Inclusão e Ilusão na Classe A 1

As classes sociais são formadas por um grupo de pessoas que compartilham de características em comum, sobretudo econômicas. Desde o desenvolvimento das primeiras sociedades foram estabelecidas classes distintas, de acordo com a distribuição do poder ou grau de influência exercido por determinado grupo de pessoas no cenário social.

De encontro com a visão Marxista, toda sociedade, independente do modelo econômico, possui uma classe dominante e uma classe dominada, a qual é reflexo da estrutura implementada pela classe que controla a organização do Estado, ou seja, por aqueles que possuem o poder de influenciar direta ou indiretamente toda a sociedade.

Inclusão e Ilusão na Classe A

Inclusão e Ilusão na Classe A

Com o desenvolvimento do Capitalismo, foi construída uma divisão da sociedade em três níveis diferentes, e por ser uma forma bem simplificada, acarreta em constantes subdivisões em cada nível. Assim sendo, a divisão padrão segue a convenção alta, media e baixa. A primeira classe engloba as pessoas que possuem grandes recursos financeiros, já as últimas correspondem às pessoas menos abastadas financeiramente.

A classificação a partir dessas classes não é uma medida fácil de ser estabelecida. Nos países de Terceiro Mundo, é uma tendência que as classes baixas sejam a maioria da população, fato que pode ser visto como uma contradição, já que a classe média deveria ser o grupo mais comum e numeroso dentro da sociedade. A questão é que além de outros fatores, muitos indicadores utilizam somente a faixa de renda familiar como instrumento para a classificação.

O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), por exemplo, utiliza como medida os salários mínimos. De acordo com os dados do IBGE, que analisa a renda familiar mensal, constam na última classe as pessoas com renda de até R$ 751, sendo determinadas como classe E.

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Na classe D aparecem as famílias com renda entre R$ 751 e R$ 1.200 por mês. A classe C é preenchida por famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 5.174. Já a classe B inclui um grupo de pessoas com renda familiar entre R$ 5.174 e R$ 6.745. Logo, a classe A passa a ser determinada por qualquer família que ganhe mais do que R$ 6.745 mensais.

As classes A e B, segundo análise da Fundação Getúlio Vargas, sofreram um recuo dentro da primeira década do século XXI. Análises apontam que mais de 200 mil pessoas deixaram as camadas mais favorecidas financeiramente e foram para a classe média. Segundo as pesquisas, as classes A e B representam cerca de 11% da população atualmente.

Uma forma mais ideal seria realizar a avaliação de acordo com bens disponíveis e patrimônios, é o que aponta a Fundação Getúlio Vargas. Muitas pessoas que passam a fazer parte da classe A com certeza não possuem um padrão de vida compatível com a prerrogativa, o que pode ser caracterizado como uma ilusão. E isso vale para todas as classes, tanto por conta das desigualdades sociais quanto pelos desequilíbrios proporcionados pelos indicadores.

Inclusão e Ilusão na Classe A

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Categoria(s) do artigo:
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