Bolha econômica (por vezes referida como bolha especulativa, mercadológica, de preços ou financeira) é o comércio de grandes volumes a preços em desacordo com valores intrínsecos. Também descrita como a situação na qual os valores dos ativos parecem ser baseados em visões implausíveis ou inconsistentes sobre o futuro.
Por vezes é difícil observar os valores intrínsecos nos mercados da vida real. As bolhas são identificadas apenas em retrospectos, quando uma súbita queda nos preços aparece em virtude de diversas explicações.
Esta queda é conhecida como um acidente ou estouro da bolha! Tanto o som e os de rebentamentos são exemplos da reação positiva do mecanismo em contraste com a negativa que determina o preço de equilíbrio em condições normais do mercado. Valores podem flutuar de forma irregular e se tornarem impossíveis de serem presumidos a partir da oferta e procura.
Enquanto alguns economistas negam que as bolhas ocorrem, a causa permanece disputada por aqueles que estão convencidos de que os preços dos ativos por vezes se desviam a partir de valores intrínsecos.
Explicações sugerem que as bolhas podem aparecer mesmo sem incertezas, especulações ou racionalidade limitada. Por vezes causada em consequência dos processos de coordenação e normas sociais.
Impacto das Bolhas Econômicas
O impacto das bolhas econômicas é debatido entre as escolas de pensamento econômico. Em geral não são consideradas benéficas. Debatidas como prejudiciais para o sistema econômico.
Dentro da economia, certos especialistas acreditam que as bolhas não podem ser identificadas com antecedência para que se impeça a formação. Autoridades devem esperar acontecer o estouro por vontade própria, mesmo após as tentativas de defesa via política monetária e fiscal.
O acidente que segue a bolha econômica pode destruir grande quantidade de riqueza e causar mal-estar econômico. Essa visão é associada em particular com a dívida e deflação referentes à teoria de Irving Fisher e elaboradas dentro da economia pós-keynesiana.
Período prolongado de prêmios de baixo risco prolonga a desaceleração da deflação dos preços dos ativos, como foi o caso da Grande Depressão, na década de 1930. O resultado do acidente devasta a economia da nação e provoca efeitos que prejudicam as fronteiras.
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Efeito Sobre os Gastos
Outro aspecto importante de bolhas econômicas está no impacto sobre hábitos de consumo. Os participantes do mercado com ativos supervalorizados tendem a gastar mais porque se “sentem” ricos (o efeito riqueza).
Observadores citam o mercado imobiliário no Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Espanha e partes dos Estados Unidos como exemplo do efeito no começo do século XXI.
Quando a bolha estoura de modo inevitável quem segura os ativos supervalorizados experimenta a sensação de riqueza reduzida e tende a cortar gastos discricionários, ao mesmo tempo, dificultando o crescimento econômico ou agravando a desaceleração econômica.
Em uma economia com um banco central pode existir maior defesa para a valorização dos preços dos ativos. Órgãos públicos tomam medidas macroeconômicas para conter altos níveis de atividade especulativa. Em geral as ações defensivas são feitas através do aumento da taxa de juros (ou seja, o custo de tomar dinheiro emprestado).
Possíveis Causas da Bolha Econômica
Na década de 1970, o excesso de expansão monetária após os EUA sair do padrão-ouro (agosto de 1971) criou enormes bolhas que apenas terminaram após o Banco Central (Federal Reserve) frear o excesso de dinheiro ao elevar as taxas de juros dos fundos federais além de 14%.
A bolha estourou e os preços de commodities do petróleo e ouro, que desceram para níveis adequados. Da mesma forma, as políticas de taxas de juro baixas por parte da Reserva Federal dos EUA entre 2001-2004 são acreditadas por ter habitação exacerbada e impulsionar bolhas no setor.
A bolha imobiliária estourou quando as hipotecas subprimes começaram a padronizar as taxas elevadas além do esperado, o que também coincidiu com aumento da taxa dos fundos do governo federal.
Também tem sido sugerido diversas vezes que as bolhas podem ser racionais, intrínsecas e contagiantes. No entanto, não existe uma teoria aceita de modo amplo por especialistas para explicar o pensamento. Agências de modelos gerados por computadores sugerem que alavancar em excesso pode ser fator chave às causas.
Para certos pensadores as bolhas ocorrem mesmo nos mercados experimentais e previsíveis nos quais a incerteza é eliminada e os participantes são capazes de calcular o valor intrínseco dos ativos com a análise do fluxo esperado de dividendos.
Bolhas foram observadas em mercados experimentais de modo repetido mesmo com participantes de estudantes de negócios, gerentes e operadores profissionais. Elas possuem traços robustos às variedades de condições!
Embora não haja um acordo claro sobre o que causa bolhas, evidências sugerem que elas não são causadas por racionalidade limitada ou suposições sobre a irracionalidade.
As bolhas aparecem mesmo quando os participantes no mercado são capazes de fixar ativos de modo correto. Além disso, surgem mesmo quando a especulação não é possível ou o excesso de confiança está ausente.
Liquidez e Bolha Econômica
Possível causa de bolhas está na liquidez monetária excessiva do sistema financeiro, induzindo padrões de empréstimos laxistas ou inapropriados pelos bancos, o que torna os mercados vulneráveis à volatilidade da inflação dos preços dos ativos originados por curto prazo de especulação alavancada.
Por exemplo, Axel A. Weber, ex-presidente do Deutsche Bundesbank, argumentou que “o passado mostrou uma disposição excessivamente generosa de liquidez nos mercados financeiros globais em relação a um nível baixo das taxas de juros que promove a formação de bolhas nos preços dos ativos”.
De acordo com a explicação, a liquidez monetária excessiva (crédito fácil e grandes rendas descartáveis) ocorre em potencial enquanto os bancos de reservas fracionárias implantam a política monetária expansionista (ou seja, redução das taxas de juros e lavagem do sistema financeiro com a oferta de dinheiro).
A explicação difere em alguns detalhes de acordo com a filosofia econômica. Certos críticos enxergam a oferta de moeda controlada de forma exógena por um banco central como possível causa da “política monetária expansionista”.
Outros pensadores acreditam que a oferta de moeda na economia atribui tal “política” com o comportamento do próprio setor financeiro e creditam o Estado como um fator passivo ou reativo.
Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier