Cooperativismo, Economia Solidária

Quem conhece um pouco mais sobre a economia sabe como é uma ciência fascinante, não é mesmo? E ela é, de fato, bastante fascinante. Desde os primórdios da organização dos seres vivos como uma sociedade civil e organizada é que a economia tem influenciado na vida dessas pessoas. Naquela época, as pessoas estava começando a se tocar de que era possível, sim, se fixar em uma terra e se manter por lá, sem se preocupar com problemas relacionadas à falta de comida, bem como, também, a ameaças animais e da natureza.

Basicamente, as noções econômicas começaram a ganhar corpo quanto o ser humano começou a perceber que era possível produzir além do que era necessário para si, e utilizar essa sobra como uma moeda de troca. Com o passar do tempo, a noção de propriedade privada foi tomando um corpo ainda maior, fazendo com que muitos passassem a se abrir para as novas tendências de sociedade. Um outro motivo que deu origem à economia foi, sem dúvida, a obsessão do ser humano pelos metais e pelas pedras preciosas.

A partir desse momento, também, ele percebeu que era possível acumular diversos tipos de riqueza e, assim, podendo comprar tudo aquilo que ele desejava (até mesmo, infelizmente, escravos). Ou seja, tendo dinheiro, nada mais era necessário se temer – até parece que hoje não é assim ainda, não é verdade?

Porém, deixando isso de lado, podemos dizer que a economia é um dos indicadores para saber se um país está indo bem de saúde financeira e social. Por exemplo, se a economia estiver indo bem, é bem provável que os indicadores sociais e de desenvolvimento também estejam indo pelo mesmo patamar. O inverso também pode acontecer, ou seja, se os indicadores econômicos estiverem ruins, os sociais e de desenvolvimento também podem acabar indo pelo mesmo lado.

Quando se fala em economia, muitas pessoas já imaginam pessoas milionárias que cresceram e tiveram sucesso, correto? Mas, e se eu disser que é possível movimentar a economia de uma cidade apenas com métodos considerados rústicos? Nesse artigo, iremos mostrar alguns exemplos de economias solidárias, além de outras informações bastante interessantes para você. Confira:

A Economia E Suas Faces

Em alguns locais, a economia é uma coisa bastante complicada. Diversos fatores podem fazer com que ela seja feita de maneira primitiva – para não dizer medieval. Só que, nesse sentido, existem diversas ações que podem fazer com que a economia comece a se concretizar e, assim, poder fazer diversas ações para que ela se diversifique. Podemos dar exemplo de uma cidade universitária, por exemplo: o que movimenta economicamente essa cidade são as faculdades presentes nela, o que impulsiona o comércio e a indústria, por ser, também, um polo econômico.

A cidade sul mineira de Itajubá, por exemplo, é servida por várias instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Itajubá, a UNIFEI. Pesquisas feitas pelos próprios professores da instituição indicam que a universidade, sozinha, movimenta mais de 200 milhões de reais anualmente.

UNIFEI

UNIFEI

Em alguns locais, no entanto, a infraestrutura é totalmente precária para se receber um projeto econômico, relegando a esses lugares coisas mais simples de se executar, como a agricultura.

Porém, vários projetos tem tomado o cuidado de fazer com que esses locais sejam mais atendidos pela diversificação da economia. É aí que entra a vez das cooperativas. Você sabe o que é uma cooperativa?

A Cooperativa – Definição

Uma cooperativa nada mais é do que uma empresa que é construída, gerida e que gera riqueza através das mãos dos próprios funcionários. Dessa maneira, todo o lucro obtido é divido em partes iguais entre os trabalhadores. Podemos perceber isso mais facilmente em zonas rurais com extração de leite mais artesanal – dessa maneira, costuma-se trabalhar em regime de cooperação entre os trabalhadores.

Mas não é somente dessa forma que pode-se definir uma cooperativa. Existem N maneiras de se fazer com que alguma coisa vire uma cooperativa. Uma cooperativa de reciclagem é um exemplo mais próximo em centros urbanos – ficam responsáveis por processar todo o material reciclável que encontram por aí, tendo o mesmo princípio de divisão de lucro entre os trabalhadores.

Apesar da importância da cooperativa em uma economia mais sustentável e solidária, somente essa parte não descreve toda uma economia com viés solidário.

A Economia Solidária

Por sua vez, uma economia solidária se baseia em um conjunto de atividades econômicas que engloba desde o a produção, distribuição, consumo e poupança que são pautadas pelo princípio da autogestão, que é o caso das cooperativas. A partir do momento que a instituição consegue se autogerir, pagando os funcionários e também provendo o maquinário e a matéria prima para se trabalhar, pode-se considerar que uma empresa é autossustentável.

A economia solidária faz com que o ser humano seja introduzido de forma digna ao trabalho, sem um viés de exploração, com todos os trabalhadores em sintonia e juntos para angariar um mesmo objetivo. Nesses casos, a democracia e a liberdade são duas das principais virtudes desse sistema.

O Papel Do Sistema

E esse sistema tem ainda um papel muito importante ambiental e economicamente falando: ela consegue englobar todas as preocupações humanas quando o assunto é economia e industrialização: já que ela fomenta o trabalho, o consumo, a geração de empregos e ainda pensa especialmente no meio ambiente e no impacto que isso pode causar na sociedade.

Não se pode confundir, no entanto, a economia solidária com uma coisa onde está relacionada o terceiro setor, onde o Estado não tem influência nenhuma.

Tal sistema já era discutido por muitos especialistas da área. Podemos incluir um deles nessa lista, que é nada mais nada menos do que o economista Milton Santos, que já dizia que a substituição da macroeconomia por pequenos circuitos econômicos que conseguissem se auto sustentar era uma coisa bastante plausível para o futuro. E, o que estamos percebendo com o passar dos anos é que isso realmente pode acontecer por conta das graves crises que o nosso Brasil vêm enfrentando: estados quebrados que não conseguem pagar seus servidores, além de não ter dinheiro suficiente para manter os serviços básicos à população.

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