O programa “Minha Casa, Minha Vida” viabilizou o sonho de aquisição da casa própria para muitos brasileiros, mas ao optar pelos apartamentos que foram enquadrados neste sistema habitacional é preciso fazer um levantamento a cerca dos gastos com o condomínio, despesa esta que não estava nos planos dos beneficiados com o referido programa. De acordo com construtoras e também especialistas no mercado imobiliário, o ônus do condomínio para os imóveis de valor menor, deve chegar ao custo de R$ 100,00 mensais, para cada uma das unidades do prédio.
Projetos
Quem tem conhecimento a cerca do projeto “Minha casa, Minha Vida”, sabe que a Caixa Econômica Federal fixou a parcela mínima de seus financiamentos em R$ 50,00, sendo assim o valor do condomínio é, nada mais nada menos do que, o dobro da parcela mínima mensal. Para quem já vive com um orçamento apertado fica muito complicado investir dinheiro no seu sonho assumindo uma divida que está, muitas vezes, acima de seus limites.
Manifestações
O Secovi – SP, Sindicato da Habitação, demonstrou preocupação com as famílias que tem uma renda mensal girando em torno de 0 a 3 salários mínimos, cuja faixa de renda é a menor a ser beneficiada pelo programa, não tenha condições de arcar com suas responsabilidades financeiras, sob estas argumentações, considerou a cobrança do condomínio como sendo inviável podendo comprometer o equilíbrio econômico das famílias. As consequências disto provavelmente sejam a inadimplência e posterior abandono de suas moradias, neste caso, os apartamentos. Embora não existam regras ou normas que determinem um teto para a cobrança do condomínio, ou até mesmo uma regra de equivalência entre este e a mensalidade ou parcela de crédito, o apelo dos sindicalistas é para que o bom senso fale mais alto, pois com certeza todo o setor imobiliário envolvido seria beneficiado. Fica implícito que as pessoas beneficiadas com este tipo de subsidio do governo federal não têm possibilidades de arcar com despesas de condomínio.
Perspectivas
Em alguns casos os moradores estão buscando suas próprias alternativas para sanar o problema, entre as possibilidades estão as velhas dicas de economia como, por exemplo, cortar gastos com lazer, etc. Economizar é possível sim, mas há que se considerar a situação de cada família, grande parte das pessoas que entraram no projeto e vêem a economia como um esforço válido, uma alternativa para a aquisição de sua casa própria, são pessoas sozinhas, que moram com seus pais, etc., e sendo assim podem estar cortando gastos, dispor de economias, mas geralmente são exceções. Economistas calculam que uma cobrança viável de condomínio deve estar entre R$ 15,00 e R$ 51,00 no máximo, para famílias que se sustentam com apenas um salário mínimo, podendo ser gradativamente maior o valor conforme a renda familiar também seja maior, ou seja, o bom senso é a melhor saída, esperamos que pudesse ser utilizado.