O povo brasileiro de modo geral começa o ano sempre com uma serie tão grande de compromissos que mesmo diante de todo o esforço que muitos fazem para equilibrar as finanças, não tem como não se desestabilizar uma vez que o normal é que os valores a serem pagos subam acima da inflação. Entre esses inúmeros compromissos inadiáveis e que consomem boa parte da renda familiar está a volta as aulas.
O Pesadelo dos Preços
Se alguns desses compromissos podem ser parcelados ou adiados, com certeza este não é o caso do material escolar quando nossos filhos têm de iniciar o ano letivo. Nessa época eles costumam apresentar uma imensa lista de tudo o que precisam e esse material se faz necessário desde os primeiros dias de aula, caso contrario corremos o risco de que nossos pequenos comecem o ano letivo sem poder acompanhar direito as atividades da turma. A verdade é que a volta as aulas com preços inflacionados é a cada começo de ano um verdadeiro torniquete na economia doméstica da maioria das famílias brasileiras.
Compras Antecipadas
Há quem já tenha comprado esse material no mês de janeiro numa tentativa de distribuir melhor as despesas uma vez que logo virá a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e também o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Entretanto se quem fez as compras para a volta as aulas no mês de janeiro esperavam conseguir economizar pelo fato de estarem se antecipando, enganaram-se, pois já no primeiro mês do ano se pode sentir no bolso o aumento de preços desses materiais.
Artigos de Papelaria e Livros
De acordo com os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) só nos artigos de papelaria já se pode sentir esse aumento uma vez que apresentou alta de 1,55% variação esta que ficou bem acima dos 0,83% que foi o aumento do índice geral de inflação.
Os mais afetados pelos preços foram os consumidores de Curitiba e de Recife onde os preços foram majorados em 3,70% e em 3,11% respectivamente. Já em Salvador e no rio de Janeiro os aumentos desses itens foram bem menos intensos ficando em 0,31% e 0,47% respectivamente. No segmento de papelaria o aumento foi de 1,26% ao mês. Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro o aumento dos itens de papelaria teve aumento da ordem de 6,69%. Valor capaz de afetar qualquer orçamento.
Os Livros
Os preços destes também sofreram com a alta de 1,53% muito acima do índice geral da inflação. A capital brasileira onde esse item ficou mais caro foi Belém com um percentual de acréscimo da ordem de 4,01%. Já considerando os últimos 12 meses a maior alta ficou com a cidade de Goiânia onde os preços dos livros foram inflacionados em 8,42% aumento esse que pode deixar muitos estudantes sem acesso a esse material.