O ministro da Fazenda Guido Mantega que está confirmado no cargo para continuar atuando no novo governo, assegurou que a partir do ano que vem a nova presidente Dilma Roussef estará promovendo um corte nos gastos e isso se fará independente de manter a meta de superávit fiscal, que em 2011 deve se repetir com o mesmo valor deste ano, ou seja, 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com assessor da equipe econômica esses cortes que já se encontram em fase final de definição irão doer nos órgãos públicos.
Equipe de Transição Identificou Gordura
Segundo esse mesmo assessor, a existência de gordura nos gastos de custeio foram identificados pela equipe de transição e com isso os cortes podem chegar a atingir até mesmo o funcionalismo publico. Mantega afirmou apenas que os repasses que este ano foi generoso para o BNDES, em 2011 deverão ser reduzidos. A intenção é abrir espaço para os empréstimos de longo prazo para o setor privado. Para manter os gastos sob controle no próximo ano a nova presidente eleita conta com a força do governo junto ao Congresso. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu seu primeiro governo em 2003, adotou medida similar a esta.
É Possível Fazer Mais com Menos
Estas são na verdade palavras de Miriam Belchior que é a futura ministra do Planejamento que estabeleceu como uma de três metas diante do ministério do Planejamento conseguir melhorar a qualidade de gastos de ordem publica. De acordo com a nova ministra que será feito um grande esforço no sentido de melhorar a aplicação de gastos públicos aumentando a parcela de investimentos e diminuir o custeio da maquina pública.
Primeiro Esforço para Contenção Fiscal
De acordo ainda com Mantega um dos primeiros esforços para contenção fiscal vai começar com normas que se encontram em tramitação no governo como é o caso da PEC 300, que prevê a elevação de R$ 46 bilhões de reais nos gastos com policiais e também com a elevação do salário mínimo além do valor de R$ 540 reais no ano que vem. O controle do déficit fiscal é promessa do novo governo e se isso se confirmar esses cortes já começam a ser feitos com a segurança uma vez que o que os policiais vêm esperando já há bastante tempo que é o PEC 300, parece que não vai se concretizar.
Revisão é Vista com Receio
Na verdade esta revisão e a meta de superávit que deseja atingir 3,1%do produto Interno bruto (PIB) foram vistos pelo mercado financeiro com certo receio que teme que na realidade estas sejam apenas manobras para que o governo possa gastar mais. A contenção fiscal, entretanto pode levar a uma queda mais rápida das taxas de juros.