Hoje em dia é fundamental que uma pessoa tenha ensino superior, ou pelo menos alguns cursos qualificadores, isso porque o mercado no mundo todo, principalmente no Brasil, fica cada vez mais competitivo. O Brasil atualmente enfrenta um índice de desemprego altíssimo, sendo assim esse mercado se torna ainda mais difícil.
É uma questão conflitante o fato do curso superior ter esse nível de importância na sociedade atual, sendo que ele é um curso tão caro e que poucas pessoas podem pagar. Quando você opta por faculdades particulares, os valores podem ser muitas vezes exorbitantes. Já as universidades públicas, a grande maioria possui uma qualidade ainda superior do que as faculdades particulares, mas o ingresso nessas universidades é extremamente difícil, requer a realização de provas, muitas vezes com mais de uma etapa.
Tudo isso acontece ao mesmo tempo que a maioria da nossa população não tem condições de pagar o seu ensino universitário ou estudou em escolas públicas que infelizmente dão muito pouca estrutura para que entrem em universidades públicas. Essa contradição afastou muitos jovens com sede de conhecimento, com vontade de chegar mais longe na vida, das carteiras de uma faculdade por muito tempo. No entanto, em alguns governos passados foram instituídos mecanismos que funcionam como ponte, para intermediar o ingresso de mais pessoas aos cursos superiores, pessoas que antes não conseguiriam chegar até lá.
Isso revolucionou a vida de muita gente, afinal um país desenvolvido não se faz apenas com uma minoria rica, enquanto a maioria vive em classes baixas e outros tantos milhões se encontram em situação de miséria, sem sequer ter algo para comer. Um país desenvolvido busca que todos os seus cidadãos tenham a mesma oportunidade, as mesmas condições de vida, as mesmas oportunidades.
Esse pensamento ainda é difícil de ser aplicado no Brasil, onde existe uma classe média trabalhadora, que se acha rica e tantas vezes diminui as camadas mais baixas sociais, mas a verdade é que a riqueza verdadeira está concentrada na mão de muito poucos. A classe média se esquece que eles estão muito mais próximos do pobre que passa fome, do que de qualquer rico e seu milhões e bilhões. É a ilusão do ego, ego esse que é mantido por migalhas na vida de uma classe neutra.
Independente do pensamento distorcido de tantos brasileiros, um país que queira ser desenvolvido, que procura crescer financeiramente e na qualidade de vida, tem que ter como um dos seus pilares a educação, afinal uma população mais qualificada é capaz de transformar uma nação, é capaz de revolucionar as tecnologias, as pesquisas, a medicina, entre tantas outras áreas tão importantes.
Dessa forma é possível dizer que os programas implantados para melhoria e elevação do nível de estudos universitários dos brasileiros, são completamente importantes e necessários, isso se desejamos que algum dia o nosso país chegue no patamar das nações mais desenvolvidas e com maior qualidade de vida. Entre esses programas definitivamente podemos dizer que o financiamento estudantil tem uma grande parcela de contribuição.
Os financiamentos estudantis ficaram muito famosos principalmente por causa do FIES ou Fundo de Financiamento Estudantil, que foi criado pelo governo federal no ano de 2001, mas que realmente cresceu e se desenvolveu como programa, durante os governos do PT, tendo seu auge no ano de 2014. Esse programa funciona utilizando as notas do ENEM ou Exame Nacional do Ensino Médio. Com popularização desse programa começaram a surgir inclusive outras opções de financiamentos, principalmente na área privada. Alguns dos principais que programas que se tem no mercado brasileiro hoje são o FIES, o Prevaler, o CredIES.
Tipos de Financiamento
Os modelos de financiamento mais comuns são o financiamento do governo que é o FIES, o financiamento privado que pode acontecer através de alguma seguradora, algum banco, alguma empresa de crédito e etc., e por fim existe também o financiamento estudantil da própria universidade que o aluno deseja ingressar.
O FIES costuma ser o que tem o processo mais burocrático de todos, provavelmente por ser pertencente ao governo, o qual exige muitas comprovações, em contrapartida normalmente os planos particulares e privados, realizados por empresas independentes ou bancos, por sua vez são mais simples de serem efetivados, no entanto, alguns podem ter taxas maiores. Já os financiamentos que são das próprias universidades variam muito de modelo e vão depender muito da instituição escolhida.
Como Funciona O Financiamento Estudantil?
Muito já foi dito, mas o que realmente é o financiamento estudantil? Antes de mais nada é preciso dizer que a pessoa que deseja entrar em determinada instituição precisa ter nota para isso, ou seja, ela precisava realizar ao menos uma prova e provar que é realmente qualificada para a vaga.
No caso do FIES, obrigatoriamente quem quiser utilizar do método deve realizar a prova do ENEM e ter nota acima das mínimas como determinado pelo programa, o que faz muito sentido, até porque não se pode deixar pessoas não qualificadas cursarem um ensino superior, deve haver um mínimo de aproveitamento, ainda assim as notas de corte para o FIES são muito baixas ficando em torno dos 450 pontos, menos da metade de aproveitamento da prova, uma pena esses valores, mas é o estabelecido.
Após comprovação das notas é o momento de comprovar a renda, para o FIES pode participar do programa quem possui uma renda familiar menor que 3 salários mínimos por pessoa, ou seja, quando dividido a renda das pessoas que trabalham na casa, essa renda deve ser menor do que mais ou menos uns 3 mil por pessoa.
O pagamento do financiamento ocorre da seguinte forma, primeiramente enquanto você está cursando a faculdade você deve pagar um valor que vai ser acertado previamente no contrato, normalmente não é um valor muito alto, até porque tem que ser um valor que o estudante consiga pagar, quando você terminar a graduação é que vai começar o pagamento da parte restante, neste caso se você estiver com um emprego e uma condição mais estável, você irá pagar parcelas maiores, se ainda estiver desempregado pagará parcelas menores, os valores dependerão da situação financeira de cada um.
Não há provas do FIES, as provas são do ENEM e o ingresso acontece em dois processos, no começo do ano e depois no meio do ano. Se você se interessa pelo FIES não deixe de acompanhar os editais, que são disponibilizados pelo site do programa.
Quanto aos programas particulares, normalmente a renda da pessoa que funciona como garantia em caso de inadimplência, é menor do que no caso do FIES, ela fica em torno de mais de um salário mínimo ou seja, mais ou menos 1000 reais, enquanto o que aluno em questão deve ter renda de mais ou menos 2,5 vezes a mensalidade da universidade.
O processo dos programas particulares é bem mais simples, passa apenas por uma simples aprovação de credito e está tudo certo, precisa também de comprovação de dados universitários, no mais é apenas isso mesmo. Em relação a esses planos particulares, há alguns com taxas de juros maior ou menor, busque a melhor e mais segura opção para você.