Todos os dias os principais noticiários do Brasil e do mundo trazem questões referentes aos problemas da crise econômica de alguns países. Mas como está a economia mundial? Será que todo o planeta realmente passa por uma crise? E quais motivos determinaram o enfraquecimento de grandes potências? Essas e outras questões, que serão debatidas neste artigo, revelam uma nova era na sociedade capitalista. O momento é de aflição das bolsas, como já aconteceu outras vezes, e de ascensão do Estado. Os países mais liberalistas, como os Estados Unidos, já aceitam que o governo é necessário e precisa intervir na economia.
Mas afinal, como tudo isso foi acontecer? Os grandes problemas econômicos de uma sociedade capitalista ocorrem quando há uma quebra em alguma grande bolsa de valores, geralmente motivada pela insegurança dos investidores. O primeiro registro de crise do sistema capitalista se deu em 1929, com a quebra da bolsa de Nova York, nos Estados Unidos. Na época o governo precisou criar um pacotão de reestruturação financeira que incluía a injeção de milhões de dólares em alguns setores do mercado.
Em 2008, a segunda crise afetou o planeta. A razão foi a alta especulação imobiliária nos Estados Unidos, que elevou demais os preços em relação ao valor real. Com a grande quantidade de crédito que os norte-americanos tinham, era fácil comprar um imóvel, mas se tornou difícil de pagar. Como havia sido feito um alto investimento nesse setor, vários investidores quebraram, bem como parte da bolsa. O resultado foi catastrófico para boa parte do mundo, principalmente para os países mais desenvolvidos. Tanto estados Unidos quanto Europa diminuíram os gastos públicos para economizar, o que resultou em mais problemas devido a redução da produção e das vendas.
O Brasil fez o contrário, aumentou os gastos e incentivou o aquecimento da economia, com mais produção e mais comércio. Embora em um primeiro momento a estratégia parecesse insana, se provou correta e o Brasil acabou enfrentando apenas uma “marolinha”, como definiu o ex-presidente Lula, ao invés de uma crise econômica.
E após tudo isso, como está a economia mundial hoje? A Europa Enfrenta uma nova crise, estimulada mais uma vez pelo que se chama de bolha do crédito. Ou seja, muito crédito e pouco poder aquisitivo para pagar as contas. A Grécia foi o primeiro país a quebrar e outros também correm o risco. Os bancos e o Estado alemão e francês, que ainda estão em melhores condições, têm cedido diversos pacotes financeiros para ajudar o país. A presidente Dilma Roussef criticou os europeus por cortarem gastos públicos nesse momento, afirmando que o melhor a fazer seria esquentar a produção, como Lula fez em 2008.
Os países chamados de BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China –, são considerados de economia ascendente e atualmente se mostram mais promissores que Estados Unidos e Europa. No Brasil, os economistas mais conservadores temem pela bolha do crédito, já que cada vez mais o brasileiro se endivida.