Na China o primeiro ministro Wen Jiabao anunciou a preparação de medidas por parte de seu governo, que tem o objetivo de conter o aumento dos preços dos alimentos já que no mês passado esta alta chegou a 10,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto esperam os consumidores fazem grandes filas para pesar carnes nos supermercados. A alta de preços excessivamente rápida fez com que o Conselho de Estado se mobilizasse no sentido de formular medidas para conter esses aumentos.
Medidas não foram detalhadas
As medidas a serem tomadas não foram detalhadas e o que se sabe é que a China se prepara para combater preços altos de alimentos, porém alguns analistas já se manifestam supondo que estas medidas poderiam incluir um limite para os preços e subsídios e punições para quem estocar alimentos. Martin Patience que é correspondente da BBC em Pequim diz que as famílias mais pobres chegam a gastar metade do que ganham na compra de comida e segundo Patience o medo das autoridades seria de que a inflação pudesse causar protestos por parte dos menos favorecidos.
China
Temor de aumento de juros
Com o aumento dos preços dos alimentos acontecendo de maneira acelerada e com gente querendo fazer estoque de comida começa a haver temor de uma alta na taxa de juros e isso acabou fazendo com que nos quatro últimos dias a bolsa de valores de Xangai caísse quase 10%. Acontece que já no mês de outubro, de maneira inesperada, o banco Central da China elevou as taxas de juros e fez isso como uma forma de resposta as pressões inflacionárias tendo desde então adotado um tom linha-dura para ver se esta pressão regride.
Preços Altos
Aumentos tendem a aumentar com estocagem
Em outubro o índice de inflação ao consumidor teve aumento de 4,4% o mais alto em dois anos. Nos 10 primeiros dias deste mês o aumento de preço de atacado de alguns legumes chegou a dois terços do valor e a estocagem faz com que a tendência de aumento continue. É nesta hora prestar muita atenção a oferta, a demanda e aos preços de mercado uma vez que estes têm relação direta com as necessidades fundamentais do povo.
Produtos Chineses
Guerra cambial
Recentemente Pequim fez críticas aos Estados Unidos pela decisão do Banco Central americano de injetar US$ 600 milhões de dólares com o objetivo de aquecer a economia local sendo que isso também está por trás das ameaças de protestos de rua. Essa decisão dos EUA pode fazer com que o dólar enfraqueça em relação a outras moedas e isso faz com que os produtos chineses percam competitividade no mercado americano. Uma tentativa de equilíbrio no cambio poderia elevar ainda mais os níveis de inflação na China.
