Gastos Corporativos

Criação dos Cartões Corporativos

Fernando Henrique Cardoso (também conhecido como FHC) foi presidente brasileiro entre os anos de 1995 e 2003. Além de político, ele também é sociólogo, cientista político, escritor e professor universitário. Sua carreira política iniciou-se de fato em 1974, ao coordenar a elaboração da plataforma eleitoral do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Após isso, Fernando Henrique começou a participar pessoalmente de campanhas políticas, se lançando como candidato a Senador Federal por São Paulo. Sendo apoiado pela esquerda, tornou-se suplente de André Franco Montoro, que também era do MDB. Em 1982, Franco Montoro saiu do cargo de Senador, fazendo com que FHC assumisse e após algum tempo, e já em 1895 acabou saindo do cargo para concorrer à prefeitura de São Paulo, a qual perdeu por Jânio Quadros.

Fernando Henrique também foi Ministro das Relações Exteriores e Ministro da fazenda, e depois de inúmeras experiências em 1994 ele foi indicado para se candidatar à presidência da República, sendo eleito já no primeiro turno.

Entre várias medidas e decisões que foram tomadas nesse longo tempo de governo de Fernando Henrique Cardoso, uma delas foi a criação dos Cartões Corporativos, em 2001, que teoricamente foi criado para facilitar a transparência das contas. Seu lançamento ocorreu no ano seguinte. Permitindo maior clareza e rapidez nos gastos emergenciais.

Escândalo dos Cartões Corporativos

O escândalo dos cartões corporativos foi uma crise iniciada em 2008 no governo brasileiro, onde ocorreram denúncias sobre os gastos indevidos pelo uso desses cartões que já foram citados acima.

O maior problema foi que esse sistema foi idealizado pra ser usado apenas em situações emergenciais e urgentes, que necessitasse de gastos pequenos, porém o contrário acabou acontecendo, e ele começou a ser utilizado em licitações e gastos pessoais de governistas.

Além disso, o Portal Transparência, que é um site oficial do governo brasileiro, tinha e ainda tem como responsabilidade divulgar quaisquer gastos públicos, inclusive o desses cartões, porém, de 150 cartões corporativos, apenas 68 tiveram seus dados oficialmente divulgados.

Depois de muitas suspeitas e mesmo não existindo a plena divulgação dos dados, foram descobertas muitas irregularidades, que vão desde gastos com a reforma de uma mesa de sinuca, por um funcionário do Ministério da Comunicações, até o uso dos cartões corporativos em compras no Camelô e diárias em hotéis luxuosos no Rio de Janeiro.

O Tribunal de Contas da União (TCU) – órgão responsável por exercer fiscalizações contábeis, orçamentária e patrimonial da União – também investigou notas frias pagas com cartões corporativos de uma viagem do ex-presidente Lula a um acampamento do Movimento dos Sem Terra (MST) no Mato Grosso Sul, que é um movimento ativista de cunho político e social.

As principais consequências que essas descobertas e denúncias tiveram, foram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pelo Congresso, que se caracteriza como uma investigação organizada pelo próprio Poder Legislativo, onde a casa parlamentar se torna um ambiente para se colher informações e ouvir depoimentos, buscando atender as reclamações da sociedade brasileira.

Essa investigação abrangeu desde o período de criação dos Cartões Corporativos, no governo FHC, porém meses depois, essa CPI inocentou os ministros do governo Lula que já tinham sido acusados por irregularidades nos gastos desses cartões, e também não mencionou nenhum gasto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no dossiê.


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Categoria(s) do artigo:
Governo

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