De acordo com Guido Mantega, ministro da Fazenda, em reunião ministerial do G20 em Paris, o Brasil poderá vir a tomar medidas de controle do fluxo de capital externo no país, se entender que esta medida se faz necessário. De acordo com o ministro, em 2011 a tendência da entrada de divisas no país é de aumento. Na verdade este fluxo está sendo monitorado e se aumentar em demasia as medidas, por certo, serão prontamente tomadas.
Fluxo Aumentou em 2010
No ano passado com o aumento deste fluxo as medidas tiveram de se tomadas. De acordo com ministro como possuímos certa estabilidade se conseguiu reduzir a volatilidade no Brasil. O certo é que decisões novas nesta área vão depender do volume de recursos a entrar no país. No ano passado uma das medidas tomadas para conter esse fluxo de dinheiro vindo do exterior o governo anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro que dava entrada no Brasil buscando rendimentos de curto prazo, este imposto passou a ser de 6%.
BRICS são Contra Controle Global
A França que neste ano preside o G20, que é o grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes propõe o controle global do fluxo de capitais, entretanto Guido Mantega ao se pronunciar afirmou que os países do que pertencem ao grupo dos BRICs formado por Brasil, Rússia, Índia e China, são contra esse controle global do fluxo de capitais.
Para a presidência francesa, entretanto esse controle é necessário para restabelecer os equilíbrios monetários e macroeconômicos entre os países. No grupo a posição que predomina é de que a necessidade do controle foi colocada devido ao desequilíbrio internacional. O BRICs é contra também a que se estabeleça limite para o acúmulo de reservas internacionais sem que haja um sistema financeiro mais seguro, limite este desejado pela França.
Outra Proposta Polêmica
A França já havia feito outra proposta bastante polemica que foi de lutar contra a volatilidade nos preços de commodities agrícolas, o que em um momento em que os preços dos alimentos estão em alta global, já havia provocado muita polêmica. Autoridades francesas procuraram informar nosso governo de que propostas para o combate a especulações desses produtos não envolvia regulação de preços. Depois de dizer ser o Brasil contra qualquer medida que regule preços, Mantega disse ser o país favorável a deixar as ações do setor mais claras.
Ponto em Acordo
Pelo menos em um ponto os BRICs concordam com a presidência francesa do G20 e é no que se refere à internacionalização das moedas. A cesta de moedas seria ampliada e com direito especiais de saque. A cesta atualmente é composta por 4 moedas e a França propôs a inclusão do Yuan chinês e Mantega sugeriu a inclusão do real na lista.