A Zâmbia
A Zâmbia é um país que possui o nome oficial de “República da Zâmbia” que se localiza na África, mais precisamente na África Austral ou África Meridional, que é a região localizada mais ao sul do continente e que é banhada pelo Oceano Índico na parte Oriental e pelo Oceano Atlântico na parte Ocidental, porém, ainda assim, a Zâmbia é um país que não possui uma costa marítima, sendo cercado completamente pela parte continental, sendo que ao norte faz fronteira com a República Democrática do Congo e pela Tanzânia, já pelo leste, Zâmbia faz fronteira com o Malawi, ao sul o país é limitado pelo Zimbábue, por Moçambique e pela Namíbia e finalmente a oeste pela Angola.
A capital do país é Lusaka, que se localiza pais ao sul de Zâmbia. Somente no ano de 1964 foi que Zâmbia conseguiu de fato sua independência do Reino Unido, e assim, o primeiro ministro Kenneth Kaunda passou a ser o primeiro presidente do país. Ele governou entre 1964 até o ano de 1991, juntamente com o partido UNIP – Partido Unido para a Independência Nacional, que por muitos anos foi um partido único legal. Depois de tantos anos Kaunda foi sucedido pelo sindicalista Frederick Chiluba, que era do partido MMD – Movimento para a Democracia Multipartidária e partir daí iniciou-se um importante período de crescimento tanto no aspecto social, quanto no aspecto econômico – que é inclusive o foco do artigo de hoje.
O país teve ainda vários outros líderes políticos e com o passar do tempo passou a integrar vários grupos e instituições, como por exemplo a ONU – Organização das Nações Unidas, a UA – União Africana, a SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e Commonwealth que é a Comunidade das Nações.
A Zâmbia se localiza no centro sul da África e abriga várias belezas naturais, como as Cataratas de Vitória (Victoria Falls), que forma uma imensa cortina d’água de aproximadamente noventa metros de altura, no Rio Zambeze, na fronteira entre Zâmbia e o Zimbábue, sendo majoritariamente coberto pela Savana. Existem ainda outras belezas naturais, como por exemplo Parques Nacionais que conseguem abrigar uma imensa variedade de animais, principalmente os que se localizam próximos ao longo dos rios Luangwa e Kafue.
Bandeira da Zâmbia
A população de Zâmbia se divide em aproximadamente setenta etnias, e a maior parte delas fica concentrada na área de extração de cobre, que fica ao norte da capital do país. Por esse motivo, a Zâmbia é considerada um dos maiores produtores desse minério ao redor de todo mundo, e isso corresponde a aproximadamente cinquenta por cento das exportações no ano de 1998 de todo o país. Além do cobre, a Zâmbia também conta com reservas de outros tipos de minérios, como o chumbo, o cobalto e o zinco. A agricultura também é um ramo muito importante do país, ocupando assim pouco mais de setenta por cento das forças de trabalho, contribuindo altamente para a economia do país.
O clima do país tem bastante influência da altitude em que se localiza, e a maior parte de lá se enquadra no clima úmido tropical ou subtropical úmido e seco, de acordo com a classificação climática de Kouppen Gayger. Porém também é possível achar locais com climas semiáridos em regiões mais próximas ao sudeste e também ao longo de todo o Vale do Zambeze.
Durante o ano todo existem duas principais estações mais marcante, que é a estação seca, que dura de maio a outubro e que corresponde ao inverno, e a estação chuvosa, que dura de novembro a abril e que corresponde ao verão. A estação seca possui ainda outras duas subdivisões, que é a estação fria e seca, que vai de maio a agosto e a estação quente e seca, que vai de setembro a novembro. A temperatura média predominante do país é de cerca de vinte graus, que pode ficar por oito ou até mais meses.
A respeito da demografia, a Zâmbia é um dos países que mais é urbanizado de toda a África Subsaariana, onde cerca de quarenta e quatro por cento da população se encontra em áreas urbanas e as áreas rurais possuem um maior povoamento. Um dos pontos negativos e que faz com que as áreas urbanas sejam evitadas é o desemprego e ou os subempregos, que refletem em problemas sociais bastante consideráveis. Já produtores rurais zambianos são predominantemente agricultores de subsistência, ou seja, plantam para seu próprio consumo e de sua rede familiar.
