Economia de Guiné-Bissau: PIB, IDH e Negócios

Tudo sobre Guiné-Bissau

Guiné-Bissau é um país que se localiza na região ocidental da África e que possui o nome oficial de República da Guiné-Bissau. Esse país faz fronteira na região norte com o Senegal, na região sul com a República de Guiné e por todo o leste com o Oceano Atlântico. A área de extensão territorial do país é de pouco mais de trinta e seis mil quilômetros quadrados, e a população que lá vive é composta de pouco mais de um milhão e seiscentas mil pessoas.

Originalmente, o país Guiné-Bissau fazia parte de um reino mandinga chamado Reino de Gabu – que teve sua existência entre os anos de 1537 e 1876, na região da Senegâmbia – juntamente com o Império do Mali – que foi um ipério existente na época pré colonial africana, durante a idade média (entre os anos de 1235 a 1670) nas regiões correspondente as atuais Serra Leoa, Mali, Senegal, sul da região ocidental do Saara e Guiné. Algumas partes desse citado Reino de Gabu se mantiveram firmes até meados do século XVIII, enquanto outras partes se encontravam já sob domínio do Império Português, onde alguns anos depois – mais especificamente no século XIX – a região foi de fato colonizada por Portugal, se tornando assim uma colônia e levando o nome de Guiné Portuguesa.

Finalmente, no ano de 1973 foi declarada a independência de Guiné-Bissau e no ano de 1974 essa independência foi de fato reconhecida, sendo nessa época que o segundo nome (Bissau) foi adicionado ao nome do país, já que Bissau era o nome de sua capital, fazendo assim com que se evitasse também a confusão de nomes que poderiam acontecer com Guiné (que antigamente era chamada Guiné Francesa) e também com a Guiné Equatorial (que antigamente era chamada de Guiné Espanhola). Guiné-Bissau foi a primeira colônia portuguesa da África a possuir sua independência e ser oficialmente reconhecida por Portugal.

Como sabemos que também é o caso do que aconteceu no Brasil, esse processo de colonização acaba influenciando no desenvolvimento futuro do país como um todo, e isso não seria diferente com Guiné-Bissau. A história do país foi marcada intensamente por uma série de fatos que provocaram a constante instabilidade política do país, com isso acontecendo desde quando conseguiu sua independência. Um fato que mostra como isso é gritante, é o de que desde sua independência acontecer, não houve um único presidente que conseguiu completar seus cinco anos totais de mandato. Outro ponto que sofre com essa influência negativa da colonização são as questões econômicas, que serão apresentadas com mais detalhes logo abaixo, já que esse é o foco do artigo de hoje.

Atualmente, no país não existe um idioma unificado, ainda que o idioma oficial de Guiné-Bissau seja o Português – que foi estabelecido durante o período colonial – apenas quinze por cento da população fala essa língua, seja como primeiro ou segundo idioma. A língua que realmente é mais falada no país é o kriol – ou crioulo da Guiné-Bissau – que é basicamente um idioma crioulo que tem como principal base o português. Aproximadamente noventa e um por cento da população fala o kriol, e por mais que não seja um idioma oficial, é totalmente reconhecida. Existem ainda pessoas que vivem em Guiné-Bissau e que falam outros idiomas africanos. Já a respeito das questões religiosas, as mais predominantes são o islamismo e as tradicionais africanas, mas ainda existe uma pequena minoria que é cristã, mais especificamente católica apostólica romana.

Economia de Guiné-Bissau

Como já foi dito acima, muitos fatores foram influenciados pelo fato de Guiné-Bissau ter sido durante muito tempo uma colônia portuguesa, o que fez também com que por muito tempo o país não conseguisse se desenvolver amplamente e da melhor maneira possível. E é claro que isso se refletiu muito nos aspectos sociais e também econômicos do país, como é possível observar por exemplo no faro de o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país ser um dos mais baixos do mundo todo.

Porém, ainda assim, Guiné-Bissau faz parte ainda de vários grupos e instituições econômicas e sociais, que tem como principal objetivo tirar o país desse estado em que se encontra desde sempre, tentando possibilitar um maior desenvolvimento econômico e consequentemente social. Os principais grupos dos quais o país é membro são: Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, União Latina, Francofonia, União Africana, Organização para a Cooperação Islâmica, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul.

Além de Guiné-Bissau contar com um Produto Interno Bruto extremamente baixo – sendo um dos mais baixos do mundo – o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país também é baixíssimo, ficando realmente na parte de baixo do ranking que engloba todo o planeta. Esses dados funcionam realmente como indicativos da verdadeira situação do país, que sofre com o fato de que mais de dois terços de toda a sua população vive abaixo da linha da pobreza – sentença utilizada para realizar a descrição da renda com que uma pessoa ou uma família vivem ao longo de um ano – sendo esse um dado bastante assustador e preocupante.

A já frágil economia do país é praticamente totalmente dependente da agricultura, do cultivo de peixes e também da produção de outros itens como as nozes e a castanha de caju. Esses dois itens citados são ainda produtos campeões de exportação do país, funcionando assim como uma espécie de carro chefe dessa economia.

Pib de Guiné-Bissau

Pib de Guiné-Bissau

Anteriormente já foi falado também sobre as severas instabilidades políticas que o país sofre desde sempre, e esse também é um fator muito marcante no aspecto econômico, já que essa é uma das principais causas da economia abatida que Guiné-Bissau possui, juntamente com as condições sociais precárias que o país arca e também com a série de desequilíbrios macroeconômicos que lá existem.

Os empreendimentos em Guiné-Bissau acabam por ser extremamente burocráticos, o que faz mais ainda com que a economia fique travada, já que as pessoas que querem realizar seus negócios de maneira formal, acabam por desistir. O tempo médio de registro desses empreendimentos no país é de cerca de sete meses, sendo o segundo maior tempo de todo o planeta.

Ainda que o cenário econômico guineense seja extremamente desanimador, nos últimos tempos tem surgido uma luz apontando alguns avanços econômicos, que mostram que a estabilidade pode vir a ser alcançada, já que existem pactos entre partidos políticos do país que tem esse objetivo central, juntamente com a implementação de uma reforma estrutural que tem sido auxiliada pelo FMI – Fundo Monetário Internacional.

Recentemente os principais desafios que tem surgido no país são a necessidade de se alcançar uma disciplina fiscal, bem como a de construir novamente uma sólida administração pública. Também é importante que Guiné-Bissau melhore todo o clima da economia para que o investimento privado se sinta atraído e assim a diversificação econômica também seja atingida, tudo isso então guiando os próximos passos da economia do país.

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Categoria(s) do artigo:
Negócios

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