Representante do governo japonês citou a burocracia como sendo o obstáculo maior para que os investimentos do Japão no Brasil não tenha um crescimento maior. Segundo Hiroyuki Ishige que é o vice-ministro das Relações Internacionais do Ministério da Economia, pode haver um incremento nos investimentos do Japão em nosso país, mas para isso o Brasil terá de superar muitas barreiras no que se refere a burocracia. Na verdade o Brasil muitas vezes já fez ensaios para desburocratizar numa bela tentativa de facilitar a vida de todos, pois não é só no exterior que estas dificuldades são apontadas, aqui mesmo, o povo brasileiro sofre muito com os entraves e dificuldades que a burocracia trás para a vida dos cidadãos brasileiros. Imagine que se nós já sentimos nossa vida emperrada com os tramites burocráticos necessários para qualquer tipo de negocio, o que não acontece quando de uma transação comercial com outro país.
Japão Espera Normas mais Solidas
Entre as dificuldades que o Japão aponta estão muitos problemas relacionados a área intelectual e nesse ponto os japoneses querem que normas mis solidas sejam estabelecidas e recompensas maiores para as empresas de tecnologias. O Japão que pretende trazer novas tecnologias acha que a burocracia brasileira dificulta investimentos e com isso o esforço que as empresas tem de fazer é muito grande. O recebimento de recompensas é muito difícil. Os direitos autorais sobre produtos com a tecnologia japonesa servem como exemplo desta burocracia que emperra o desenvolvimento, pois neste caso a demora para receber chega até a cinco anos. Uma demora tão grande, realmente parece ser um desestimulo para qualquer tipo de empreendimento que pretendam fazer no país. É preciso um avanço enorme nesse tipo de procedimento como forma de melhorar o comercio do Brasil, não somente com o Japão mas com países do mundo inteiro.
Interesse em Investimentos
Mesmo não tendo apontado nenhum setor de maneira especial, o Japão demonstrou interesse em fazer investimentos em infra-estrutura. Hoje no mundo, o Brasil é uma das economias mais significativas e com isso vem atraindo um grande interesse e isso foi demonstrado pelos 80 membros que formaram a comitiva japonesa que veio ao país. Nos três primeiros meses deste ano o comércio entre os dois países cresceu 14,3% e com esses dado a expectativa é de que esse ano se iguale ao ano de 2008 quando o volume de negócios atingiu a quantia de UR$ 13 bilhões, sendo que em 2009 esse valor foi reduzido em 25% devido aos efeitos da crise mundial. Agora espera-se a retomada do antigo patamar de negócios embora o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento admita que os procedimentos para agilizar essas transações comerciais ainda devam demorar pois dependem da reforma tributária e de mudanças judiciais.
Algumas doutrinas apontam que o governo atual está intervencionando na economia com muito exagero, aumentando a burocracia e dificultando os investimentos. A mudança nas regras da poupança é um exemplo que deixa claro esta ideia. Diversos investidores estavam migrando para a conta poupadora, abandonando outros investimentos. A Burocracia Brasileira Dificulta Investimentos, afirma o correspondente japonês.
Doutrina Econômica Japonesa Contemporânea
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão aplica o ideal de melhorar a economia sem muita politicagem. Talvez por este motivo em menos de vinte anos a nação conseguiu crescer de forma considerável, representando hoje em dia uma das grandes potências do mundo.
A economia japonesa é conhecida por ser pragmática em resolver problemas. O Japão conta com um dos menores índices de desemprego em um planeta estagnado com a crise econômica mundial.
Na metade de 2010, um correspondente japonês afirmou que a burocracia dificulta os investimentos no Brasil. O intervencionismo econômico pode ser boa novidade para famílias que estão ganhando classificação C na força do consumo.
Porém, a constante intervenção favorece na burocracia, além de ser a grande arma para que políticos continuem roubando dinheiro do erário público. Outra dificuldade apontada pelo representante está nos problemas na área de propriedade intelectual.
As críticas foram apontadas por Hiroyuki Ishige, na época o vice-ministro de Relações Internacionais do Ministério da Economia japonesa. O representante afirma que Brasil precisa superar estas barreiras, para que aumente os investimentos entre as duas nações.
Propriedade Intelectual: Hiroyuki Ishige ainda disse que as empresas de tecnologia do Japão precisam ser mais valorizadas em solos nacionais, com normas sólidas que convençam os investidores.
As tecnologias de vanguarda, avançadas, somente podem chegar ao Brasil no mesmo tempo em que estão circulando em Tóquio, após serem concedidas maiores recompensas às empresas.
Um exemplo da problemática está no tempo de cinco anos para os pagamentos dos direitos autorais dos produtos que têm tecnologia vinda do Japão.
Até mesmo representantes do governo, como Welber Barral, secretário do Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, assumem que o país precisa melhorar bastante nos procedimentos de comércios entre as duas nações.
As melhoras só podem acontecer depois de mudanças consideráveis na esfera judicial e nas reformas tributárias.
As discussões foram debatidas no último encontro da reunião do Comitê Brasil-Japão para investimentos comerciais. Além da tecnologia, foram debatidos tópicos relacionados com exportação de carne vermelha e café dos brasileiros aos japoneses.
No primeiro trimestre de 2010, o comércio entre os dois países aumentou em 14,3%, números significativos se analisado o período de crise mundial no qual as produções e exportações no mundo já estavam demonstrando estagnação. O recorde ficou por conta de 2008, quando a quantia envolvida no conjunto de negociações chegou em US$ 13 bilhões, quatro a mais do que o volume registrado no ano de 2009.
Por Renato Duarte Plantier