Os principais grupos etno linguísticos da Zâmbia são Chewa, Bemba, Kaonde, Lozi, Lunda, Luvale, Nkoya, Tongas e Tumbuka, e esses grupos compreendem a quase noventa por cento de todos os zambianos. Porém, nas áreas rurais, os grupos étnicos se dividem em grupos pequenos e não tão conhecidos.
Povoado de Tumbuka
O idioma oficial do país é o inglês, e ele é utilizado nos principais pontos da cidade, como na educação e nos negócios de modo geral. Porém, existe também algumas línguas locais, sendo que a principal é o nianja, predominante principalmente em Lusaka. O processo de urbanização influenciou fortemente em algumas línguas nativas, fazendo com que algumas palavras sofressem o processo de assimilação entre o inglês e os idiomas nativos.
Zâmbia é considerada oficialmente uma religião cristã, mas que também tem muitas variações em tradições nesse aspecto. Três quartos da população zambiana é protestante e vinte por cento católica. Entende se aqui como cristã as religiões como o anglicanismo, o catolicismo, o fé bahai, a igreja adventista do sétimo dia, a igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, o luteranismo, as testemunhas de jeová, o pentecostalismo, e ainda todas as outras denominações evangélicas.
As cidades mais populosas da Zâmbia, em ordem crescente são: Kapiri Mposhi, Solwezi, Kalomo, Chibombo, Petauke, Lundazi, Ndola, Chipata, Kitwe e Lusaka.
Economia da Zâmbia
A economia de Zâmbia – como já foi apresentada – é totalmente dependente e influenciada pelo minério que produz abundantemente, que é o cobre. Por esse motivo, a Zâmbia faz parte ainda do que se conhece como “Cinturão do Cobre” e isso reflete tamanha importância. Como já foi dito também, a agricultura é majoritariamente de subsistência, e os principais itens que são produzidos são: batata, milho, mandioca e amendoim, porém, cada vez mais tem sido produzidos itens com caráter comercial, que é o caso do café, do algodão, do tabaco e da cana de açúcar. No país também é comum que se realize pesca, mas sempre visando a subsistência e o consumo próprio.
Já na área do setor industrial as atividades giram bastante em torno das atividades do minério, que são as principais. Nesse aspecto as atividades são o tratamento dos minerais, principalmente a refinação do cobre e a produção do cimento. Há ainda as atividades interligadas com a agricultura, como o tratamento do algodão, do açúcar e dos óleos vegetais. O turismo também é algo que vem crescendo cada vez mais, já que as áreas naturais do país, como o safári e as cataratas, são uma significativa fonte de renda.
Economia da Zâmbia
Entre os anos de 2005 e 2007 a economia zambiana cresceu aproximadamente seis por cento, mas da mesma maneira, a renda per capita anual faz com que o país ainda esteja entre as nações mais pobres do mundo. Existem problemas bastante sérios ainda no país, como o desemprego e os subempregos – que são aqueles empregos nos quais as pessoas não utilizam plenamente suas habilidades.
Os indicadores sociais do país estão em queda, isso é bom no caso da mortalidade infantil, mas ruim no caso da expectativa de vida. O crescimento populacional anual é de cerca de dois por cento, e é esse um dos fatores que fazem com que a renda per capita não se eleve. A moeda utilizada no país é a kwacha zambiana.
O PIB (Produto Interno Bruto) do país é de aproximadamente dezesseis bilhões de reais, e o PIB per capita é de cerca de mil e quatrocentos dólares. A divisão do PIB por setor fica esquematizado como aproximadamente dezoito por cento na agricultura, vinte e seis por cento para a indústria e cinquenta e seis por cento no comércio e nos serviços.
No ano de 1993 a população que se encontrava abaixo da linha da pobreza era de oitenta e seis por cento, ou seja, a grande maioria, e esse índice é bastante alarmante. O desemprego no ano de 2000 era de cinquenta por centro, e é um outro índice bastante significativo negativamente.
