Não é novidade para ninguém que a economia é um dos maiores sinais de que uma nação vai bem ou não, não é mesmo? Pois bem. O problema repousa quando os índices econômicos parecem não ir por um bom caminho. Isso porque, se o indicador econômico apresentar instabilidade, a chance de os indicadores sociais irem para o mesmo caminho é muito grande. O mesmo vale, por exemplo, se a economia estiver boa: é muito provável que os benefícios sociais sejam bons, também.
Os indicadores econômicos incluem tanto os negócios de importação e exportação do país, além das produções da indústria nacional. O Brasil tem uma importância no mundo por conta da exportação do comodities, bem como, também, uma indústria que vem se fortalecendo cada vez mais.
Durante os anos 1990, o país passou por uma série de reformas que faz com que ele tomasse um norte. E, a partir dos anos 2000, com a entrada do governo de centro-esquerda do Partido dos Trabalhadores, sob o comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país experimentou um crescimento que animou a muitos e que começou a posicionar o Brasil como uma das mais importantes nações de todo o globo.
O Brasil em 2010
Só que, a partir da década de 2010, os índices de crescimento estagnaram, dando origem a uma grave crise econômica e também política, que se alastra até os dias de hoje. Vários são os planos para recuperar a economia nacional, tendo aval de grande parte do setor industrial.
Mas, um assunto que vem tomando cada vez mais proporção é a quantidade de pessoas que estão endividadas no nosso país. É natural pensar que esse número se encaixe somente em pessoas que tenham um baixo poder aquisitivo, não é verdade? Pois bem! Nem sempre isso pode ser levado a sério. Isso porque foi descoberto, recentemente, que grande parte dos devedores estavam localizados em pessoas que recebiam mais de dez salários mínimos por mês.
No nosso artigo, iremos debater um pouco mais sobre esse assunto, bem como, também, iremos dar dicas para poder evitar o terror de dever dinheiro para alguém ou para algum órgão. Vamos lá?
O Endividamento Das Pessoas
Quando se fala que as pessoas estão passando por grandes problemas financeiramente, geralmente esse assunto está lotado em casos de endividamento por gastar, justamente, mais do que se ganha. E isso era tendência que era sentida a níveis mais alarmantes nas classes C e D. Porém, o que se viu nos últimos anos é que a inadimplência subiu justamente nas famílias classe média e classe média alta: uma pesquisa que foi levada a cabo na cidade de São Paulo mostrou que 40% dos endividados que tinham admitido que não iriam conseguir honrar seus compromissos monetários faziam parte da classe média do país.
O levantamento foi feito com mais de 2200 famílias da região metropolitana da capital paulista. Depois de uma análise, constatou-se que 26,5% dessas pessoas, que recebem mais de dez salários mínimos, disseram que iriam conseguir honrar seus compromissos. Só que uma parcela maior, a de 33,8% de pessoas disseram que isso não seria possível, de maneira completa: elas disseram que seria possível honrar uma pequena parte do débito. Mesmo com a honra de parte do que deve, considera-se que essa família é inadimplente.
A mesma pesquisa mostrou também que, apesar de a classe média estar bastante endividada, essa tendência foi observada em, praticamente, todas as faixas de renda. Ou seja, basicamente o brasileiro estava se endividando cada vez mais.
Causas do Endividamento
Muito se pergunta os motivos que os brasileiros acabam se endividando. Se analisarmos o contexto, podemos perceber muito bem um movimento crescente no poder de compra da população. Só que a população, ao perceber a facilitação do crédito e os bons resultados da economia, com um índice de desemprego baixo, começou a acreditar que o consumo poderia ser feito se muita fiscalização.
E aconteceu justamente o que os economistas condenam, que foi o caso do consumo maior do que o que se ganha. E, uma outra armadilha que até hoje as pessoas caem está relacionada com o uso do cartão de crédito e de outras facilidades que os bancos prometem às pessoas, se incluindo aí o uso do cheque especial que é um dos maiores vilões da atualidade.
Atualmente, ter um cartão de crédito ficou bastante fácil: podemos abrir uma conta sem sair de nossas casas. É o que propõe o Nubank, o primeiro banco digital do Brasil. As transações ocorrem de forma online, no qual a pessoa pode ter o controle de seus gastos na tela do seu smartphone. O seu maior atrativo no caso é a inexistência de anuidade, o que faz ser uma perfeita opção para os jovens, sobretudo aqueles que são estudantes.
Porém, é necessário que haja um cuidado no uso de cartões desse tipo. Isso se dá por conta da dificuldade de retornar ao controle de gastos depois que esse controle já fora perdido. Apesar de o Nubank não contar com anuidade, ele apresenta uma forte multa para caso do vencimento da dívida: os juros chegam a 14% ao mês. Em uma dívida menor, esse percentual não é sentido. Mas, digamos, em um boleto de 800 reais, esse valor pode ficar bem salgado.
Como Se Policiar?
Existem diversas maneiras de fazer com que nos policiemos e não acabemos caindo nas tentações de nos endividarmos. Pode parecer difícil (e até bobo), mas uma dica inicial é colocar em uma planilha tudo aquilo que você gastar. Exatamente: desde uma bala que você comprou a, até mesmo, um tênis que você queria muito e sempre esteve a fim.
Tenha sempre em mente o quanto de dinheiro que você recebe ao trabalhar. Tendo essa noção, fica muito fácil o quanto você pode se controlar ao gastar. Prefira também pagar à vista, que sempre há descontos para quem tem o dinheiro em mãos, além de você não se preocupar em parcelar em várias vezes.
Usar o cartão pode te ajudar muito. Mas não se engane: estou falando do cartão de débito. Você passa a ter um controle maior sobre tudo aquilo que você gasta. Ou seja, uma ótima forma de manter tudo em equilíbrio.