Para entender a inflação inercial é preciso primeiro saber exatamente o que é inflação e seus tipos. O nome parece mais complexo do que de fato a inflação é, e não é tão simples de entender como as pessoas sugerem. A inflação é um aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços negociados em um país, o que acaba resultando em uma perda contínua do poder aquisitivo da moeda.
O órgão responsável pelo controle da inflação é o Banco Central, e este é que dita as normas de aumento e diminuição deste valor e pode ser considerado o culpado em caso de crises. E muita gente lembra que a inflação foi o grande fantasma da economia brasileira durante a década de 80, em que era difícil prever até o valor de um alimento da noite para o dia. Hoje, mesmo com algumas ameaças de alta, a inflação se encontra sob controle.
São três os tipos de inflação: de demanda, de custos e inercial. Como já indica seu nome, a inflação de demanda é causada quando ocorre o aumento da procura por um determinado bem e serviço, o que faz com que o preço suba. A inflação de custos é causada pela elevação dos custos de produção, repassados para o consumidor pelo aumento do preço do produto.
Há também o caso extremo, a hiperinflação, que é quando os preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter dinheiro, mesmo por poucos dias. A explicação é simples: o poder de compra da moeda diminui rapidamente, cai assim a credibilidade de todos em relação ao dinheiro, então procuram gastá-lo rapidamente.
Já a inflação inercial ocorre quando os preços de uma economia oferecem resistência às políticas de estabilização para atacar as causas primárias da inflação, é a chamada memória inflacionária. Essa inflação inercial é decorrente de mecanismos de indexação, que reajustam o valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado, ou seja, mesmo que não tenha uma razão do preço aumentar, ele aumenta baseado nessa memória inflacionária.
Os mecanismos de indexação podem ser formais, quando se baseiam em regras legais de aumento, como aluguéis e mensalidades escolares ou informais, quando os agentes são seguidores do preço, ou, seja, aumenta o preço, pois os outros também o fizeram.
No Brasil, na época da inflação elevada, nos anos 70 e 80, os diversos tipos de contrato, como aluguéis, tinham clausulas de correção que eram auto-aplicáveis, ou seja, poderiam ser mudadas de acordo com a inflação. Isso gerou na população um comportamento de antecipação: transferia-se para o mês seguinte a taxa de inflação do mês passado, mesmo que não houvesse pressões de demanda ou de custo. Essa inflação real, se não for corrigida, pode se manifestar continuamente.
Todo brasileiro, ainda que modestamente, sabe muito bem o que significa o termo inflação, herança direta das políticas de governos aventureiros e que deflagraram uma das mais assustadoras crises econômicas em nosso país, nos idos da década de 80, quando os índices de inflação chegaram a taxas que beiraram os 90% ao mês.
Um ambiente de altas taxas de inflação traz consigo um cenário de recessão econômica, gerando diminuição do poder de compra do consumidor e provocando uma desaceleração do consumo, com uma consequente diminuição da produção. Em última instância, provoca demissões na indústria e no comércio.
A inflação, por definição, é o aumento generalizado de preços de produtos e serviços durante um determinado período de tempo e em uma determinada região, dividindo-se em quatro tipos: a inflação de demanda, a inflação de custos, a inflação estrutural e a inflação inercial, que é aquela influenciada pela inflação passada, ou seja, caracteriza-se pela resistência de um aumento de preços, apesar das políticas de estabilização adotadas.
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