Um levantamento que levou em consideração 90 países concluiu que o Brasil é o país que possui a mão-de-obra com maior custo. As empresas atuantes no país desembolsam em torno de 71,4% do valor total de salários do funcionário por ano na forma de encargos e direitos trabalhistas. Isso significa que no Brasil os funcionários representam um custo elevado para as empresas, algo que contribui para que os salários se mantenham baixos.
Custos Trabalhistas no Brasil
Entendendo os Custos Trabalhistas no Brasil
Uma empresa que contrata um funcionário lhe pagando um total de R$ 30 mil ao ano precisa pagar na forma de encargos para o Governo cerca de R$ 21.408 mil. Dessa forma o empresário desembolsa com esse funcionário R$ 51.408 mil. Seguindo a lógica de custos trabalhistas médios do resto do planeta esse mesmo funcionário custaria para a empresa em torno de R$ 36.141 mil. Temos que ressaltar ainda que 71,4% é um número médio, alguns setores brasileiros desembolsam mais do que isso, tem casos de até 100%.
Os Custos
Para chegar a um número próximo da realidade o levantamento de custos trabalhistas levou em consideração além dos encargos outros custos que as empresas do país tem com seus funcionários como o pagamento de 13° salário, hora extra, adicional noturno entre outros. Para se ter uma ideia a Itália, segunda colocada no levantamento, apresenta um custo de 38,6%, quase metade do Brasil.
O país com o menor percentual é o Egito com 3,7% de custos, outros países que apresentam números baixos são Dinamarca com 4,3% e Nova Zelândia com 4,5%. Em muitos países a influência da crise econômica mundial afetou a cobrança de encargos trabalhistas que foram flexibilizados pelos governos com o objetivo de aquecer as contratações.
Mudanças
Nos últimos meses muito se tem discutido a respeito de mudanças nas leis trabalhistas tendo como um dos objetivos tornar mais maleável a negociação direta ente funcionários e empregadores. O que para alguns é visto como uma forma de reduzir os direitos dos trabalhadores por outros parece uma saída para reduzir os custos para as empresas. A verdade é que se precisa de um meio termo em que os empregados não percam direitos básicos, mas que contribuam para que as empresas possam ter custos menores para gerar mais empregos.
