Bancos Tradicionais
Os bancos são instituições financeiras que tem uma função intermediária entre os agentes superavitários, ou seja, aqueles que possuem mais ganhos do que gastos, e os agentes deficitários, ou seja, aqueles que possuem mais gastos do que ganhos. Essas instituições tem como função a captação dos recursos fornecidos pelos superavitários e emprestá-los sob consequência de juros, aos deficitários gerando assim uma margem de ganho que é chamada de “spread bancário”, que é basicamente a diferença entre o preço de compra (procura) e venda (a oferta) de algum título, ação, ou até mesmo transação monetária.
Outras funções que os bancos possuem são financiar automóveis e casas e até mesmo estudos de graduação, fazer o câmbio de moedas, depositar capitais na forma de poupança, realizar diversos tipos de pagamentos, entre outras atividades. Assim, todos os bancos, sejam eles públicos ou privados, não fogem muito dessas obrigações, apresentando todas essas características.
A necessidade do surgimento dessas instituições bancárias aconteceu juntamente com o surgimento das moedas, já que conforme elas foram criadas, também iniciou-se a necessidade de locais especializados em realizar empréstimos e também em guardar aquele dinheiro. O termo “banco” foi instituído por banqueiros da Florença na época do Renascimento, e ele representa a mesa que era utilizada para a troca de moedas naquele tempo.
O primeiro banco moderno que se tem conhecimento é o Banco di San Giorgio, que foi criado no ano de 1406, na cidade de Gênova. Já o primeiro banco que ofereceu serviços eletrônicos foi o Banco da Escócia, no ano de 1983. Essa prática foi tão positiva e facilitadora que foi se expandindo poir todo o mundo, e tem se ampliado cada vez mais.
Existem alguns principais tipos de bancos, como por exemplo o banco comunitário, que de modo geral é desenvolvido e operado numa esfera local, e é responsável por prover créditos pequenos para famílias e pequenas instituições locais, que são principalmente ligadas a agricultura e industrias e negócios que oferecem serviços apenas naquela região.
Há também os bancos de investimento, que são aqueles que servem para prestar auxílio tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, que desejam investir seu dinheiro de alguma forma, seja no mercado financeiro ou na bolsa de mercadorias e futuros.
Outro tipo de banco tradicional é o banco de desenvolvimento, que são aqueles que financiam projetos que visam fazer com que o desenvolvimento aconteça em determinado local.
Existe ainda os bancos comerciais, que são aquelas instituições com principais características a obtenção de fundos por meio de operações como depósitos, sejam eles a vista, a prazo ou com pré avisos, e também com certificados de depósitos e também por ceder fundos, ou seja, créditos bancários. Essas operações podem ser feitas a curto, médio ou longo prazos, tem várias possibilidades de caracterização, como comercial ou financeiros. Esses bancos também realizam prestação de serviços e também guarda de valores.
Existem basicamente cinco funções pré determinadas nos bancos de modo geral, que são: Tesoureiros / caixas, que são aqueles que lidam diretamente com os clientes, seja oferecendo levantamentos, realizando depósitos, fazendo transferências, entre outras atividades; Há também o administrativo / comercial, que possuem contato com o cliente, só que de modo comercial, oferecendo e propondo a venda de alguns produtos ou serviços.
Outra função pré determinada é o de gestor de contas, que são aquelas pessoas que ficam responsáveis por uma certa quantidade de clientes e que visam deixar a venda de produtos e serviços direcionadas e ainda assim dinâmica. Existe também o sub gerente, que tem como responsabilidade desenvolver atividades que eram de responsabilidade dos gerentes, caso ele esteja ausente. E por fim há a função de gerente, que é responsável por fazer que haja um elo e uma harmonia entre todas as chefias que já foram citadas.
Cooperativas de Crédito
A maioria das cooperativas financeiras conseguem oferecer tudo o que um banco tradicional oferece, como conta corrente, cartões de débito e crédito, poupança, investimentos, etc. Porém, nas cooperativas, quem realmente manda são os cooperados, ao contrário dos bancos, que tem todo o controle em um grupo de acionistas que visam lucro.
As cooperativas financeiras são idealizadas pelos próprios cooperados e visam atender seus próprios interesses. Desse modo, todos os associados conseguem participar economicamente dessa instituição, e adquirem uma certa cota quando se associam.
As decisões tomadas pelas cooperativas são sempre realizadas de forma democrática, através de assembleias gerais, na qual todos que usam de seus produtos e serviços devem participar. Isso prova que, ao contrário dos bancos, nas cooperativas os cooperados podem participar ativamente das escolhas e também pedir esclarecimentos, dar opiniões e acessar as informações daquela instituição.
As cooperativas não visam fins lucrativos, mas sim tentam buscar cada vez mais vantagens a todos que são nelas associados, tanto na administração quanto nos patrimônios financeiros. Os resultados positivo, ou seja, as sobras, são distribuídas de acordo com a participação que cada cooperado tem na instituição. Isso reflete também no fato que as cooperativas conseguem oferecer menores taxas as seus associados, e isso é um grande atrativo.
O foco das cooperativas sempre envolve o desenvolvimento da comunidade e da região onde estão inseridas, e esse papel é bastante significativo. Uma de suas diretrizes fala sobre promover a educação, a formação e informação, e também deixa claro que é necessário manter bons relacionamentos para que tanto os cooperados, quanto os parceiros, consigam progredir.
Comparação Entre Os Bancos Tradicionais E as Cooperativas
Apresentando um resumo simples e básico das principais diferenças entre os bancos de cunho tradicional e as cooperativas financeiras, e elas são:
– Os bancos são formados através de sociedades de capital (dinheiro), já as cooperativas são formadas por sociedades de pessoas.
– O usuário dos bancos são os clientes, já os usuários das cooperativas são os associados, que é como se fosse um dos donos.
– Quem manda nos bancos são as pessoas que tem mais poder, já nas cooperativas todos os associados tem direito ao voto em decisões.
– Nos bancos, os usuários não possuem nenhuma influência nos produtos e serviços, nem na precificação dos mesmos. Já nas cooperativas, todos participam das escolhas da política de operações.
– Os bancos se desenvolvem através da competição, já as cooperativas se envolvem por meio da cooperação mutua, como o próprio nome já sugere.
– O principal objetivo dos bancos é o lucro, já o principal objetivo das cooperativos é oferecer vantagens a todos os associados, por meio da administração dos recursos.
– As cooperativas oferecem preços e taxas de até vinte por cento menor valor do que as dos bancos.
– Os resultados dos bancos e seus lucros são divididos somente entre os acionistas, já na cooperativa eles são divididos proporcionalmente entre os associados.