Já os Malinqués que, mais tarde, contribuiriam para a história étnica do país, foram para a chamada parte Alta Guiné, depois que houve a expansão, no século XVI, do Império do Mali. Os povos Peúles acabaram emigrando de Futa Toro (que hoje é Senegal), para a região de Futa Jalom, e quase na mesma época. 

Depois que foram feitos os pastoreamentos na região de Mali, começou a surgir o reino Reúle. No século XVIII, na África Ocidental, os povospeúles acabaram se convertendo ao islamismo, o que acabou marcando a forma característica desse povo e também da política, uma vez que as diretrizes dessa religião já tinham virtudes relacionadas aos valores do seguidor e ao conhecimento. Isso acabou favorecendo uma maior organização dos povos peúles, que passaram a se organizar em exércitos, exercendo autoridade sobre eos demais povos regionais. 

O Imanato dividia-se em nove estados. A responsabilidade por administrar o Imanato, após 1751, durante a fase de sucessão era de Ibrahim Sori.

Ibrahim Sori

Ibrahim conseguiu expandir uma boa parte da região Futa Jalom para a então confederação peúle. Em 1784, após o falecimento de Ibrahim Sori, quem passou a administrar o reino foi um almani, que era um líder de base da religião muçulmana. Entre a população, tinha pessoas da família dos Soria (que eram descendentes de Ibraim), e dos Alfaya (do lado do Karamoko), ou seja, de ambas as famílias aristocráticas peúles. 

Samori Turé fundou um império em 1878, denominado Uassulu, aasim que conseguiu fugir do cárcere de sete anos. Era detentor de um grande território, e que chegava a abranger uma parte dos territórios de Mali, Níger e da Libéria.

Samori Turé

O seu território fazia fronteira com com a Gana, que era mais conhecida como Costa do Ouro na época; e com a Serra Leoa de hoje.