Disputa com Petrobrás

Nos últimos anos o Brasil vem passando por um capítulo delicado de sua história política e econômica. Um dos personagens centrais dessa fase é a Petrobras que foi de “estatal menina dos olhos do país” a “celeiro de corrupção”. A deflagração de investigações e operações que visam desvendar e dar fim a corrupção instaurada dentro da estatal também trouxe uma grave crise. A disputa nesse caso está sendo do país contra aqueles que tiraram o prestígio da estatal.

Disputa com Petrobrás

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A Queda da Petrobrás

Dizem que quanto mais alto se sobe pior é a queda, essa máxima certamente vale para a Petrobrás. No ano de 2008 com a euforia da descoberta do Pré-Sal a empresa viveu um momento histórico de valorização. Foi o maior pico de valorização na Bovespa, contudo, parece que depois desse momento de auge tudo o que sobrou foram os cacos deixados pela imagem da empresa estilhaçada por escândalos de corrupção, má gestão e uso impróprio da sua autonomia. Para se ter uma ideia a Petrobrás chegou a valer R$ 510,3 bilhões e nas mais recentes estimativas aparecia com valor de R$ 73,7 bilhões.

Além disso, os economistas apontam que a estatal está na lista de empresas de capital aberto mais endividadas do planeta. Obviamente fatores como o aumento do dólar também contribuíram para essa desvalorização da Petrobrás, mas é válido dizer que a crise somente se encaminhará para uma solução quando a desconfiança sobre a idoneidade da administração da empresa deixar de existir. Estando endividada, num cenário de queda do preço do petróleo e na mira da Operação Lava-Jato a Petrobrás se encontra numa situação muito delicada.

A Queda da Petrobrás

A Queda da Petrobrás

Geopolítica

Não bastassem os fatores descritos acima ainda tem as questões geopolíticas que tem criado um cenário bastante complexo. O Oriente Médio tem se posicionado de uma forma que visa tornar inviável o investimento em outras fontes petrolíferas como o Pré-Sal brasileiro e gás não convencional dos norte-americanos. Observando que o mercado se encontra saturada, a Arábia Saudita – principal produtor de petróleo do Oriente Médio – investe no aumento da produção. Quanto mais barris de petróleo são produzidos menor fica o preço e isso acaba com a competição de outras fontes.

Outro ponto que não pode ser ignorado é que o Irã deixou de sofrer sanções econômicas dos Estados Unidos e da Europa de maneira que se tornou um fornecedor proeminente de petróleo. O país declara ter a capacidade de injetar no mercado 500 barris de petróleo por dia. Somados a esses fatores do Oriente Médio estão a valorização do dólar, a menor taxa de crescimento da China (reduzindo seu interesse em commodities) e o crescimento das taxas de juros do Federal Reserve (Fed).

Geopolítica

Geopolítica

A Petrobrás Pode ir a Falência?

Essa é uma possibilidade que passa pela cabeça de muitos brasileiros, pois com tantas notícias de corrupção envolvendo a empresa, seu endividamento, a pouca transparência com que trabalha e o cenário mundial desfavorável não se tem a visão de uma luz no final do túnel. Contudo, estudos de especialistas apontam ser improvável que a Petrobrás venha à falência, mesmo com todas essas condições para que isso aconteça.

É importante salientar que as investigações que visam dar fim a esquemas de corrupção são positivas, pois depois da crise que ajudaram a fomentar serão um importante ingrediente de reconstrução da imagem da estatal. Tendo uma gestão mais competente e sem corrupção a empresa tem chances de voltar aos seus áureos tempos. O mercado externo precisa voltar a ter confiança na Petrobrás e embora isso leve bastante tempo é possível a longo prazo.


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Categoria(s) do artigo:
Governo

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