Pressões de Custos Ameaçam Alta da Inflação

O índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) medidos nos dez primeiros dias de junho teve um aumento de 2,21%, este valor é usado para fazer o reajuste de aluguéis e não deverá se repetir no resto do mês. Segundo o parecer de Salomão Quadros que é o coordenador de analises econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV) essa pressão resultou dos reajustes feitos anualmente no minério de ferro e ainda pelos salários pagos na construção civil.

Conceito

O Alerta

Acredita o economista que até agora as atenções estão voltadas para o lado errado e que elas deveriam ter como foco fatores que realmente deveriam trazer preocupações no que se refere a inflação. Segundo Salomão o alerta deveria ser dado para os aumentos dos custos para a indústria, pois estes sim poderão influir no aumento da inflação uma vez que ainda não foram repassados para o consumidor final.

Deflação

Preocupação Com Bens Intermediários

Apesar destes alertas, o que realmente preocupa o economista são os bens intermediários uma vez que os insumos básicos tiveram uma alta que pode ser considerada pontual, entretanto os intermediários que em maio tiveram alta de 0,8%, agora subiram 1,37% o que poderia sinalizar risco de inflação. Globalmente o cenário é considerado confortável no que se referem à inflação, as alternâncias de pessimismo com as boas noticias acabam trazendo moderação ao aumento de preços de insumos como é o caso do petróleo e dos metais.

Pressões de Custos Ameaçam Alta da Inflação

Inflação Anda em Ritmo Confortável

Na verdade com tudo isso a inflação navega num ritmo muito confortável, mas pressões de custos ameaçam alta da inflação, pois estão pouco a pouco se acumulando e na medida em que a indústria não consegue acompanhar o ritmo da demanda, os repasses de preços vão cada vez mais se potencializando. Isso não significa que é certo que a inflação vá acabar explodindo, mas é preciso ficar alerta, pois o risco é real. Neste momento o risco existente está sendo minimizado pela capacidade produtiva da indústria que ainda trabalha com folga.  Segundo o economista a capacidade instalada da indústria hoje esta em 85% o que mostra que a produção ainda não voltou aos mesmos índices tínhamos antes da crise econômica 2008 quando essa capacidade instalada era de 86,5%. Diante disso podemos afirmar que os efeitos da inflação estão longe de atingir os consumidores.

Queda no IPC

Nos primeiros dez dias do mês de junho o Índice de Preços ao Consumidor registrou uma queda de 0,26% quando no mês passado, nos dez primeiros dias a taxa foi positiva e de 0,41 %. Em especial os alimentos estão tendo uma queda nos preços, alteração esta que é percebida facilmente pelos consumidores. Mas vamos ficar atentos, pois o segundo semestre é período de entressafra bovina e de grãos.

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