Queda nos Juros para Pessoa Física

Realmente temos no Brasil uma política de juros que não é fácil de ser entendida. Creio que é bastante complicada até para economistas uma vez que as opiniões destes são as mais diversas possíveis, enquanto uns elogiam essa política outros a condenam de maneira categórica, Agora a poucos dias o Banco Central divulgou dados que nos dão conta de que os juros de empréstimos feitos por pessoas físicas tiveram em março a menor taxa, dos últimos seis anos, ou seja, desde 1994 não tínhamos uma taxa tão baixa, mas isso somente no que se refere a empréstimos para pessoas físicas porque, neste mesmo período quem tem empresa não teve esse beneficio, pelo contrario para esse segmento os juros subiram. No mês de fevereiro a taxa de juros para pessoa física ficou em 41,9% ao ano sendo que em março esse percentual caiu para 41% ao ano. Uma queda de quase um ponto percentual é bastante significativa.

Juros

Onde se deu a Retração

Fazendo uma analise mais profunda podemos ver que a queda nos juros para pessoa física se condicionou as modalidades de financiamentos de custo mais baixo como é o caso de financiamento para a compra de carro que caiu 0,6%, ficando assim em 23,5% ao ano e o credito pessoal, dados estes que também fazem parte do relatório divulgado pelo Banco Central. Já no que se refere a empréstimos para as empresas houve um aumento nas taxas de juros na ordem de 0,4% passando assim de 25,9% para 26,3% ao ano. Por certo esse é um peso a mais para empresários que há muito brigam por taxas de financiamento menores para o setor e num momento em que a economia recém volta aos trilhos depois da grande crise econômica que o mundo viveu e que hoje ainda está causando estragos nas economias de muitos países, uma elevação nas taxas de empréstimos para este setor é um ponto bastante negativo na medida em que vem na contramão do equilíbrio que se busca para os diferentes setores da economia brasileira.

Financiamento

Outros Dados

Outros dados foram divulgados também pelo BC como é o caso da taxa de juros do cheque especial que para os consumidores também caminhou na contramão como aconteceu com as empresas e assim teve um aumento bastante pesado de 0,8% passando para absurdos 160,3% ao ano. O que também teve queda, segundo o BC foi à inadimplência que para o caso de empresas caiu de 3,7% para 3,6% enquanto que para a pessoa física a queda foi maior, de 0,3% ficando a taxa em 7%. Vale lembrar que para o Banco Central são considerados casos de inadimplência somente a partir de um atraso no pagamento, de mais de 90 dias.

Pessoa Fisica

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Categoria(s) do artigo:
Governo

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