No ano de 2012 o Egito contava com um PIB de mais de 500 milhões de dólares. O país conta com quatro fontes geradoras de capital com destaque para o turismo, a extração e exportação de petróleo, cobrança de impostos e taxas de alfandega sobre os navios que passam pelo canal de Suez e por fim a ajuda econômica que é enviada pelos familiares de egípcios que moram em outros países.
O turismo do país se concentra em especial em atrações como as pirâmides e o litoral do Mar Mediterrâneo. A extração e a exportação de petróleo contribuem gerando emprego e lucros bastante expressivos para o governo do país. Existe um tráfego intenso de navios pelo Canal de Suez o que faz com que a arrecadação de impostos e taxas seja bastante significativo. No Antigo Egito a economia do país consistia em trocas.
A História da Economia do Egito
No Egito Antigo a base da economia era a agricultura que seguia o método de produção da Ásia. Todas terras do país eram de propriedade do faraó que fazia a organização de todo o trabalho agrícola. Além dessas incumbências o faraó ainda fazia a administração das construções bem como das minas.
Uma questão que se deve destacar na economia do Egito é o regime de servidão coletiva em que todos tinham como obrigação trabalhar para manter o faraó. Os que não trabalhavam nesse sistema de servidão coletiva tinham que efetuar o pagamento de tributos como bens para o estado.
Economia do Egito – Setor Primário
Agricultura
No que diz respeito a produção agrícola do Egito o destaque fica para o cultivo de cevada que é usada para o fabrico de cerveja. Também devemos ressaltar o papiro bastante usado para fabricar itens como barcos, cordas, sandálias e claro o papel que leva o nome de papiro que foi bastante utilizado até tempos próximos da Idade Média.
Pecuária
O Egito contava com a criação de vários tipos de animais de rebanho como bois, cabras, aves, carneiros e asnos. Os cavalos somente começaram a ser criados no Egito com a invasão dos hicsos por volta de 1750 a.C. Os hicsos utilizavam os seus cavalos contra o exército do Egito que então passou a copiar essa estratégia em seu próprio benefício. A alimentação com carne era restrita aos mais ricos, a população mais pobre somente podia se alimentar com carne em festas ou ocasiões especiais.
Economia do Egito – Setor Secundário
Metalurgia
O povo egípcio dentre tantas habilidades se destacou também no uso de ouro e cobre, já os primitivos sabiam como usar esses materiais. Esse povo aprendeu a forjar ferramentas, joias e armas com esses materiais. Em seguida eles passaram a fabricar bronze que consistia na combinação de cobre e estanho na fornalha, um material mais duro.
Foi durante o novo império que eles inventaram os foles que tinham a sua operação com o pé. Nesse caso o metal era previamente derretido e colocado em formas para ser moldado. Podemos observar que o povo egípcio foi precursor na metalurgia criando maneiras de utilizar os materiais de maneiras mais interessantes.
Economia do Egito – Setor Terciário
No Egito Antigo o comércio era realizado com base na realização de trocas uma vez que ainda não existia o dinheiro. Durante o Novo Império a prática de trocas se tornou ainda mais intensa em especial quando começaram a serem realizadas mais importações e exportações. Foram estabelecidos contratos comerciais com a ilha de Creta, Palestina, Fenícia e Síria.
A indústria egípcia foi desenvolvida de maneira bastante artesanal contando com a produção de armas, cerâmica, metais, peças de vidro, tijolos, tecidos entre outros. Os produtos que eram resultantes do trabalho dos artesãos eram exportados. Dentre os produtos importados pelos egípcios estão peles de animais, marfim, perfumes entre outros artigos que eram de uso dos mais ricos.
O Sistema de Transportes do Egito
A construção de pirâmides ajudou a desenvolver o transporte fluvial uma vez que durante as cheias do Nilo era necessário fazer o transporte das pedras até a orla do deserto. Para que as pedras pudessem flutuar eram feitos navios usando a madeira do Líbano.
Para conduzir esses navios eram usados remos que ficavam fixos à popa. Um dado interessante é que os egípcios foram os primeiros a usar as velas. Contudo, os homens comuns do país usavam barcos de junco para realizar tarefas como pescar ou caçar. Aliás, essa é uma característica bastante pertinente do que diz respeito ao Egito, a forma como só os ricos detinham os principais privilégios.
Conhecendo o Egito
O Egito está localizado na região nordeste do continente africano numa região em que o deserto se destaca em que se encontra também a península do Sinai – na Ásia – de maneira que esse é um Estado transcontinental. Faz fronteira com a Líbia a oeste, com o Sudão a sul e com a Faixa de Gaza e Israel a leste. No seu litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo bem como o litoral oriental é banhado pelo mar Vermelho.
A capital do país é a cidade do Cairo que é a cidade com maior população do Egito e também do continente africano. Aliás, o Egito é um dos países com maior população do continente africano bem como do Oriente Médio. No ranking mundial se encontra em 15° lugar em termos de população. Em torno de metade da população do país se concentra em centros urbanos especialmente nas cidades do Cairo e Alexandria. Algumas cidades localizadas no delta do Nilo contam com maior densidade demográfica.
Um País de História
O Egito é um país que conta com uma das histórias mais longas dentre todos os Estados modernos, pois teve habitantes desde o 10° milênio a.C. A civilização egípcia entrou para a história como uma das que mais contribuiu para a construção de monumentos que se destacaram para a humanidade como a Grande Esfinge e as pirâmides de Gizé.
Essa civilização foi uma das mais poderosas dentre as suas contemporâneas. Devido a isso ruínas antigas do Egito como as das cidades de Tebas e Mênfis além do templo de Karnak e o Vale dos Reis são até hoje objeto de estudo arqueológico com o objetivo de entender melhor a humanidade.
No nordeste do Egito, o delta do Nilo, onde acontece a maioria das atividades econômicas. Nos últimos 30 anos, o governo reformou a economia altamente centralizada que herdou do presidente Gamal Abdel Nasser.
Durante a década de 1990, uma série de arranjos do Fundo Monetário Internacional, juntamente com o alívio da dívida externa resultante da maciça participação do Egito na coligação da Guerra do Golfo, ajudou o Egito melhorar o seu desempenho macroeconômico.
Desde a virada do novo milênio, o ritmo das reformas estruturais, incluindo as políticas fiscais, monetárias, as privatizações e as legislações de novos negócios, ajudaram o Egito em prol de uma economia de mercado mais orientada e provocou o aumento do investimento estrangeiro.
Um protesto da juventude exigindo mais liberdade política, combate à corrupção e fornecimento de melhores níveis de vida forçou o presidente Mubarak, a deixar o cargo em 11 de fevereiro de 2011.