Apesar da alta dos juros que fez pensar que o povo se restringiria um pouco diminuindo gastos e deixando de fazer tantos empréstimos, a realidade foi bem diferente disso, pois enquanto os juros subiram, o nível de credito bateu recorde e chegou à casa de R$ 1,5 trilhão de reais. Na verdade o aumento da Selic não foi empecilho para que em maio o número de empréstimos que já vinha em crescimento continuasse seu percurso e ficasse 2% acima do mês de abril.
Alta de Juros Não Limita Busca Por Crédito
O Que Representa Isso
Esse valor que foi divulgado pelo Banco Central, representa nada menos do que 45,3% do Produto Interno Bruto (PIB) que é a soma de bens e serviços que o país produz em um determinado período. Vale lembrar que o PIB também apresentou um nível acima do esperado tendo havido uma revisão deste indicador devido ao crescimento da atividade econômica que foi de 9% nos três primeiros meses deste ano de 2010.
O Que Puxa o Crédito
É interessante observar, num momento em que a alta de juros não limita a busca por crédito, o que está fomentando esta situação de crescimento e isto feito se observou que o aumento de crédito está sendo puxado em especial pelos empréstimos subsidiados que o governo vem oferecendo as empresas e em grande parte também esta sendo estimulado pelo crédito imobiliário. Na verdade aquele tipo de crédito que é direcionado teve um crescimento da ordem de 2,4% ao mês sendo que ao ano ficou em 34,3%. Quanto ao credito livre os índices de crescimento ficaram em 2% e 12,5% ao mês e ao ano respectivamente.
Emprestimo
Participação Dos Bancos
Segundo avaliação do Banco Central quanto ao comportamento desses empréstimos, o crescimento da demanda pelo credito imobiliário em especial e para investimentos fez com que a participação de bancos do setor público tivesse novamente uma participação maior no crescimento desses créditos, ficando com o maior percentual dos empréstimos contratados em detrimento do setor privado que ficou com a parcela menor. Só para se ter uma idéia em um ano o BNDES teve um crescimento no nível de empréstimos que chegou a 41% enquanto que o crédito para habitação cresceu 51%.
Financiamento
Comportamento dos Juros
Os juros bancários tanto para consumidores como para empresas, pelo segundo mês consecutivo tiveram alta, com a taxa media passando de 34,3% para 34,9% e sendo a maior dos últimos seis meses. Esses aumentos acompanham os aumentos da taxa básica que em 2010 já teve dois aumentos passando com isso de 8,75% para 10,25% ao ano. As principais modalidades de crédito tiveram alta como é o caso dos financiamentos de carros, crédito pessoal e outros, entretanto o cheque especial excepcionalmente recuou um ponto percentual por ano.
