Economia Solidária

Não é de hoje que o assunto “economia” é de extrema importância  para todos os seres humanos. Isso porque a dinâmica econômica é o que dita as regras do jogo onde a nossa vida está inserida. Pode perceber: se a economia está indo bem, é bem provável que todo o resto também esteja estável. Se a economia está em alguma crise, outros setores estratégicos de uma nação também podem estar sofrendo as consequências dessa desaceleração da economia.

O Brasil é um país que se encontra em uma situação não muito confortável em se tratando de sua economia já que, desde 2013, encontra-se em uma situação de recessão econômica, na qual, aos poucos, está se recuperando por conta de medidas não muito populares para restabelecer o progresso e o crescimento econômico.

Mas esse não é um cenário que acontece somente em nosso país: diversas nações também estão sofrendo com problemas relacionados à economia, reflexo do que foi a crise de 2008, na qual a bolha imobiliária dos Estados Unidos estourou e afetou grande parte do mercado mundial.

Embora exista diversos tipos de economia, uma em especial chama a atenção por não concentrar tudo em apenas uma organização -seja ela pública ou privada: os modelos de Economia Solidária. Você já ouviu falar sobre ela? Aqui, em nosso artigo, iremos falar um pouco mais sobre ela, bem como, também, dar detalhes de como ela funciona. Confira:

A Economia Solidária em Detalhes

Economia Solidária

Economia Solidária

Em um primeiro momento, muita gente acredita que, quando se fala em Economia Solidária, está se falando automaticamente de meios para combater o capitalismo em sua forma mais agressiva, na qual existe a miséria e o desemprego, bem como, também, as diversas formas de opressão social que operam em segundo plano nesse tipo de sistema.

No entanto, para outros, a economia solidária vem como uma forma de “humanizar” mais o lado capitalista do negócio, com base nas redes de apoios sociais que se formam quando esse tipo de sistema é implementado em uma região, por exemplo.

No entanto, a descrição mais correta para poder se definir o que é uma economia solidária é que ela se resume a várias práticas, relacionadas à produção, consumo, poupança e crédito, no qual tudo isso se organiza em um sistema de autogestão. Nesse caso, as instituições que são originadas desse tipo de sistema nada mais são do que as cooperativas, associações, grupos de troca, entre outros. O princípio que rege a economia solidária é a valorização humana em todos os processos, deixando de lado a busca desenfreada pelo capital, possibilitando, assim, uma maior igualdade entre as pessoas.

De acordo com alguns especialistas e entusiastas do sistema, a economia solidária é uma alternativa ao que já existe para a geração de emprego, conhecimento e renda, propiciando uma emancipação humana dentro de um processo onde se democratiza cada vez mais o acesso ao trabalho e à geração de renda, deixando de lado questões de alienação capitalista.

Vale a pena salientar também que a economia solidária não foca somente no âmbito econômico, mas também em várias facetas do nosso dia a dia,  já que ela consegue envolver política, sociedade, ecologia e cultura. Um dos princípios da Economia Solidária é que, a partir do momento que ela conseguir se estabelecer como um modelo sustentável de negócio, possa expandir seus horizontes para outros assuntos do nosso dia a dia, promovendo cada vez mais uma sociedade justa e igualitária.

Quais os Requisitos Para que a Economia Solidária Possa Ocorrer?

Para que a economia solidária possa ocorrer, é necessário que nesse contexto não exista, de forma nenhuma, desemprego, exploração nem sequer desigualdade. Só a presença de alguma dessas características já se mostra claramente que a economia solidária que deveria ter sido desenvolvida não teve, infelizmente,  uma ação concreta.

Como já dito anteriormente, também, a valorização do ser humano é bem maior do que os sistemas capitalistas tradicionais, que favorecem o capital. Porém, isso não exclui o valor que o dinheiro possuí para que o sistema possa funcionar de maneira sustentável.

Economia Solidária Acontecendo

Economia Solidária Acontecendo

Alguns especialistas acreditam que, além de instigar a sociedade a se tornar cada vez mais solidária, buscando a igualdade entre as pessoas, outras acreditam que esse sistema vai muito mais além, promovendo uma “limpeza” na raiz social, onde as pessoas já vão nascer sabendo da importância de se promover a igualdade com o outro, no qual a sociedade irá se tornar extremamente progressista.

Ou seja, a partir do momento que não há mais desigualdade no plano social e econômico, bem como o desemprego deixe de existir, pode-se dizer com tranquilidade que há uma economia solidária em pleno desenvolvimento. E, se observado o caminho tomado pelo capitalismo atualmente percebe-se que esse sistema tem dificuldade em se manter.

Exemplos de Economia Solidária

Para que possamos exemplificar o que é a economia solidária na prática podemos tomar tranquilamente como exemplo os acontecimentos de 1848 na França, no qual se estabeleceram cooperativas de trabalho utilizando empreendimentos que foram abandonados pelos seus donos. Em 1850, por fim, foram criadas na Prússia o que se conheceu como as primeiras cooperativas de crédito urbanas,  nos quais a fundação de bancos populares entre os artesãos da época se realizou.

E assim foi, durante a segunda metade do século XIX e grande parte do século XX, que o cooperativismo atingiu níveis de poderio econômico que sequer poderiam ser imaginados. Em se tratando das cooperativas de consumo, profissionais da administração assalariados passariam a controlar tais cooperativas, reduzindo os seus sócios a meros clientes do próprio negócio. Vale apena lembrar que algumas cooperativas chegaram a bater de frente com alguns conglomerados econômicos já conhecidos, nos quais os métodos de autogestão começaram a se afinar ainda mais.

No Brasil

Talvez, o exemplo de economia solidária mais conhecido seja, justamente, o do Banco Palmas, que foi fundado em 1998 no Conjunto Palmeira, um bairro que, na época da fundação, contava com 25 mil moradores, na periferia de Fortaleza. Baseado nos princípios da Economia Solidária, o banco comunitário é gerido por voluntários que buscam gerar oportunidades de renda e, ao mesmo tempo, erradicar problemas como o desemprego e a pobreza. O negócio deu tão certo que, atualmente, existem mais 103 bancos com o mesmo princípio. Todos eles fazem parte do Instituto Palmas.

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