O mundo chora por causa dos déficits deixados pela crise econômica do início do século XXI. A geração de emprego está abalada, jovens podem ficar traumatizados para o resto da vida em consequência da crise na geração de emprego. Confira a lista com as 09 maiores dívidas externas do mundo contabilizadas ao final de 2011, de acordo com canal CNN Internacional.
Japão (234% do valor sobre o PIB)
A terra do sol nascente ainda colhe problemáticas em consequência da diminuição de exportações no mundo. Com a crise demonstrando a face, países ficam com medo de estimular a importação da tecnologia japonesa, principalmente com os juros ficando exorbitantes no intuito de atrair investidores dispostos a investir na dívida pública.
A moral do povo japonês está em baixa, fato que pode ser visto de maneira negativa em muitos aspectos, visto que no Japão existe cultura na qual os desempregados podem escolher o haraquiri, ou seja, suicídio por causa da desonra do despedimento. Os empregos públicos estão da mesma maneira congelados.
Grécia (139% do PIB)
Na Grécia, os próprios sindicatos organizaram uma greve geral entre diversas classes da sociedade em consequência da austeridade de Atenas, que apresentou novo plano orçamentário com diversos cortes no intuito de impulsionar a arrecadação dos impostos, equivalentes a quase quatorze bilhões de euros, e por consequência sanar parte da dívida contraída com o Banco Europeu.
Itália (120% do PIB)
Muitos analistas afirmam que a Itália é o novo lixão da Europa. Berlusconi deixou a máfia italiana se atrelar com o setor de coleta de lixo, tornando as cidades completamente poluídas, inclusive Veneza, a capital do amor e da lua de mel. De Berlusconi, alvo de diversas denúncias de corrupção e outras atividades ilícitas, os italianos esperam medidas para sair do vermelho.
Mario Monte, primeiro-ministro da fase pós-Berlusconi, afirmou que as dificuldades da Itália não são grandes como o cenário apresentado por outras potências. Um discurso populista, visto que a dívida pública ultrapassou o PIB em vinte por cento. Monte espera resultados positivos das reformas feitas no mercado de trabalho e fundos de pensão no intuito de aquecer o consumo interno para pagar déficits externos.
Islândia (108% do PIB)
Desde o ano de 2008, os islandeses sofrem a pior crise econômica da sua história moderna. Os três principais bancos federais do país estão prestes a declarar bancarrota, fato que fez com que diversos investidores retirassem as quantias presentes em contas correntes, poupança e outros investimentos, causando assim um crack na economia da Islândia.
Bélgica (103% do PIB)
Embora o país tenha custo de vida interessante para grande parte da população, as reformas legislativas implantadas entre 2010 e 2011 foram necessárias por causa da crise política que se alastrava há longos anos no país. Serão necessários alguns anos para que aconteça diminuição da dívida externa frente ao PIB.
Irlanda (102% do PIB)
Os irlandeses ainda pagam pelo erro do passado. Nos anos 50 do século passado, já aspiravam economia neoliberal. Porém, como posição geográfica isolada a ascensão econômica nunca foi fato consumado no país mais pobre do Reino Unido. A crise política e religiosa interna, que já separou o país em dois, representa outro paradigma para a ascensão econômica.
EUA (99% do PIB)
Os Estados Unidos contaram com recuo no mês de agosto de 2012 no setor de vendas de novas residências, causando a frustração dos economistas que previam a alta, afirma o Departamento de Comércio dos EUA. O mundo espera resposta dos americanos no que tange ao ressurgimento do poder de compra, que em termos gerais, sustentou economias mundiais, entre elas, a China, principal inimigo geopolítico da atualidade quando o assunto é domínio econômico do mundo.
Porém, Barack Obama não conseguiu fazer o que idealizou em suas promessas de campanha. Em termos gerais, a população aguardava mais a retomada do poder econômico dos Estados Unidos do que mesmo a retirada das tropas americanas no Vietnam. Nos últimos anos os americanos apresentaram crescimento em números periféricos, com menos de um por cento em cada ano de crise mundial.
O mundo aos poucos de adapta a fazer negócios sem a presença dos americanos, como no caso dos blocos econômicos continentais ou mesmo do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Grande parte dos especialistas entra em convergência ao afirmar que a terra do Tio Sam pode ficar com a economia para trás da liderança no mundo.
Espanha (88% do PIB)
De acordo com o OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o crescimento no país não deve passar da casa de um por cento. Estimativas apontam que a taxa de desemprego na Espanha da atualidade está entre 20% e 30%, número recorde que não acontecida desde a crise dos anos oitenta do século XX. O estudo da OCDE resume-se a pouco crescimento econômico não somente em território espanhol, como também nos principais países do velho continente.
Especialistas apontam que os governantes, no intuito de sanar dívidas públicas, cortaram a geração de empregos públicos. Interessante notar que desde 2007, as contas da previdência estão sentindo bastante, sendo uma das principais preocupações dos governantes atuais, visto que quase trezentos mil contribuintes não estão contribuindo, número equivalente a treze por cento do total de contribuintes. Foi neste ano que os efeitos da crise começaram a surgir na Espanha.
A Bolsa de Madri sofre com as diversas circunstâncias que evidenciam os sinais da crise. Enquanto aguarda a efetivação do orçamento para 2013, bate recordes de quedas que deixam até mesmo os esperançosos com desânimo em investir nas ações espanholas.
Portugal (87% do PIB)
Na virada do século XX para o XXI, os portugueses tinham um dos maiores conjuntos econômicos da Europa, e, por este motivo, foi aceito para integrar o conjunto dos países do EURO sem muitas restrições por parte das potências que comandam o continente (Alemanha e França). Por outro lado, com a chegada da crise, foi também uma das nações que mais sofreram com queda das exportações em níveis mundiais. Analistas apontam que o grande erro de Portugal foi se apoiar no liberalismo sem muito controle, ao invés de implantar planos para segurar a economia em caso de crise.
Por Renato Duarte Plantier