No ano de 1992 aconteceu, na cidade do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, ou, como ficou conhecida popularmente, a Rio/92. A Conferência ficou estigmatizada como sendo o marco inicial da ideia de sustentabilidade ou de desenvolvimento sustentável, entre outros assuntos. Muitos anos depois, com os arredores do acontecimento da Rio + 20 e a revisão de muitas metas e marcos das conferências anteriores, um novo tema está em pauta, que é o da economia verde.
Na mesma ideia do desenvolvimento sustentável – que busca a interação entre economia, sociedade e meio ambiente, com o predomínio da preservação do último -, a economia verde também busca uma maior interação entre estes fatores, de modo que o meio ambiente também receba destaque. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (o PNUMA) a economia verde é “Uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente, riscos ambientais e escassez ecológica”.
Deste modo, sob o conceito de economia verde diversos aspectos são englobados, como respostas às frequentes degradações que o planeta vem sofrendo, por conta da exploração exacerbada dos recursos naturais, pela emissão de poluentes na água, no solo e no ar, entre outros fatores que muitas vezes, ao pensar apenas no crescimento econômico, se esquecem da manutenção de um meio ambiente saudável e na qualidade de vida da população.
Os objetivos e outros dados da Economia Verde estão presentes no relatório realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA intitulado “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza” (a versão original em inglês do relatório está disponível no site http://www.ecodesenvolvimento.org.br/biblioteca/pesquisas/rumo-a-uma-economia-verde-caminhos-para-ono qual também se encontram demais informações).
Outras informações em português sobre a economia verde podem ser obtidas no site do PNUMA no Brasil (o www.pnuma.org.br).
Neste site, o Programa esclarece entre outras coisas, que a Economia Verde tem a função, por exemplo, de criar uma destinação específica para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países. Esta porcentagem será destinada, segundo os preceitos visados pela Economia Verde, aos seguintes setores:
– agricultura, incluindo as pequenas explorações;
– setor imobiliário, por meio da melhoria da eficiência energética;
– abastecimento de energia;
– pesca, incluindo a redução de capacidade das frotas mundiais;
– silvicultura, o que ajudaria também no combate às alterações climáticas;
– indústria, incluindo a de produtos manufaturados;
– turismo;
– transportes;
– resíduos, incluindo a reciclagem; e
– água, incluindo questões de saneamento.
A Economia Verde relacionada a estes setores teria a função de “esverdeá-los”, de modo que a economia preserve o capital natural, o Meio Ambiente, bem como buscando suprimir as desigualdades sociais e erradicar a pobreza.