Você Sabe Usar o Cheque Especial?

A economia mundial é um dos alvos de preocupação e, ao mesmo tempo, de orgulho de muitas pessoas. Isso porque, o bom desempenho dela depende única e exclusivamente dos países, que precisam cuidar sempre para que os seus investimentos e suas produções não sofram impactos que possam afetar o seu PIB, que é o Produto Interno Bruto. Desse PIB, resultam os cálculos de qual a quantidade e como a economia do país se desenvolveu naquele ano.

O Brasil, por exemplo, é um país considerado por muitos como um grande potencial para atrair investimentos estrangeiros e se tornar, dentro de alguns anos, uma potência econômica, política e militar. Tanto é que o país não figura mais entre os países subdesenvolvidos, mas sim, em um país emergente. Apesar de ainda não alcançar o status de primeiro mundo, o Brasil é reconhecido no mundo inteiro como um país estratégico e importante.

Tendo apresentado, no início dos anos 2000, um crescimento econômico absurdo, o país vem enfrentando, desde 2013, uma recessão econômica, que veio a criar uma crise que retirou graus de investimento no país e criou mais de 12 milhões de desempregados. Somado a isso, uma grave crise política se instaurou no Brasil, culminando na deposição da chefe de estado, Dilma Rousseff, por supostos crimes administrativos cometidos em seu governo.

Por conta dessa crise que está assolando o país, muitas pessoas começaram a ter problemas em administrar corretamente o seu dinheiro, e isso resultou em muitos inadimplentes com as dívidas e com bancos. Muitas pessoas, ao se veem desesperadas por conta das dívidas, procuram meios para acabar ou diminuir os efeitos delas, e acabam recorrendo ao cheque especial, que é o tema do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre o que é esse mecanismo oferecido pelos bancos, como ele pode te afetar e quais são as melhores maneiras para utilizá-lo. Vamos lá?

Conhecendo o Cheque Especial

O cheque especial nada mais é do que um serviço de crédito automático prestado pelos bancos aos seus clientes que não possuírem dinheiro em caixa para realizar pagamentos ou debitar dívidas. Ou seja, é um dinheiro “reserva” disponível para emergências. Como o saldo não se “movimenta”, isto é, fica disponível ao cliente 24 horas por dia justamente para cobrir emergências, os juros cobrados em cima do valor contratado costumam ser bastante alto. Por conta disso, muitos economistas orientam os clientes a utilizarem o cheque especial com cautela, quando indicar realmente uma necessidade. Muitas pessoas, segundo tais economistas, utilizam o cheque especial como um complemento à renda mensal ou, até mesmo, para tapar o buraco de dívidas contraídas no próprio cheque especial, o que é um desvantajoso negócio para o consumidor.

As muitas instituições financeiras gozam de livre arbítrio para estipular o valor dos juros, sendo isso um bom motivo para pesquisar quais apresentam benefícios menos danosos economicamente falando ao consumidor.  Para se ter uma ideia de como funciona o cheque especial, pense na hipotética suposição: Um cliente de um determinado banco possuí renda mensal de 600 reais. No entanto, ele pode ter um limite de 2.000 reais. Ou seja, ele pode retirar 1400 a mais do que ele ganha, sendo esse valor o cheque especial, na qual os juros serão cobrados.

Regras do Uso do Cheque Especial

Quando utilizado o crédito especial, o pagamento será cobrado automaticamente pelo banco na conta do cliente, no qual o valor será contado os juros sobre o dinheiro emprestado e o período no qual ele foi utilizado. O valor dos juros é estipulado, como já dito anteriormente, pelos próprios bancos. Uma das ferramentas que podem auxiliar na pesquisa de preço praticado pelas instituições financeiras é o site do Banco Central, no qual está disponível uma tabela com os preços e prazos praticados pelas diferentes instituições financeiras.

Se porventura o cliente não dispuser de dinheiro em caixa para cobrir o valor da prestação do cheque especial e os seus respectivos juros, deverá ser pago ao banco os juros acrescidos de uma multa sobre o total do dinheiro presente na dívida.

O cancelamento do serviço pode ser feito a qualquer momento – dependendo do acordo assinado entre a instituição financeira e o cliente- e é importante que o consumidor, ao cancelar esse serviço, solicite junto ao banco um documento protocolado no momento em que assinar o cancelamento do serviço. A solicitação, bem como a data, hora e a assinatura do funcionário que recebeu o cancelamento devem estar presentes nesse documento. É importante, também, que esse comprovante seja guardado pelo cliente num prazo de, aproximadamente, 5 anos. Todo esse cuidado é necessário pois, se algum dia o banco solicitar uma cobrança indevida, o cliente possa se defender utilizando o documento protocolado que prova que ele pediu o cancelamento do serviço e, portanto, a cobrança não pode existir.

Se o banco não cumprir com as suas obrigações, é seu direito reclamar, e as primeiras reclamações devem ser direcionadas para o canal de atendimento disponibilizado pelo próprio banco. Se, ao fazer isso a reclamação não for solucionada num prazo de 15 dias, o cliente pode expor a sua indignação ao Banco Central por meio do site da instituição. Outra que também fornece um canal para reclamação é a FEBRABAN, que é a Federação Brasileira dos Bancos.

Afinal, Usar Ou Não Usar o Cheque Especial?

Como explanamos anteriormente, o cheque especial é uma comodidade oferecida pelo banco para seus clientes ficarem “despreocupados” quanto ao pagamento de suas dívidas. No entanto, todos deem estar atentos às pegadinhas que estão por trás disso, já que, ao contrair o cheque especial para sanar uma dívida, por exemplo, você estará entrando em outra dívida, que poderá ser maior que a você estava devendo anteriormente.

Muitos economistas consideram que, apesar da facilidade em se obter o cheque especial, outros meios de obtenção de dinheiro são mais vantajosos, como os empréstimos pessoais, já que o valor dos juros praticados pelas corretoras são muito mais baixos que os praticados pelos bancos no cheque especial.

Resumindo, o melhor mesmo é não se afundar em dívidas, gastando somente aquilo que seu salário pode pagar. Se não for possível “escapar” do cheque especial, a dica é pesquisar e negociar com os bancos taxas mais baixas de juros a serem pagas.

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Categoria(s) do artigo:
Cheque

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