A Economia Política no Governo Itamar Franco

No ano de 1989, o país estava na primeira eleição democrática com liberdade na votação. O povo elege Fernando Collor. Macroeconomia dele não fez nada para ajudar a economia, mas sua remoção pacífica do cargo indicado serviu para demonstrar que as estruturas políticas e governamentais do país estão estáveis. Em termos práticos a queda de Collor serviu também para passar a imagem de que a democracia política do país era forte. O principal erro do presidente foi bloquear o dinheiro na poupança de parte dos brasileiros para tentar frear o consumo para combater a inflação alta, mau que o país sofre desde a era colonial.

Para o lugar quem assumi Itamar Franco que começou a implantar e colocar em prática do Plano Real, tática macroeconômica para aumentar o poder de consumo dos brasileiros e ao mesmo tempo conter a inflação, a vilã que derrubou o primeiro presidente desde a nova Constituição. O ministro da fazenda acabou ganhando as eleições seguintes por causa do sucesso inicial no novo padrão monetário. FHC conquistou a reeleições do ano de 1998 depois de afirmar em campanhas que o dólar não iria abaixar – o que na prática não aconteceu e culminou com a queda de poder conservador, a antiga concepção da “direita”.

Papel de Itamar na Economia Nacional

Franco assumiu o poder quando o Brasil estava em grave crise econômica, com a inflação chegando a 110% em 1992 e subindo para quase 240% no ano de 1993. O líder desenvolveu reputação como líder mercurial em escolher como ministro das Finanças, Fernando Henrique Cardoso, que lançou o “Plano Real”, que estabilizou a economia e acabou inflação. Em gesto incomum, momentos antes de tomar posse, Franco entregou senadores um pedaço de papel no qual tinha anotado o patrimônio pessoal e propriedades. De forma inicial o índice de aprovação chegou a sessenta por cento.

Após o conturbado período de Collor da Presidência, Franco foi instalado de modo rápido em um gabinete equilibrado em termos políticos e procurou amplo apoio no Congresso. Durante a sua presidência, em abril de 1993, o Brasil realizou referendo para determinar o sistema político (permanecendo a República ou a restauração da Monarquia) e a governo (sistema presidencialista ou parlamentar). O sistema presidencial republicano barra prevaleceu por grandes maiorias, respectivamente. Ironicamente, o próprio Franco sempre preferiu o governo parlamentar.

Em 1993, Franco resistiu aos apelos de vários escritórios militares e civis para encerrar o Congresso, que foi descrito por algumas fontes como o conjunto de “tentativas de golpe”.  A administração é creditada por restaurar a integridade e estabilidade do governo. O próprio presidente manteve sua reputação de honestidade. Por outro lado, o comportamento pessoal de Franco foi por vezes descrito como temperamental e excêntrico. No final do mesmo ano, Franco ofereceu uma renúncia, a fim de convocar uma eleição antes, mas o Congresso recusou. No final do prazo, o trabalho de Franco obteve índice de aprovação entre oitenta e noventa por cento. Franco consiste no último presidente não eleito pelo povo no século XX em terras nacionais.

Apesar de por vezes ser descrito como “um homem com habilidades diplomáticas limitadas”, Franco é creditado com o lançamento da ideia de uma zona de livre comércio abrangendo toda a América do Sul, que foi elogiado por líderes como o presidente Bill Clinton, por exemplo. Durante o governo ratificou pactos importantes no continente.

Fusca de Itamar Franco: Projeto Excêntrico em 1993

Outro ponto que não pode ser ignorado no projeto econômico de Itamar foi o estímulo direto para fabricar e declarar o fusca como veículo oficial em terras nacionais. A ideia surgiu depois de o presidente declarar de forma pública para a imprensa que iria seguir o caminho de estimular o carro nacional que funciona a base de álcool, tecnologia exclusiva de terras nacionais. Por esse motivo que o modelo voltou a ser construído de forma especial para as estradas brasileiras.

Nesse sentido se pode conceder o crédito a Itamar Franco no que tange as regras constitucionais que apoiam e especificam regras diferentes para carros populares. Ou seja, quem tem veículo popular pagar menos por conta dos impostos e também tem outras prerrogativas. O projeto original trouce unidades compostas por motores com poder 1.0, sem muita potência para não prejudicar a atmosfera. A refrigeração também contava como acessório indispensável em cada nova série. Não se pode ignorar o fato de que também existiam modelos com 1.6.

Apesar da alta expectativa que o governo tinha com o projeto o resultado nas vendas não correspondeu e por consequência esse foi considerado um dos poucos projetos sem sucesso durante o governo de Itamar. Em termos logísticos a estrutura antiga não chamava a atenção do público que preferia pagar mais dinheiro para comprar modelos de marcas concorrentes como o Mille e Corsa, por exemplo. Após três temporadas a fabricação foi interrompida e continuou apenas em terras mexicanas. Em solo nacional não foram produzidos valor além do que cinquenta mil unidades.

 Itamar é Real: Economia do Brasil

Com o PSDB o governo Franco se tornou menos errático e a influência do armário da cozinha um pouco diminuída. No último mês de 1993 surgiu o Real, programa de estabilização econômica destinado a reduzir a taxa de inflação, gastos públicos, cobrança de passivos devidos ao governo, o aumento das receitas fiscais, privatizar entidades de propriedade do governo e introduzir nova moeda. A inflação diminuiu em termos significativos e aumentou a taxa de crescimento.

No entanto, a inflação aumentou de 25 por cento para 45 por cento até abril de 1994, quando Cardoso renunciou para concorrer à presidência, um mês após o seu novo plano de estabilização entrar em vigor. O plano de estabilização econômica levou em conta grande parte dos erros de outros padrões monetários, de 1986, e ambos, Cardoso e Franco, junto com a equipe, estavam cientes de efeito potencial sobre as eleições de 1994. Devido ao grande sucesso do Plano Real, a taxa de aprovação do presidente Franco subiu para oitenta por cento no final de seu mandato. Com o sucesso o mandato continuou com FHC para mandato de quatro anos.

Artigo Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Governo

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