Entre os especialistas brasileiros, a divulgação feita por parte da Receita Feral sobre a redução da carga tributária bruta do Brasil no ano de 2009 acabou gerando muitas discussões e opiniões bastante divergentes a respeito do assunto.
Em Defesa da Reforma Tributária
De acordo com Felipe Salto que é economista da empresa “Tendências Consultoria”, a queda na carga tributária do ano de 2009 em comparação a 2008 é devida o desaquecimento que sofreu a economia com a crise econômica mundial, queda esta que foi de 0,83% passando com isso para 33,58% do Produto Interno Bruto (PIB). Felipe Salto ainda acredita que o indicador este ano possa alcançar 35% do Produto Interno Bruto.
Redução
Ainda segundo o economista, sempre que há crescimento o normal é que a arrecadação de tributos aumente mais do que a atividade da economia. Em geral o aumento da arrecadação gira em torno de 1,3% a 1,5% para cada 1% que tenhamos em aumento na economia.
Diferença de Opiniões
Já Eliana Graça que é economista do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) tem uma opinião bem diversa e se apóia para isso numa distribuição de impostos justa e não numa discussão a respeito da carga tributária do país.
A verdade é que a redução de carga tributária gera discussão e o país diante de uma avaliação poderia ter avanços importantes e seguir rumo a um sistema tributário que fosse bem mais justo, embora que sobre a economia o peso destes impostos tivesse que se manter.
Cobrada
Para a economista é mais importante discutir como a carga tributária é cobrada ao invés de sua redução, pois hoje neste país quem financia o Estado são os pobres e assalariados.
Números Divulgados
Os números que a Receita Federal divulga comprovam o pensamento da economista uma vez que dão conta de que 72,8% de todos os tributos que são pagos no Brasil tem origem em bens, em serviços e em folhas de salários e apenas 23,8% tem sua origem em tributos cobrados sobre a renda e propriedade, acredito que isso diga muito das injustiças que acontecem em nosso país.
Salario
Na verdade o peso de R$ 1 real pago em impostos é muito maior para quem ganha menos, enquanto que tributar a folha salarial é uma punição sem precedentes ao trabalhador brasileiro.
Comprometimento com Tributos
O próprio Instituto de Estudos Socioeconômicos divulga os dados para uma família cuja renda é de até dois salários mínimos e o comprometimento dessa renda com os tributos chega até aos absurdos 48%. Na verdade sabemos que embora não seja direta essa cobrança ela se encontra embutida em todos os preços de produtos que compramos no dia a dia. Essa carga cai para 26% par aqueles que ganham mais de 30 salários mínimos.
