Com as constantes erupções do vulcão islandês, ocorreram na Europa muitos transtornos na área da aviação, pois as nuvens de fumaça e de cinzas fizeram com que inúmeros vôos fossem interrompidos.
Sendo assim, esta semana em Genebra, a IATA – International Air Transport Association, esta requerendo das autoridades competentes que sejam revistas as regras que norteiam o espaço aéreo daquele local, desta forma buscando minimizar os efeitos do vulcão no setor da aviação na Europa.
Fechamento desnecessário
De acordo com as análises da IATA, o espaço aéreo esta sendo fechado sem necessidade, somente em uma segunda-feira foram mais de 1000 vôos cancelados, ocasionando grandes transtornos para os passageiros, além de prejuízos incalculáveis para as empresas aéreas.
Ao que tudo indica o vulcão não vem dando sinais de que vai diminuir suas atividades, sendo assim este problema deverá prosseguir por bastante tempo ainda sendo necessário que se tome alguma providência a respeito, buscando um mínimo de normalidade nos vôos.
Segurança
É importante salientar que a segurança está sempre em primeiro lugar, e que a liberação de vôos não compromete esta questão. A França, por exemplo, esta mantendo aberto o seu espaço aéreo com muita segurança, lançando mão de conhecimentos específicos da aviação que servem para auxiliar na interpretação dos dados a cerca dos movimentos das nuvens de cinza, na Grã-Bretanha a decisão foi estabelecer novos padrões, mais precisos, quanto ao nível de tolerância.
Estas são algumas demonstrações claras de que é imprescindível que hajam definições que se baseiem em fatos e não somente em teorias que não foram confirmadas, pois o sistema europeu atual que determina o fechamento de seu espaço aéreo não vem funcionando de forma satisfatória. A IATA compreende 230 membros que integram companhias aéreas, e todas pedem que os dados coletados sejam mais precisos melhorando assim as decisões tomadas, e solicitam agilidade e urgência para a solução deste problema.
Perdas na economia
De acordo com dados fornecidos pela IATA, o tráfego aéreo apresentou uma recuperação muito boa nos primeiros 3 meses deste ano, sendo um reflexo do aquecimento na economia global, mas com o vulcão lançando nuvens de cinzas o tráfego aéreo internacional deverá cair cerca de 4% no mês de abril, em função das frequentes interrupções no espaço aéreo.
Um fechamento de 6 dias, como ocorreu no mês de abril, custará quase 2 bilhões de dólares em perdas. Antes de o vulcão entrar em atividade as previsões para companhias aéreas eram de perdas em torno de 3 bilhões de dólares para 2010, contra um prejuízo de quase 10 bilhões ocorrido no ano de 2009. Não há dúvidas de que quanto mais cedo houver estudos e modificações nas normas de liberação do espaço aéreo, aumentam as chances de redução nos prejuízos.