Ações Petrobras

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirma que as ações da companhia devem ter alta a longo prazo. A declaração surge em resposta aos investidores que estão cada vez mais temerosos quanto ao futuro de suas carteiras na companhia.

O executivo confessou que no momento os papéis da empresa devem cair, mas avisa que isso não deve desestimular ninguém, pois toda petrolífera trabalha olhando anos a frente. No ano passado a Petrobras abriu o maior processo capitalização da história mundial, injetando cerca de 120 bilhões de reais de uma só vez. Em 2011, até o momento, a queda das ações foi maior que 23%.

Gabrielli afirma ainda que em nenhuma petrolífera do mundo que fez mudanças na capitalização surtiram efeitos em menos de quatro anos, e não será diferente com a brasileira. Para ele é necessário primeiro investir parte dos recursos adquiridos com a venda das ações, o que acontece de maneira lenta, para que daí a empresa cresça e os investidores comecem a ver seus papéis valorizados, para então revendê-los.

Segundo o executivo, não adianta sair pagando agora bônus e dividendos aos acionistas e deixar de investir os recursos, pois a intenção da capitalização era exatamente fazer a empresa crescer ainda mais a longo prazo.

A venda de cerca de 120 bilhões de reais de papéis da Petrobras no ano passado foi um dos temas mais comentados na mídia e amplamente explorado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante a campanha eleitoral da atual presidenta Dilma Roussef.

O então presidente, Luís Inácio Lula da Silva (PT), lembrou que as pessoas tinham medo que alguém de esquerda, como ele, levasse o país à falência, mas na verdade estava realizando a maior operação da história do capitalismo. Hoje, a oposição afirma que a capitalização foi um fracasso, pois os investidores veem seus papeis dando cada vez mais prejuízo. 

Outra defesa do presidente da companhia para a baixa das ações da Petrobras é o preço do combustível. Segundo ele, até 2002 a gasolina brasileira tinha custo semelhante ao dos principais países do exterior. Hoje é muito mais barata para agradar ao consumidor. Uma crítica que se faz com frequência à Petrobras é sua baixa participação no mercado de combustíveis renováveis, o petróleo do futuro, que hoje é de cerca de 5%. Gabrielli garante que até 2015 esse número deve triplicar, chegando à marca dos 15%.

Os especialistas neoliberais afirmam que uma das principais causas da queda das ações, mesmo com as constantes boas notícias envolvendo a Petrobras, é o fato que a companhia é gerida pelo governo. A Vale, por exemplo, teve um aumento de valor desde que foi privatizada.

Por outro lado, a gestão estatal da empresa mantém os lucros com a união, o que pode ser ruim para os acionistas é bom para a população em geral, que é para o governo, a verdadeira dona da empresa. 

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Negócios

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