A consultoria Boston Consulting Group (BCG) fez um relatório em que chama a atenção para o fato de que a expansão da economia africana está transformando oito de seus países em verdadeiros “leões africanos” uma vez que tem taxas de crescimento iguais ou até mesmo maiores do que a de muitos países emergentes.
Despertar da Economia Africana
Esse estudo foi apresentado em Casablanca, Marrocos e segundo ele, excluindo-se o setor bancário as 500 empresas africanas maiores vem crescendo 8,3% ao ano desde 1998.
O desempenho
Presença
As exportações foi que motivaram o bom desempenho dessas empresas, pois nos anos 90 o crescimento era de 3% e desde 2000, este vem sendo da ordem de 18%. As empresas que se destacaram foram em numero de 40 sendo que todas se localizam em países que são chamados de “leões africanos” e segundo opinião dos institutos de pesquisas, os investidores internacionais não têm dado a merecida atenção ao despertar da economia africana.
Foram analisadas durante a pesquisa mais de 600 empresas das quais ficaram 70 que após pente fino se reduziram a 40 após criteriosa análise de fundamentos e desempenho. Na verdade empresas dignas de nota são muito mais do que 40, mas o foco ficou com aquelas cujas ambições são globais.
Os leões africanos
Argélia, Botsuana, Líbia, Egito, Ilhas Maurício, Tunísia e África do Sul são os “leões africanos” e juntos foram os responsáveis por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da África no ano de 2008 e neste mesmo ano o PIB per capta desses países ficou em US$ 10 mil enquanto que dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) foi de US$ 8,8 mil.
Dessas 40 empresas que na visão da consultoria são consideradas como “chalengers” que significa desafiadoras da ordem vigente, estão na África do Sul 18 delas sendo que depois o maior número está no Egito com 7 , seguindo-se de Marrocos com 6. Muitas destas empresas têm presença mundial, enquanto que outras fazem parte da lista, porém sua importância é regional.
As empresas chalengers
Influência
Oito dessas empresas usam os recursos naturais africanos, pois este é um continente que conta com altos índices de reservas mundiais, como 55% das reservas de diamantes, 82% das reservas de platina e 50% das reservas de fosfato.
Também tem de ser considerado o fato de que tiraram proveito na ultima década do crescimento da África que mesmo em meio à crise, em 2009 teve um crescimento de 2% na economia enquanto União Européia, Estados Unidos e America Latina tiveram retração.
Poucos são os que estão observando o crescimento de empresas africanas que estão se preparando para estrear no cenário mundial, elas vem trilhando os mesmos caminhos que outras empresas de países como Brasil, Rússia, Índia e China.
