Enquanto países ricos discutem uma forma de redistribuição do poder de voto do Fundo Monetário Internacional (FMI), os países pobres trabalham tentando garantir que o aumento no poder de dar opinião que já foi prometido não venha a acontecer sacrificando outros países menores e em desenvolvimento.
Domínio que Está Sendo Questionado
Atualmente como um reflexo do período posterior a Segunda Guerra Mundial, quem domina o FMI são os países europeus e os Estados Unidos, domínio este que agora começa a ser questionado quando países como a China, que estão em desenvolvimento começam a fazer exigências querendo assumir um poder que seja pelo menos condizente com o crescente desenvolvimento econômico que apresenta.
Entre os 187 países que são membros do Fundo Monetário Internacional já existe consenso de que pelo menos 5% do total de votos devem passar para países que até agora não são suficientemente representados no FMI.
Distribuição de Votos
De acordo com os planos de reformas do FMI, a China deve dar um grande salto e mesmo superar potencias antigas como era o caso de França e Reino Unido, outras nações menores se preocupam tentando imaginar como serão distribuídos os votos restantes.
Existem cotas para determinar a contribuição que deve ser dada por cada país membro e também o valor que cada um tem direito a tomar como empréstimo. Essas cotas se baseiam em fórmulas muito complexas que levam em consideração desde o tamanho da economia, das reservas cambiais e da balança comercial de cada país.
A Resistência Vem de Países Desenvolvidos
Segundo Mantega, a China está de acordo em abrir mão do aumento no poder de voto a que teria direito para que outros países em desenvolvimento não fossem muito prejudicados e também tivessem direito o poder de voto, entretanto a resistência maior sempre fica por conta dos europeus e de outros países mais desenvolvidos.
Existem grandes negociações entre países na tentativa de reduzir o domínio no Fundo Monetário Internacional, em especial da Europa, mas também dos Estados Unidos. A briga é grande uma vez que se a Europa não quer perder assento no conselho do FMI, os Estados Unidos por sua vez não quer perder poder de veto.
Tarefa Difícil
Esta é uma briga que promete se prolongar, pois segundo entendidos esse é um impasse que se resolveria satisfatoriamente se todos pudessem se sentir como se fossem vencedores. Autoridades européias afirmam que apesar de não terem propostas concretas, progressos foram feitos no sentido de minimizar as diferenças. A verdade é que as reformas no FMI preocupam mercados emergentes enquanto os grandes brigam para não perder terreno mesmo com suas economias abaladas, não querem deixar de comandar o espetáculo. Grande prepotência que precisa ser vencida. È um duro trabalho em andamento que parece vi demorar a ter solução.