Não é mistério para ninguém que, a partir do momento em que uma economia vai bem, é bem capaz que toda a nação, contando índices sociais, também esteja indo pelo caminho certo, não é mesmo? Pois bem. Em alguns locais, isso não acontece, ou seja, a economia não está boa ou em recuperação, o que leva os demais índices a caírem também.
Mas, o que de fato pode atrapalhar a economia de um país? Será uma interferência do estado muito complexa ou será causas relacionadas ao próprio mercado? Pois é. Alguns respondem que é o primeiro caso; outras pessoas já consideram que isso faz parte da dinâmica de um mercado. Porém, o que se sabe é que, quanto menos interferência estatal na indústria, mais chances de desenvolvimento ela consegue ter se comparado a outros lugares.
O Estado
Porém, as vezes a interferência estatal é necessária e, em muitas vezes, isso não é a raiz do problema: o Brasil, por exemplo, é um dos países nos quais mais se paga imposto em todo o mundo, e, infelizmente, é um dos países que menos retorna para o cidadão. Muitos governos já tentaram traçar estratégias para conseguir fazer com que taxas excessivas de impostos sejam cortadas ou recalculadas.
Você já ouviu falar da Tributação Simplificada? Não? Aqui nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre essa tática, bem como, também, terá acesso a algumas informações e curiosidades acerca desse modelo de cobrança que está começando a ser adotado em vários países do mundo. Confira:
A Tributação
Desde os primórdios da organização da sociedade em uma civilização com direitos e deveres, o imposto e tributos fazem parte de seu cotidiano. Ou seja, esses tributos são resultado de uma imposição do Estado a seus habitantes, que necessitam pagar imposto ao Estado em, praticamente, tudo que fizerem: desde comprarem um remédio na farmácia até adquirir a própria casa.
Muito já se questionou a respeito, já que, como em alguns locais a tributação tem um preço muito alto e os retornos públicos são muito escassos, várias pessoas já tem apresentado repúdio a esse tipo de prática. Pensa só: no caso dos veículos e casas, qual é o sentido em pagar um imposto (IPVA e IPTU) sendo que esses imóveis são seus por direito?
Essas cobranças que acabam fazendo com que muitas pessoas comecem a questionar o governo. Se uma coisa que eu comprei e já paguei os devidos impostos, qual a necessidade de pagar novamente por uma coisa que já é minha? E o pior: se não for pago, o Estado pode acabar tomando esses bens de você.
Por conta de algumas disparidades nas cobranças de tarifas, muitos governos já propuseram fazer com que a tributação passasse a ser feita de uma forma mais singular, ou seja, diminuir os impostos e coloca-los todos em apenas um. Dessa maneira, a população teria noção das obrigações de impostos que seriam cobrados e inseridos nesse pacote, sem pagar nada a mais por isso.
Geralmente, os governos que buscam trabalhar com uma tributação simplificada estão geralmente nos espectros políticos da direita. Atualmente, o governo brasileiro está localizado na extrema direita com viés liberal na economia, o que, em teoria, poderia ser muito mais fácil colocar essa opção tributária para poder funcionar. O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, já anunciou uma série de medidas que visavam o corte de impostos em vários setores industriais para poderem fomentar novamente a economia para que ela possa buscar maneiras de se recuperar da recessão que ela está quase vencendo.
O Imposto Único Federal
Como já dito anteriormente, a busca pela redução de impostos sempre foi uma bandeira mais liberal. Uma das propostas que engloba justamente a tributação simplificada é o projeto de lei para a criação de um imposto único federal. Como já explanado anteriormente, esse imposto iria funcionar da seguinte maneira: todos os trabalhadores iriam pagar uma porcentagem definida mensalmente. Com isso, a redução de vários outros impostos iria cair consideravelmente.
Só que, apesar de parecer bastante atrativo em um primeiro momento, esse projeto pertence àquele estilo onde muito deve ser discutido antes de o projeto ser colocado para discussão: hoje, o país tem uma alta carga de impostos que são atrelados a vários outros serviços. E, com uma abrupta interrupção no fornecimento de recursos poderia inviabilizar todo o país, causando graves problemas sociais e econômicos.
O próprio governo sentiu isso na pele quando assumiu o comando do país: o pente fino nos cargos comissionados foi tão grande que, ao se dar conta, o governo percebeu que era necessário dessa mão de obra para que partes estratégicas do governo pudessem funcionar.
Se caso um dia a proposta de um Imposto Único Federal ainda vier a acontecer, muito provavelmente será uma decisão que demorará muito para poder entrar em vigor. Ou seja: pode tirar o cavalinho da chuva que irá rolar muito estudo de viabilidade para poder supor um projeto desse.
Os Prós e Contras do Imposto Único Federal
Por ser um projeto que mexe e muito com a sensibilidade da economia de um país, é natural que haja uma verdadeira racha nas opiniões públicas a respeito da imposição dessa tarifa. Em 2015, por exemplo , o Brasil quase entrou em colapso quando foi anunciado pela então presidenta Dilma Rousseff a recriação da CPMF, um imposto temporário para ajudar a equilibrar as contas públicas.
Ou seja, se um país se encontra a deriva em sua situação financeira, diminuir a arrecadação de impostos de uma maneira abrupta poderia condenar não somente o presente, mas também o futuro desse país. As vantagens obtidas, em um primeiro momento, é um alívio nas contas finais das pessoas, permitindo que elas possam investir um pouco mais do seu dinheiro no que quisessem. Isso seria bom também para as empresas, que poderiam ter mais dinheiro para investir no país e em seus funcionários.
Por outro lado, as desvantagens vão, principalmente, na baixa arrecadação e uma precarização de serviços públicos essenciais, tais como a segurança, educação e saúde. Bem, cabe a população colocar no papel aquilo que lhe interessa ou aquilo que ela pode descartar.