Não precisa ser nenhum expert para saber que o Petróleo é um dos itens minerais mais importantes para a economia mundial. Também, não é para menos: desde que a descoberta desse mineral se fez possível a criação de motores movidos a derivados dele, a indústria foi reescrita, fazendo com que os motores que saíssem das fábricas fossem todos movidos por meio dos derivados diretos do petróleo, como, por exemplo, os motores de veículos e de navios. A gasolina é o principal componente derivado do petróleo, bem como, também, os plásticos que estão presentes no mundo todo.
O problema é que o uso do motor à combustão foi muito dinamizado entre a população e, infelizmente, não se foi medido os impactos ambientais que ele poderia causar no planeta. E, nos momentos atuais, a população está vendo do que a poluição exagerada pode causar: aumento de temperatura, aumento no nível dos oceanos, desordem ambiental, entre muitas outras.
Os governos dos países que mandam na economia mundial, além da colaboração das demais nações estão cada vez mais buscando soluções mais limpas e que tenham um impacto ambiental menor, a fim de frear as mudanças climáticas antes que elas se tornem irreversíveis. Desse modo, uma das medidas adotadas é a proibição de veículos movidos à motor de combustão, com prazos que, em alguns países, estão estabelecidos em 2025. Uma alternativa ao motor à combustão é, justamente, o elétrico, que já está sendo desenvolvido pelas principais montadoras do planeta. A expectativa é que o carro elétrico comece a ser comercializado normalmente a partir de 2025.
Porém, as reservas petrolíferas ainda atraem muita atenção das pessoas, justamente pelo seu alto valor que ainda têm para vários países. O Brasil, por exemplo, é um dos maiores exportadores de petróleo. E a nação brasileira ainda conta com um trunfo, que foi a descoberta das chamadas ‘”camadas do pré-sal”, que você vai ter conhecimento agora.
O Pré-Sal: o Início de Tudo
De uma forma mais técnica e geológica, o Pré-Sal se caracteriza como uma camada de rochas que são formadas, preferencialmente, por rochas conhecidas como carbonáticas, nas quais elas estão localizadas abaixo de uma camada de sal. Os cientistas descrevem que, durante a abertura do Oceano Atlântico, que culminou com a quebra da Gondwana, que era o supercontinente existente depois da Pangeia, entre a costa Africana e a Costa Oriental da América sedimentos orgânicos foram sendo acumulados embaixo de uma generosa camada de sal que era prensada por lâminas, o que eles acreditam que foram os grandes responsáveis por fazer os poços de extração do mineral. Acredita-se que esse processo tenha ocorrido “recentemente”, há apenas 120 milhões de anos.
Os lugares que conseguem concentrar a maior quantidade de petróleo são os campos do “pós sal”, sendo que esses locais também são os mais difíceis de se obter o petróleo, sendo que a maior parte dos reservatórios estão localizados no território Brasileiro, com algumas reservas no Golfo do México e também na porção ocidental da costa africana.
Aqui no Brasil, os campos de petróleo variam de uma profundidade de 1000 a 8000 metros, sendo que, as mais profundas estão localizadas no subsolo e, como se espera, muito mais difícil de se extrair. Além disso, muito se têm debatido sobre a extensão dessa reserva: alguns acreditam que é bem maior do que os 800 quilômetros inicialmente descobertos, estimando-se que as reservas estendem-se de Santa Catarina até o estado do Ceará. As estimativas iniciais apontam que existam 33 bilhões de barris a serem extraídos do Pré Sal, com possibilidade de isso se estender facilmente para mais de 100 bilhões de barris. Todas essas descobertas só foram possíveis com o desenvolvimento de diversos tipos de tecnologia, como o sismica3D e Sismica4D, além de técnicas mais desenvoltas de oceanografia.
Apesar de a grande maioria das reservas estarem dentro da reserva econômica do Brasil (Zona Econômica Exclusiva), há possibilidade de existirem reservas fora dessa zona, mas ainda dentro da plataforma continental, o que pode reservar ao Brasil o direito de pleiteá-la junto aos demais países, haja vista que muitos não assinaram tratados de convenção com a ONU.
O Anúncio da Descoberta do Pré-Sal
No ano de 2006, sob o governo do Ex-Presidente Lula, a Petrobrás anunciou a descoberta de campos do pré sal que teriam petróleo em grande quantidade, tendo sido isso confirmado no fim do mesmo ano. Mas somente em 2008 é que, pela primeira vez, a estatal conseguiu extrair os primeiros barris de petróleo do local, que é o campo de Jubarte, na Bacia de Campos. Já se sabe que a empresa domina a tecnologia necessária para realizar as extrações.
Um dos grandes problemas relacionados com a extração do Pré-Sal é, justamente, com a rapidez e a velocidade que o Brasil poderá gerir esses recursos. O que está em jogo é que, se o Brasil resolver extrair rapidamente todos os barris das bacias que lhe pertencem, isso pode fazer com que haja problemas na economia interna, conhecido como “mal-holandês”, onde setores como a agricultura e a indústria nacional.
2010 Em Diante
A partir de 2010, a exploração de petróleo no Brasil aumentou significativamente, o que ajuda a entender o quão benéfico para o país será a exploração petrolífera. Mas um outro problema aflige muita gente: qual o destino dos recursos obtidos a partir da exploração desses grandes recursos obtidos com o Pré-Sal? Diversas leis foram baixadas com o propósito de melhor canalizar o dinheiro para melhorias dentro do próprio país. Uma delas, sancionadas pela então presidente Dilma Rousseff era, justamente, a de canalizar parte dos royalties obtidos com a exploração para a educação e saúde, áreas que, tradicionalmente, sempre tiveram problemas com recursos no Brasil.
Uma outra discussão é sobre a exclusividade na exploração de petróleo. Muita gente acredita que a Petrobrás deveria ter exploração privilegiada nesses novos poços, garantindo que o dinheiro obtido com ela ficasse somente por aqui. Porém, outras pessoas argumentam que isso é inviável, tanto pelo custo que iria ser gerado bem como, também, pela monopolização de um serviço que poderia causar grandes problemas econômicos internos e externos, como a desvalorização da moeda.