Noções em Engenharia econômica

Introdução

            Nos Estados Unidos, em 1887, Arthur Wellington  deu inicio aos estudos sobre o tema: engenharia econômica, com a publicação do livro “The Economic Theory of Railway Location”. Neste trabalho, Arthur Wellington sintetizava a análise de viabilidade econômica para as ferrovias.

            Conhecimentos de engenharia econômica são muito importantes para todas as pessoas que venham a precisar decidir sobre propostas tecnicamente corretas. Os fundamentos aqui passados aplicam-se tanto para empresas privadas como estatais.

 

Pode parecer um tanto quanto técnico e talvez distante da sua realidade, porém os conceitos de engenharia economia não se aplicam apenas aos processos decisórios de grandes empresas. Todo mundo em algum momento precisará tomar uma decisão que envolva o fator financeiro. Ao decidir entre fazer uma compra a prazo ou a vista, estamos (ou deveríamos estar) considerando as vantagens e desvantagens de cada uma das decisões. Mas como fazer esta análise!? Como saber, por exemplo o quanto de juros estamos pagando em uma compra a prazo? Este texto procurará de forma simples apresentar os meios para tais cálculos.

 

A Matemática financeira

            A principal preocupação da matemática financeira é como lidar com o valor do dinheiro no tempo. Uma das premissas básicas é que não se deve sob nenhuma hipótese somar quantias que estejam em datas diferentes. 

            Esta é uma afirmativa simples, porém o conceito não é aplicado com naturalidade, pois muitas vezes esquecemos ou ignoramos o fato.

            Boa parte dos estudos da matemática financeira se relaciona aos juros. Os fatores de produção são todos de alguma forma remunerados. O trabalho é remunerado com o salário, o uso da “terra” com o aluguel, mas e o capital!? Qual a forma de sua remuneração!? Através dos juros! O componente juros é o que é pago pela oportunidade de poder possuir um capital por um tempo determinado. O termo juros está muito presente no nosso dia a dia.

 

 

            Todos os fundamentos que iremos tratar, baseiam-se na matemática financeira. Esta ciência preocupa-se com o valor do dinheiro no tempo.

            Para realizar um adequado estudo econômico, é importante ter em mente alguns princípios:

  • Deve-se sempre dispor de alternativas de investimentos. Não é útil calcular se é bom negócio fazer uma compra à vista se você não dispõe de meios para obter tal dinheiro;
  • As alternativas devem ser expressas em valor monetário. Não se pode comparar diretamente grandezas diferentes, como o custo de 100 homens/hora com 1000 kWh de energia consumida. Se o seu dado pode ser convertido em moeda, converta! Alguns fatores que não podem ser convertidos facilmente, os chamados bens intangiveis (exemplificando: boa vontade de um fornecedor ou boa imagem da empresa), porém, quanto menos deles você tiver melhor;
  • Deve-se focar nas diferenças existentes entre as alternativas. Se numa análise de aquisição de uma geladeira, o consumo de energia de duas opções for igual, este dado é relevante;
  • Devem ser sempre considerados os juros sobre o capital. Há sempre oportunidades de fazer o dinheiro render, então, quando se aplica o capital em um projeto é importante a certeza de que esta é a melhor maneira para tal;
  • Nos estudos econômicos interessa-nos o presente e o futuro

 

Critérios para viabilizar um projeto

Alguns dos principais critérios para a aprovação de um projeto são:

  • A disponibilidade de recursos (critérios financeiros);
  • A rentabilidade do investimento (critérios econômicos);
  • Os fatores que não podem ser convertidos em dinheiro (critérios imponderáveis).

 

            Nosso objetivo ao tratar do assunto será avaliar os critérios econômicos, ou seja, a rentabilidade de cada investimento.

            Para continuar a leitura, acesse os próximos módulos nos links abaixo.

 

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