Desde o início da crise econômica mundial, em 2007, o Brasil e boa parte dos países emergentes fora da Zona do Euro, como os integrantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) vêm se mostrando relutantes quanto ao efeito devastador que a crise tem gerado em outros países. Parece que os países emergentes vivem em outro planeta, onde não há crise, só crescimento: aumento do PIB (Produto Interno Bruto), aumento do consumo.
O governo federal passa um discurso de tranquilização, afirmando que a crise não chegou ao país. Mas, como dito acima, trata-se apenas de discurso. Há sim motivos para os emergentes temerem a crise.
Com uma economia global, no qual a relação de interdependência entre os países é cada vez mais acentuada, não se preocupar com a saúde financeira de seus compradores ou fornecedores é dar um tiro no pé. Principalmente para um país, como o Brasil, no qual a Europa e os EUA – principais afetados pela crise – são os principais mercados que ele negocia.
A população não passa ilesa. Um agravamento da crise nestes países desregulará o mercado nacional e preços de produtos podem oscilar. Quem investe em ações sabe bem como o cenário de crise mundial pode levar as ações a altas ou baixas repentinas, promovendo perdas expressivas.