Se a economia do país nesse momento dependesse para dar certo do otimismo entre pequenos empresários paulistas teria tudo para dar certo. De acordo com uma pesquisa feita pelo SEBRAE-SP em uma parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados (SEADE), os paulistas estão esbanjando otimismo no que se refere à evolução do faturamento de suas empresas e também quanto ao nível de atividade econômica brasileira para os seis meses próximos.
Os Dados da Pesquisa
Os dados resultantes da pesquisa revelam que 62% dos pequenos empresários da cidade de São Paulo acreditam poder manter durante os próximos seis meses o nível de fatura mento, enquanto apenas 1% dos empresários que responderam a pesquisa acredita que possa haver queda nesse faturamento. No que se refere à atividade econômica a expectativa de 61% é de que o nível de atividade atual será mantido ou tenderá a aumentar enquanto isso 1% apenas acreditam que haverá queda dessa atividade.
Nível de Incerteza
Apesar desses dados positivos, a verdade é que tanto no que se refere ao aumento do faturamento quanto ao nível de atividade na economia, o nível de incerteza dos empresários cresceu muito no decorrer do ano chegando mesmo a atingir 37% no mês de novembro de acordo com o ultimo dado disponível. As causas possíveis para isso estão: No fato de que há treze meses consecutivos que Micro e Pequenas Empresas (MPEs) terem apresentado aumento de faturamento; no impacto do aumento dos juros básicos da economia, ou seja, a taxa Selic, aumento esse que ocorreu no primeiro semestre deste ano; e a redução do ritmo de crescimento da economia do país do meio do ano para cá.
Maior Cliente das MPEs
Sendo o cliente maior de Micro e Pequenas Empresas, é muito provável que os setores de comércio e serviços sejam os mais beneficiados com o crescimento econômico que os analistas estão projetando para o ano que está chegando. No ultimo dia 20, o Serasa divulgou o resultado de uma pesquisa onde 66% dos empresários afirmam que vão fazer uma revisão para cima no que se referem as suas estimativas de faturamento para os primeiros três meses de 2011 em relação ao trimestre que está terminado. Os setores em que os empresários mais têm fé são comercio, serviços e indústria, nessa ordem.
Análise por Porte de Empresa
Na analise pelo tamanho da empresa, 86% dos empresários de pequenas empresas afirmam que reverão para cima suas estimativas quanto a faturamento. Esse índice nas grandes empresas é de 83% enquanto que nas medias empresas essa taxa ficou em 82%. No decorrer de 2010 a grande maioria do empresariado se manteve otimista embora esse otimismo tenha decrescido passando de 79% nos primeiros três meses do ano para 59% nos últimos três meses.
Os micro e pequenos empresários de São Paulo estão com o otimismo em alta. Em dezembro de 2019, o nível atingido foi o maior de toda a série histórica, de acordo com o Indicador da Micro e Pequena Indústria de São Paulo. Ainda de acordo com esse indicador do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), no último mês de 2018, cerca de 87% dos empresários pertencentes ao setor se mostravam muito otimistas com relação dos negócios para o ano de 2019.
Porte de Empresa
Quando comparado com os anos anteriores, o percentual de empresários otimistas em dezembro era bem menor. Em 2017, era de 67%; em 2016, era de 62%, em 2015, 38%, em 2014, era de 52% e em dezembro de 2013, o otimismo dos empresários era de 63%.
Quanto ao nível dos pessimistas, esse se mostrou o menor da série histórica. Já nos anos anteriores, os números eram os seguintes: 2017 era de 19%, 22% em 2016, em 2015 era 41%, em 2014 era de 30% e em 2013, 21%.
De acordo com Joseph Couri, presidente do Simpi, o elevado nível de otimismo dos empresários está diretamente ligado ao resultado das eleições presidenciais.
Quanto ao governo de Jair Bolsonaro, os empresários também estão otimistas. 76% deles acreditam que o governo será “bom ou ótimo” para os empresários. 14% afirmam que será “regular” e somente 4% dizem que o governo será “ruim ou péssimo”.
Empresários Otimistas
Cerca de 45% dos empresários entrevistados disseram que em dezembro de 2018, eles tinham menos empregados do que no mesmo mês de 2017. 46% dos entrevistados afirmaram que trabalharam com a mesma quantidade de empregados e somente 9% disseram que aumentaram o número de funcionários.
De acordo com o Simpi, São Paulo detém 42% das micro e pequenas indústrias brasileiras.
