Política Externa na Era Dilma – O Que Esperar

Com a mudança de governo federal – ainda que o partido da situação continue o mesmo – sempre surgem questões a respeito da maneira como a liderança política nacional tratará de questões delicadas, como a política externa.

O ex-presidente Lula, famoso pelas suas viagens internacionais e por ter sido chamado de “The man” (O Cara) pelo presidente americano Barak Obama, deixou em sua saída um legado de boas relações com outros continentes – a dúvida que fica no ar é se a presidente Rousseff seguirá seus passos.

Viagens

No dia 20 de abril, a presidente afirmou que a América Latina estará no centro da política externa brasileira de seu governo – afirmação que deixou clara ao fazer da Argentina a sua primeira viagem oficial no cargo. Dilma declarou também que não há espaço para rivalidades antigas e sentimentos de animosidade entre os países latinos: é hora de pensar em parcerias comerciais vantajosas para todos os envolvidos, visando um crescimento maior para a região, e um fortalecimento da América Latina politicamente.

Outra marca forte da nova presidente é a ênfase que dá aos Direitos Humanos em sua Política Externa – como sua declaração pública de repudia à condenação de uma iraniana à morte por apedrejamento antes mesmo de ter ganhado as eleições. Como a primeira mulher a assumir a presidência no Brasil, seu caminho parece que será cheio destas questões, às quais ela enfrenta com serenidade.

Encontros

Além disso, a presidente tem estreitado relações com África, Oriente Médio, Ásia e Estados Unidos. Assim como seu antecessor, Dilma busca uma posição permanente para o Brasil no Conselho de Segurança na Organização das Nações Unidas (ONU), mas diferente dele, a presidenta o faz com menos barulho e alarido – mas reconhece que sem o caminho aberto pelo presidente Lula, esta luta não seria possível.

Marcado até agora mais pelo pragmatismo do que por ideologias, o governo mostra mais apreço por instituições, e não apenas a questões de cunho ideológico. Sucedendo um presidente fortemente marcado pelo seu carisma e apelo pessoal, Dilma tem a sua frente a missão de não apenas manter o que foi conquistado por Lula, mas de moldar as relações internacionais criadas por ele em seus dois mandatos em relacionamentos vantajosos comercial e politicamente para o Brasil.

Especialistas vêm ressaltando que o governo Dilma será marcado pelo pragmatismo suave que lhe é característico, e, enquanto não chega às posições internacionais que almeja, a presidente acaba por andar na linha tênue de mostrar que o Brasil é uma potência a ser reconhecida e que tem suas próprias opiniões políticas em questões internacionais, e tentar não antagonizar super potências já conhecidas, como EUA e China em questões mais delicadas.

Lideres

Nos primeiros 4 meses de seu governo, Dilma tem administrado a Política Externa brasileira de maneira segura e vantajosa. Basta esperar que todo o seu governo seja assim.

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Categoria(s) do artigo:
Política

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