O golfe não é apenas um esporte que exige muita paciência e experiência para ser jogado – ele também é uma força na indústria e economia mundial.
Especialistas financeiros estimam que, a indústria do golfe gera em média sessenta e dois bilhões de dólares por ano. Esses números astronômicos estão distribuídos principalmente nos Estados Unidos – o país com mais jogadores e campos de golfe em todo o planeta.
É estimado que a indústria do golfe naquele país gere mais movimentação financeira do que a produção de filmes, publicação de jornais e da movimentação combinada entre artes e demais esportes. A indústria de golfe americana cria um impacto econômico anual direto de setenta e seis bilhões de dólares, com a geração de mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos, e, um impacto geral na economia de sessenta e um bilhões – apenas nos Estados Unidos.
No mundo, é estimado que o golfe gere dez bilhões por ano. No Brasil, as grandes apostas dos profissionais dessa área são nos hotéis e resorts de turismo. Existem hoje em dia, pelo menos quarenta e cinco resorts especializados em golfe. Estes resorts têm uma movimentação de pelo menos um bilhão e cem milhões de dólares por ano. É estimado que pelo menos 25% dos clientes desses resorts sejam estrangeiros – e os hóspedes destes locais, tendem a gastar cifras de trinta a quarenta e cinco por cento a mais do que outros tipos de turista.
Apenas em circuitos e campos de golfe, a movimentação financeira anual no Brasil é de quatrocentos milhões de reais. É por isso que investidores estrangeiros e brasileiros estão, a cada dia mais, procurando mercados que atraiam a atenção dos turistas para este mercado. Só na primeira edição da Brasil Golfe Show, foram apresentados vinte e quatro novos projetos de golfe atrelado ao turismo – novos investimentos de pelo menos oito bilhões de reais.
A tendência deste mercado é a construção de complexos – clubes, casas, condomínios, hotéis e resorts – que ofereçam não apenas o circuito de golfe, mas toda a infraestrutura para outras atividades, seguindo os indícios de que o jogador de golfe médio normalmente viaja acompanhado, nem sempre por outros golfistas.
O que para alguém que não conhece o jogo soa apenas como um elegante esporte de elite – ou mesmo, como brincam os golfistas “a good walk spoiled” (uma boa caminhada estragada) – é, na verdade, uma indústria com poder comercial enorme por trás de toda a sua base, capaz de melhorar economias, gerar empregos, e trazer muitos benefícios para os lugares onde é praticado.